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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

AS REVELAÇÔES DE HUMBERTO DE CAMPOS, O IRMÃO X; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Nas centenas de páginas psicografadas atraves do médium Chico Xavier – a maior parte enfeixadas em dezenas de livros -,, o escritor e jornalista Humberto de Campos, além de oferecer-nos ensinamentos de rara beleza literária/espiritual, repassou interessantes revelações evidenciando a realidade da reencarnação e sua interrelação com a Lei de Causa e Efeito. No livro CRÔNICAS DE ALÉM TUMULO (feb,1937), no texto em que relata visita a Jerusalém, dialogando com o próprio Espírito conhecido com Judas Iscariotes, por ocasião da Semana Santa de 1935, descobre ter ele resgatado suas dívidas em relação à prisão, julgamento, condenação e morte de Jesus, em “uma fogueira inquisitorial no século XV, onde, imitando o Mestre, foi traído, vendido e usurpado”, na personalidade de Joana D’Arc, a grande missionária que mudou a Historia da França, salvando-a das negociatas políticas que a transformariam em parte do território inglês, preservando as matrizes genéticas que permitiriam a reencarnação séculos depois de grandes pensadores que originaram o movimento conhecido hoje como Iluminismo. No BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO (feb, 1938), revela, entre outras coisas, que José Bonifácio de Andrada e Silva retornaria, posteriormente, como Rui Barbosa e José de Anchieta como o português João Barbosa, notabilizado como Frei Fabiano de Cristo. No PONTOS E CONTOS (feb, 1950), apresenta o exemplo de “um renomado advogado apelidado nos círculos de convivência comum, de “grande cabeça”. Talento privilegiado, não vacilava na defesa do mal, diante do dinheiro, torturando decretos, ladeando artigos, forçando interpretações, acabando sempre em triunfo espetacular. Sentindo-se a suprema cabeça em seu círculo, com a última palavra nos assuntos legais, encontrou um dia a morte, despertando além dela, envolto em extensa rede de compromissos que lhe deformaram de tal forma a cabeça que não conseguia colocar-se na posição de equilíbrio normal, atormentado pelas vítimas ignorantes e sofredoras”. A forma encontrada para re-harmonizar seus órgãos da ideia atacados pela hipertrofia do amor próprio, foi interná-lo num corpo físico na Dimensão mais material, reencarnado nos tristes quadros da hidrocefalia. No CONTOS E APÓLOGOS (feb, 1957), mostra a origem de um fenômeno teratológico de um único corpo sustentando duas cabeças, ambas unidas por débitos nascidos em encarnação anterior em que uma impediu o renascimento da outra através da infeliz opção do aborto. Na mesma obra, a história “registrada na ante-véspera do Natal de 1956, em que apagada mulher, ao tentar salvar dois filhos de inesperada inundação que lhe submergia o barraco que habitava em Passa Quatro (MG), acaba sendo tragada pelas águas do alagamento que se formara. A pobre infeliz de hoje, era a rica fazendeira que na ante-véspera do Natal de 1856, obrigara escrava de sua propriedade, se lançar nas águas transbordantes do Rio Paraiba, ao ouvir-lhe a confissão de que suas duas “crias”, eram também do filho da Sinhá que retornara de repousante estadia na Corte”. No CONTOS DESTA E DOUTRA VIDA ( feb, 1964), revela que “grande parte dos renascidos a partir de meados da década de 50, ostentando deformidades em braços, pernas, orelhas, mãos, lavraram tal sentença contra si mesmos, nas violentas ações usurpadoras nas áreas de confinamento reservadas para judeus, em países europeus, protegidos pela condição de soldados do exército nazista”. Por fim, no CARTAS E CRÔNICAS (feb, 1966), o esclarecimento sobre a origem da trágica morte coletiva de centenas de pessoas, crianças e adultos, na tarde de 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói (RJ), minutos antes do término do espetáculo de estreia do Grand Circo Americano: resultara das lamentáveis das ideias nascidas e implementadas por eles, no ano 177 DC na arena do circo, na cidade de Lião, antiga Gália – hoje, França -, no sentido de entreterem de forma original autoridade ligada ao Imperador Marco Aurélio, vendo queimar em desespero, cristãos, adultos e crianças, aprisionados na madrugada anterior



A Nilva Rodrigues Costa, ouvinte do Bairro Mariana, também telefonou domingo passado. Afirmando que a história que a Bíblia conta sobre a criação da vida e do homem caiu por terra com a teoria científica da Evolução, ela quer saber o que o Espiritismo pensa sobre isso.

