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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

SÓ A REENCARNAÇÃO PARA EXPLICAR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Quando Chico Xavier afirmou ser a reencarnação a chave para entender situações aparentemente inexplicáveis, expressava uma verdade além do conhecimento dominante na sociedade humana. O incomparável pesquisador e escritor Hermínio Correia de Miranda, no livro NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS, demonstra isso em dois fatos incluídos num dos capítulos da obra. Acompanhemos seu relato: Caso “A”— A filha recém­ casada de um amigo estava tendo problemas com a gravidez. Embora desejosa de ter filhos, acabava abortando  (involuntariamente, é claro). Parece que o  Espírito (ou  Espíritos)  reencarnante estava um tanto indeciso, inseguro ou  temeroso. Em decorrência do trabalho de que participava semanalmente num grupo mediúnico, fiquei sabendo  algo da história pregressa daquele núcleo familiar. Em outros tempos, na Europa do século XVI, o  atual pai da moça, fora uma figura de certo relevo na política e recebera para acabar  de criar e educar, uma menina, filha de alguém que confiou nele para essa delicada tarefa. O tutor não deu  conta satisfatória da sua tarefa, causando profundo  desgosto ao pai da menina. Decorridos os anos normais da existência, todos eles morreram e as questões sob o ponto de vista humano, ficaram, aparentemente resolvidas, como  pensa muita gente. Mas não  é assim que se passam as coisas além dos nossos insuficientes cinco sentidos. Passado o tempo — séculos, no caso —, a menina confiada ao eminente político renasceu como  filha deste, agora vivendo no Brasil. Ficamos com o direito de imaginar que como ele não dera conta razoável de seu encargo de tutor, na Europa, há cerca de quatro séculos, resolvera assumir a integral responsabilidade de pai da menina, em nova existência. Aí foi a vez do antigo  pai da menina, lá, também renascer como filho de sua antiga filha e, portanto, como neto do homem importante a quem ele confiara sua menina. Estão entendendo a trama? Esse foi o esquema armado para resolver o conflito criado entre eles e que permanecera sem solução. O problema é que o homem ficara tão magoado com a pessoa a quem entregara sua filha que agora relutava em aceita-­lo como avô. Será que ele não iria causar-­lhe outro desgosto? Nesse ínterim, a filha do meu amigo ficara grávida novamente e outra vez corria o risco  de perder a criança por um aborto involuntário. Como eu, indiretamente, soubesse das razões de todo aquele drama de bastidores, mandei um recado um tanto enigmático para meu amigo, futuro  vovô, que ele entendeu perfeitamente. O teor do recado era mais ou menos o seguinte: “Amigo, o Espírito que está para renascer como seu neto sente-­se temeroso porque, no  passado, teve problemas com você. Procure conversar mentalmente com ele, dizendo-­lhe que tudo  passou e que você o receberá, hoje, com muita alegria e amor. Diga-­lhe que confie e venha em paz.” Daí em diante, as coisas correram bem. A gravidez teve bom termo e o garoto nasceu  forte e bonitão. Caso  “B” — Foi narrado em livro escrito  Dr. Jorge Andréa dos Santos, médico, escritor, conferencista e pesquisador de muitos méritos. É a história verídica de um casal de meia ­idade que julgando mais que suficiente o número de filhos que tinha trazido para a vida na Terra resolveu não mais enviar “convites” para ninguém. A providência indicada era a de ligar  as trompas da senhora, ainda com alguns anos férteis pela frente. Por imprevista contingência, um dos médicos faltou no dia da cirurgia e o próprio marido, também médico, foi solicitado a fazer parte da equipe, a fim de suprir a ausência do colega. Ele testemunhou, portanto, ao vivo, todo o procedimento operatório e viu quando as trompas, após cortadas, tiveram as pontas implantadas no devido local. Nenhuma possibilidade havia, portanto, de gravidez posterior àquela cirurgia radical. Ou será que havia? Ainda hoje não se sabe exatamente o que se passou, mas o  certo é que a senhora engravidou  novamente. Parece até que “alguém” promoveu  uma cirurgia invisível para restaurar as trompas, costurando-­as competentemente, e colocando­-as novamente a funcionar, para que mais um Espírito pudesse retornar à carne.



Por que o Espiritismo não aceita a história bíblica de Adão e Eva? ( Ademar)


Prezado Ademar. Não é que o Espiritismo não aceita essa história; o Espiritismo apenas vê Adão e Eva como uma alegoria, uma explicação simples dos antigos sobre a origem do homem e do caminho tomado pela humanidade. Na obra A GENESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO, de 1868, Allan Kardec aborda com muita propriedade esta questão. Aliás, á é muito grande o numero de líderes religiosos que, hoje, também assim consideram a história bíblica. Quem, há milhares de anos atrás, escreveu o mito da criação não estava mentindo; apenas estava dizendo como via e entendia a criação.


Como afirmava Paulo de Tarso, “quando criança, eu pensava como criança; hoje, que sou adulto, penso como adulto”. O mito da criação foi suficiente para a infância da humanidade. Hoje, num mundo intelectualmente bem mais avançado, dá para perceber que as coisas não podiam ter ocorrido daquela maneira, mas dá para perceber também que Adão e Eva representam as dificuldades e o fracasso do ser humano na busca de uma vida moralmente mais elevada.


Aliás, há uma flagrante contradição entre o deus de Moisés e o deus de Jesus. O de Moisés cometia muitos erros, enganava-se e era enganado – como,quando criou o homem e a mulher e os colocou no paraíso. E, por isso, revoltava-se e se vingava do homem, como faria qualquer ser humano desorientado. O episódio da criação do homem e da expulsão do paraíso, do dilúvio, da torre de Babel e da destruição de Sodoma e Gomorra ( e outros mais) retratam como esse deus era infeliz no que decidia fazer, porque nada dava certo. Já o deus de Jesus, o Pai Bom e Misericordioso, é tranqüilo e perfeito. Não erra.


Na milenar história do povo hebreu, a concepção de Deus evoluiu muito – de Moisés e a Jesus. E não poderia ser de outro modo. Jesus, que viveu cerca de 1.300 anos depois de Moisés, fazia uma idéia complemente diferente, legando para a posterioridade – e não apenas para seu povo – uma visão ampla e profunda da divindade que, hoje, podemos entender melhor. Quando pegamos a Bíblia – do Gênese aos Evangelhos – vamos perceber que, em cada época, a concepção de Deus (e, portanto, a concepção do Bem, da Justiça e da Verdade) era de acordo como desenvolvimento moral e intelectual do povo.

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