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sábado, 20 de novembro de 2021

Proteção do Espírito dos Santos Patronos; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Tradição que orientou por gerações a escolha dos nomes das crianças renascidas nas famílias, a adoção de nomes de personalidades, especialmente ligadas à escola religiosa a que se vinculam os pais, através das gerações do final do século 20, vai se modificando. Allan Kardec foi questionado sobre a possível vinculação entre o homenageado e aquele que lhe recebeu o nome na REVISTA ESPÍRITA, edição de setembro de 1868. Analisando o tema, escreveu: -“O que é que determina, em geral, a escolha dos nomes? Uma veneração particular pelo santo que o tinha? admiração por suas virtudes? confiança em seus méritos? o pensamento de o dar como modelo ao recém-nascido? Perguntai à maioria dos que o escolhem se sabem quem foi, o que fez, quando viveu, por que se distinguiu, se conheciam uma só de suas ações. Se se excetuarem alguns santos cuja história é popular, quase todos são totalmente desconhecidos e, sem o calendário, o público nem mesmo saberia se tinham existido. Assim, nada pode, pois, atrair o seu pensamento antes para um do que para outro. Admitamos que, para certas pessoas, o título de santo baste e que se pode tomar um nome de confiança, desde que esteja na lista dos bem-aventurados, preparada pela Igreja, sem que seja preciso saber mais: é uma questão de fé. Mas, então, para essas mesmas pessoas, quais são os motivos determinantes? Há dois que predominam quase sempre. O primeiro é, muitas vezes, o desejo de agradar a algum parente ou amigo, cujo amor-próprio se quer adular, dando seu nome ao recém-nascido, sobretudo se daquele espera alguma coisa, porque se fosse um pobre diabo, sem crédito e sem consistência, não lhe fariam esta honra. Nisto visam muito mais a proteção do homem que a do santo. O segundo motivo é ainda mais mundano. O que se busca quase sempre num nome é a forma graciosa, uma consonância agradável. Sobretudo num certo mundo, querem nomes bem sofisticados, que tenham um cunho de distinção. Há outros que são repelidos impiedosamente, porque não agradam ao ouvido, nem à vaidade, mesmo que fossem de santos ou de santas mais dignos de veneração. E, depois, muitas vezes o nome é uma questão de moda, como a forma de um penteado. É preciso convir que essas santas personagens em geral devem ser pouco tocadas pelos motivos da preferência que lhes concedem; na realidade, não têm nenhuma razão especial para se interessarem, mais que por outros, por aqueles que têm o seu nome, perante os quais são como esses parentes afastados, dos quais só se lembram quando esperam uma herança. Os espíritas, que compreendem o princípio das relações afetuosas entre o mundo corporal e o mundo espiritual, agiriam de outro modo em tal circunstância. Ao nascer uma criança, os pais escolheriam, entre os Espíritos, beatificados ou não, antigos ou modernos, amigos, parentes ou estranhos à família, um daqueles que, com seu conhecimento, deram provas irrecusáveis de sua superioridade, por sua vida exemplar, pelos atos meritórios que praticavam, pela prática das virtudes recomendadas pelo Cristo: a caridade, a humildade, a abnegação, o devotamento desinteressado à causa da Humanidade, numa palavra, por tudo quanto sabem ser uma causa de adiantamento no mundo dos Espíritos; invocá-lo-iam solenemente e com fervor, pedindo-lhe que se unisse ao anjo-da guarda da criança para a proteger na vida que vai percorrer, guiá-la com seus conselhos e suas boas inspirações; e em sinal de aliança daria a essa criança o nome do Espírito. O Espírito veria nessa escolha uma prova de simpatia e aceitaria com prazer uma missão que seria um testemunho de estima e de confiança.


No evangelho encontramos situações em que Jesus expulsa Espíritos malignos, que estão perturbando as pessoas, inclusive, causando doenças. Mas, não vemos Jesus tentando doutrinar esses Espíritos, como fazem os espíritas hoje, que querem lhes ensinar o evangelho. (comentário)

De fato, em nenhum dos casos apresentados, vemos Jesus com a preocupação de converter o obsessor. Todavia, ao que tudo indica, os evangelistas não escreveram tudo sobre Jesus, mas apenas o que julgaram mais importante, até porque os evangelhos só foram escritos muitos anos depois de sua morte. É possível, portanto, que os evangelistas tenham se fixado apenas nos casos em que o processo obsessivo era mais violento e assustador, casos mais conhecidos como possessão.

Sabemos que os Espíritos, nessas condições, não podem ser doutrinados: pelo menos, por enquanto. Por isso, no evangelho, foram chamados de Espíritos Malignos ou demônios. Não há possibilidade de acordo com eles, razão por que seria inútil insistir na sua conversão. Não é, porém, o caso da maioria dos obsessores atualmente, com os quais, em certos casos, se pode estabelecer um diálogo e se chegar a um entendimento.

Há 2 mil anos atrás – isto é, no tempo de Jesus - os seres humanos (tanto os encarnados como os desencarnados) eram, moralmente, muitíssimo mais ignorantes e violentos do que os de hoje. Em razão disso, a obsessão também era mais agressiva, mais invasiva, com repercussões muito mais graves no corpo e na alma das pessoas. E, com relação a esses Espíritos, como dissemos, não havia possibilidade de diálogo.

Jesus preferia a prevenção, já que o remédio para a obsessão era praticamente impossível, diante da agressividade desses Espíritos. O jeito, então, era evitar a obsessão e, para evitá-la, a maneira eficaz era reconciliar com os adversários, enquanto estavam encarnados, ainda nesta vida. Por isso, Jesus insistiu nesse ponto, recomendando: “ Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto está a caminho com ele”, ou seja, antes de ele desencarnar, buscando, assim, evitar futuros problemas de ordem espiritual.





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