Nilva, no passado distante, na infância da humanidade (vamos dizer assim), quando não conhecíamos as leis da natureza, tudo que existia e todos os fenômenos naturais que aconteciam ao eram atribuídos ao sobrenatural. No entanto, a inteligência exigia uma explicação, que estivesse à altura de nossa compreensão. Quem veio responder às nossas indagações foi a religião, pois não havia outro campo de conhecimento. E, naquele tempo, o que a religião dizia era lei; ninguém podia contestar.

Desse modo, o relato bíblico da criação que atendeu aos anseios do povo hebreu, conforme lemos no Gênesis, não foi o único da época. Acontece que conhecemos muito pouco ou quase nada a respeito de outros povos e outras religiões da antiguidade, que também tem relatos milagrosos para explicar a origem do mundo e do homem. Esses relatos apareceram por toda parte: entre os sumérios, entre os chineses, entre os indianos, os maias, os japoneses, os persas, e muitos outros. Cada povo ou cada cultura criou o seu próprio modelo.

Hoje, tais relatos mágicos, miraculosos ou extraordinários são conhecidos como Mitos da Criação. Na verdade, esse esforço para dar uma explicação de tudo que existe tem um valor inestimável, uma vez que não se tratava apenas e tão somente de explicar um fato, mas de sustentá-lo com valores morais e espirituais de que os povos antigos necessitavam. Tanto assim que, ao lermos a criação, conforme o Gênesis Bíblico, dela podemos tirar elevados ensinamentos morais, da mesma forma que Jesus os tirava das parábolas que criava para facilitar o entendimento do povo.

A religião, de um modo geral, é a força mais conservadora que existe; isso significa que é a mais resistente para aceitar uma mudança. Quando muda, ela é sempre a última a mudar. Assim, as religiões vieram trazendo, ao longo dos séculos e milênios alguns ensinamentos que elas não queriam mudar, e de tanto insistir neles as bases desses ensinamentos ficaram cristalizadas na alma do povo e, de tal forma, que ainda hoje há muita gente que fala de Adão e Eva, como se esses personagens tivessem sido reais.

Contudo, não é uma verdade que se possa mais sustentar. Ela serviu até certo ponto, quando não existia ciência e quando o ser humano ainda era muito ingênuo para aceitar verdades sem nenhuma comprovação. Não é mais a realidade de hoje, Nilva. Nem mesmo as religiões mais progressistas tratam do episódio do paraíso como uma verdade inconteste. Dentro das próprias religiões encontramos um posicionamento que entende que os episódios mais antigos da Bíblia são apenas alegorias ou representações, dos quais podemos tirar elevados ensinamentos morais, mas não confundi-los com a realidade.

É assim que o Espiritismo vê. Desde as obras de Kardec, que inauguraram a doutrina, há mais de 160 anos – principalmente no livro intitulado “A GÊNESE”, de 1868 – ficou claro que a Doutrina Espírita aceita a versão da ciência e tem nos textos bíblicos alegorias, que constituíram na mais remota antiguidade as únicas fontes de informação para o conhecimento humano. Embora, Darwin ainda não tivesse apresentado a Teoria da Evolução, antes disso, o Espiritismo já era evolucionista.

Quanto ao fato de as pessoas aceitarem ou não, é um direito que elas têm, Nilva; mas isso não muda nada. A realidade independe de nossa opinião. Podemos estar certos ou errados, a realidade é a mesma. O Sol que iluminou Jesus, 2 mil anos atrás, é o mesmo que nos ilumina hoje: a única diferença que existe é o conhecimento que se tinha naquela época e o conhecimento que se tem hoje a respeito do Sol.

Em 1616, início do século 17, Galileu Galilei – conhecido como Pai da Ciência – já idoso, aos 70 anos de idade, foi condenado à fogueira pelo Tribunal da Inquisição da Igreja porque afirmava que era a Terra que girava em torno do Sol e não o Sol em torno da Terra. Depois de muita insistência, para não morrer queimado, Galileu se retratou publicamente, dizendo que não era o que afirmara. Diante disso, o Tribunal reconsiderou a sentença e libertou Galileu.

Conta-se que, ante os olhares atônitos da plateia que assistia àquela farsa, Galileu ( que teve de mentir para não morrer), saiu cabisbaixo, aparentemente vencido, e os que estavam mais próximo dele, ouvia ele dizer baixinho: “Apesar de tudo isso, é a Terra que gira...” O fato de a Igreja, na época, sentir-se vencedora – e, mais do que isso, temida – jamais mudou a realidade das coisas,... pois a Terra continuou a girar em torno do Sol, conforme a lei da natureza.

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