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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL DE CHICO XAVIER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Chico Xavier vivenciou como médium situações proporcionadas pelo Espírito Emmanuel que nos oferecem incríveis ensinamentos sobre variados temas. A relatada por ele a seguir demonstra bem isso: -“Em outubro de 1958, ouvi, pela primeira vez, referência ao ácido lisérgico (...). Perguntei ao Espírito de Emmanuel, se eu poderia ter uma experiência desta com amigos de Belo Horizonte. Ele disse que eu não precisava ter essa experiência e que, me facultaria um ensinamento, nesse sentido, na primeira oportunidade. Quando foi à noite, vi-me no desdobramento fora do corpo. Emmanuel se aproximou informando que iria fazer a experiência desejada. Colocou uma bebida branca num copo – naturalmente em outro estado de matéria – e disse-me que aquele líquido era um alcaloide que iria me facultar experiência semelhante à que se tem com o ácido lisérgico. Depois que bebi aquela bebida, que era um tanto quanto amarga, comecei a me sentir muito mal, senti que estava entrando num pesadelo, vendo animais monstruosos em torno de mim, vendo criaturas de interpretação difícil, cenas muito desagradáveis, e acordei com a impressão de muito mal-estar, passando um dia terrível. Em Outubro, na minha terra, comumente, temos muita bruma seca e vi, então, o Sol como se fosse uma fogueira incendiando o céu e a bruma seca como se fosse a fumaça daquela fogueira. Tudo me irritava, tudo me descontrolava. Ã noite, então, ele me informou que na experiência que estava tendo e desejava, o alcaloide não fez senão aumentar os recursos que estava alimentando na minha mente. A bebida alterou minhas percepções e estava tendo resultado: vendo por fora de mim o que estava acontecendo dentro de mim. Com o espírito aflito, porque a situação era muito desagradável, pedi instruções para readquirir minha tranquilidade. Mandou-me que orasse, procurasse recolher-me ao silêncio e não falasse, e procurasse lugar onde praticar o bem para adquirir vibrações de alegria. Comecei a visitar doentes desamparados; procurar vibrações de simpatia aqui e ali, e durante uns cinco dias estive trabalhando por me desfazer daquele estado terrível da minha mente, que não era um estado muito longe da alienação mental. No sexto dia, melhorou. Aquela nuvem passou e adquire otimismo, compreensão da vida e paz de espírito. À noite, ele informou-me que eu iria ter a mesma experiência, iria beber o mesmo alcaloide do Mundo Espiritual, semelhante ao da Terra. Tornei aquela bebida de gosto amargo e o meu otimismo se transformou numa expressão de alegria profunda, numa embriaguez de felicidade. No outro dia tive sonhos maravilhosos, como se estivesse numa cidade de cristal, como se o céu fosse todo de vidro e qualquer luz se refletia em muitos ângulos. Acordei feliz. Fui para a repartição e o meu chefe de serviço tinha para mim expressão angélica. Os meus companheiros estavam todos nimbados de uma luz que eu não podia explicar. Os livros pareciam encadernados por pedras preciosas. As plantas e os animais tinham luz. Eu me sentia com aquele anseio de comunhão, aquela vontade de abraçar as pessoas, coma se todas fossem minhas e eu pertencesse a elas, sem nenhuma ideia de sexo, mas uma ideia, um desejo de transubstanciação, de transmutação nos outros seres. Durante uns quatro dias estive assim, naquele estado de alegria anormal. Ele, então, me disse: – Você também está vendo seu estado mental aumentado pelo alcaloide. Está vendo seu próprio mundo íntimo fora de você. Quero, então dizer-lhe que é preciso ter muito cuidado, porque o cérebro terrestre está condicionado a guiar a nossa mente para os assuntos alusivos à vida humana. Nós não podemos estar nem muito à frente, nem muito na retaguarda. O cérebro está condicionado para guardar-nos em equilíbrio, a fim de que possamos suportar a carga dos acontecimentos da vida, das provas de que necessitamos. Explicou-me, então, que a criatura, conforme seu estado mental traz para si mesma os próprios reflexos. Se a pessoa está muito triste, muito pessimista e toma ácido lisérgico, cai numa condição temível e não se sabe quais serão as consequências. Se ela está muito otimista, pode cair num problema de irresponsabilidade É um estado de embriaguez incompatível com a nossa necessidade de lutar com os nossos problemas humanos, com os nossos deveres. Nós estamos aqui para cumprir obrigações. Não estamos aqui para gozar de um céu imaginário, nem para fantasiar um inferno que devemos evitar. Chegamos à conclusão de que o acido lisérgico, ou um alcaloide qualquer, ou produto sintético que provoque estas sensações, são de resultados ruinosos se a Ciência não entra no assunto.


Sempre ouvi dizer que as almas dos bebês, que já nascem mortos, sem serem batizados, vão para o limbo, um lugar que não é nem o céu, nem o inferno. E no Espiritismo: para onde vão essas crianças? Elas voltam a reencarnar? Elas vão ter futuro? (a ouvinte de iniciais C.G.F)

Sem a idéia da reencarnação, cara ouvinte, não poderíamos entender a razão pela qual um ser, concebido no ventre materno, possa morrer antes de nascer, sem conhecer sequer a vida. Do ponto de vista da ciência materialista, o problema é apenas biológico, porque tudo que nasce morre, mais cedo ou mais tarde, já que o materialismo não concebe o Espírito e, muito menos, Deus. Mas, do ponto de vista religioso, se não adotarmos a idéia da reencarnação, uma situação como essa fica sem explicação. Por que Deus tiraria o direito à vida desse ser?

Seria um despropósito, Deus – um pai de Amor e Misericórdia, segundo Jesus - criar um Espírito apenas e tão somente para viver algumas semanas ou meses e, em seguida, desencarnar, trazendo frustração e sofrimento aos pais. Então perguntamos: de que lhe serviu essa triste e malograda experiência? E, se ele for para o limbo, o que ele vai fazer lá, já que é apenas um projeto de Espírito, sem chances de autorrealização? Se ele não tem mérito, nem culpa, se não pode se tornar consciente de si mesmo e buscar um meio para se realizar como Espírito, para quê existe, então?

Para a Doutrina Espírita, no entanto, o fato de um bebê não chegar a nascer, morrendo prematuramente no ventre materno, tem um sentido para esse Espírito, tanto quanto para seus pais. Trata-se, evidentemente, de uma gestação malograda, que não veio a termo, por várias razões, inclusive por causas anteriores a esta vida. Não era um Espírito novo: ele viveu antes. Se não chegou a nascer nesta encarnação, algo concorreu para que isso acontecesse. Porém, o Espírito, independente desse fracasso, vai continuar, pois todo Espírito tem sua própria trajetória evolutiva, em busca da perfeição.

Ele voltará a reencarnar, com certeza. Quando? Onde? Bem, isso depende de cada um, do caminho que veio percorrendo através de várias existências. Pode até tentar uma encarnação na mesma família – o que é até comum – se isso for interessante para sua evolução. O fato é que todos nós somos Espíritos. Já vivemos antes desta vida e vamos ter outras existências depois. Estamos apenas de passagem pela Terra. Às vezes, para uma vida muitíssimo curta; de outras, para jornadas mais ou menos longas.

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