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sábado, 4 de fevereiro de 2023

SURPREENDENTE KARDEC; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Mais que uma ousadia, uma heresia. Em sua ansiosa, mas, ponderada pesquisa pela realidade do Mundo Espiritual – aquele que, seguidores da Teoria das Cordas chamam de Universo Paralelo e, reconhecem preexiste e sobrevive ao Mundo dito material -, Kardec quis ouvir a Espiritualidade a respeito da Pluralidade dos Mundos Habitados. Afinal, temos que admitir, bilhões de corpos celestes neste “bairro” chamado Via Láctea, vizinho de outras tantas Galáxias que se perdem na imensidão dos Anos-luz que nos separam na infinitude do Cosmos, não existem apenas para inspiração de poetas, filósofos, escritores, músicos. Tem outra função: servir para o processo evolutivo dos Espíritos. As “muitas moradas da Casa de Nosso Pai”, como afirmado por Jesus. E, as respostas se seguiram às perguntas 55 a 58 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, nos quase 12 anos em que publicou, inseriu inúmeras matérias interessantes e instigantes sobre o assunto. Há inclusive revelações sobre voluntários que, candidatos, entre outros, reencarnaram na Terra para auxiliar no progresso programado pelas Inteligências que conduzem a evolução Planetária como Humboldt, em 1859. Na edição de agosto de 1862, uma curiosa mensagem recebida em reunião de junho daquele ano, à que se seguiu uma abordagem de Allan Kardec com a entidade comunicante sobre detalhes do assunto central de sua comunicação: o planeta Vênus. O primeiro por nós avistado quando a noite cai e o último a desaparecer quando amanhece, daí ser sugestivamente chamado na Antiguidade de Estrela Vespertina. Vizinho da Terra tem quase as mesmas dimensões dela. Dista entre 39 e 260 milhões de quilômetros. Sondas para lá enviadas, mostraram ser desabitado. Pelo menos na Dimensão registrada pelos nossos instrumentos óticos, ajustados às limitadas percepções dos nossos olhos e o processador do nosso cérebro, como lembrou certa vez Chico Xavier. A mensagem recebida na Sociedade Espírita de Paris foi assinada por um Espírito chamado Georges, através do médium Costel. O mesmo serviu à entrevista de dez perguntas efetuada pelo Codificador. Afirmando-se um Espírito inspirado por outros, Superiores, disse ter sido mandado à Vênus em missão; que os habitantes da Terra não poderiam encarnar-se naquele Planeta imediatamente, exceção feita para os mais adiantados; que a reencarnação em Vênus é muitíssimo mais longa que a terrena, visto serem despojados das violências terrestres e humanas, impregnados da influência vivificante que a penetra – informação comentada por Kardec que diz que a duração da vida corpórea parece ser proporcional ao progresso dos mundos, abreviadas as provas nos mundos inferiores, até por que quanto mais adiantados os mundos, tanto menos são os corpos devastados pelas paixões e pelas doenças, que são a sua consequência; que as “divisões, as discórdias e as guerras são desconhecidas em Vênus, assim como desconhecem a antropofagiaKardec considera também que “por seus variados estágios sociais, a Terra nos apresenta uma infinidade de tipos, que nos podem dar uma ideia dos mundos nos quais cada um desses tipos é o estado normal”-; que “a mesma desigualdade proporcional existe entre os habitantes de Vênus, como entre os seres terrenos, os menos adiantados são as estrelas do mundo terrestre, isto é, vossos gênios e homens virtuosos”; que “os escravos da Antiguidade, como os da América moderna (na época deste diálogo, ainda não ocorrera a abolição da escravatura) são seres destinados a progredir num meio superior ao que habitavam na última encarnação, estando, por toda parte, os seres inferiores subordinados aos superiores, mas em Vênus tal subordinação moral não se compara à subordinação corpórea que existe na Terra, os superiores não são senhores, mas pais dos inferiores, ajudando-os a progredir, em vez de os explorar”. Na penúltima pergunta, diz que “reina uma admirável unidade no conjunto da Obra Divina. Como as criaturas, como tudo o que é criado, animais ou plantas, os Planetas progridem, inevitavelmente. Nas suas variadas expressões, a vida é uma perpétua ascensão ao Criador: numa imensa espiral ele desenvolve os graus de sua Eternidade”. Ao final, uma observação de Kardec: -“Certamente esta comunicação sobre Vênus não tem os caracteres de autenticidade absoluta (...). Contudo, o que já foi dito sobre este mundo lhe dá, ao menos, certo grau de probabilidade, e, seja como for, não deixa de ser o quadro de um mundo que necessariamente deve existir para quem quer que não tenha a orgulhosa pretensão de que seja a Terra o apogeu da perfeição humana: É um elo na escala dos mundos (...).


O que pensa o Espiritismo a respeito de política? Ele acredita que a política do mundo vai resolver os problemas sociais da desigualdade, da miséria e da fome?

A palavra “política” na sua acepção original quer dizer “a arte de governar”. Neste sentido, o Espiritismo não pode ser contra aqueles que se esforçam para melhorar as condições de vida da sociedade, contribuindo para a diminuição da desigualdade, que redundará na erradicação da miséria e da fome no mundo.

No entanto, passados vários séculos de civilização, a política humana ainda se acha muito atrelada aos interesses de pessoas ou de grupos que, na ânsia de dominar, acabam assumindo postos chaves no governo das coletividades.

E isso acontece, naturalmente, porque o ser humano, na sua generalidade, ainda cultiva muito o egoísmo e o orgulho, as duas grandes chagas da humanidade, criando um ambiente de ódio e de disputas, que acaba prejudicando toda a sociedade.

Os partidos políticos deveriam representar interesses legítimos da comunidade (isto é, do povo) ao invés se digladiarem pelo exercício do poder, que visa muito mais ás conveniências de uns poucos privilegiados do que às necessidades imediatas do povo em geral.

Os políticos, que não têm real interesse em decidir pelo povo, não se contentam em enaltecer seus feitos; eles estão mais interessados em mostrar os defeitos dos adversários do que cumprirem suas obrigações como políticos.

Foi por isso que Jesus não quis se envolver com assuntos da política de sua época. Quando lhe perguntaram se era lícito pagar impostos ao imperador romano, ele simplesmente respondeu: “Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus”.

Com isso, não assumia outro compromisso a não ser o de ajudar o ser humano a encontrar o caminho da paz e do amor, entendendo que o maior problema humano está em cada homem, antes mesmo de se manifestar na coletividade.

Com certeza, queriam envolver Jesus em assuntos de política, pois muitos entendiam que ele seria um libertador a exemplo de Moisés. No entanto, a política de Jesus era a mais difícil que pode existir: preencher o vazio da alma humana, dando-lhe um sentido elevado à vida, e não a de estimular a revolta e favorecer a violência.

O mesmo pensa o Espiritismo, na medida em que procura difundir a filosofia moral de Jesus, aplicada ao cotidiano de cada um de nós. Com isso, cria uma expectativa de que, no futuro, os homens estarão mais preparados para escolher seus políticos e estes para exercer o papel de verdadeiros guardiões do povo.

As desigualdades sociais, como disseram os Espíritos a Kardec, surgiram justamente dos vícios morais a que a humanidade ainda hoje está submetida. Quando aprendermos a ser mais verdadeiros e mais fraternos uns com os outros, com certeza, problemas como a miséria e a fome deixarão de existir na Terra, porque todos estarão unidos para atingir um objetivo comum, que é a felicidade que o homem procura na Terra.


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