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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

VASTO IMPÉRIO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Se você já admite a influência espiritual e a existência dos Planos invisíveis ou Universos Paralelos onde nascem as interferências em nossa realidade, precisa conhecer essas informações. No livro OS MENSAGEIROS (feb, 1944), o segundo dos transmitidos para nossa Dimensão por André Luiz através de Chico Xavier, um apontamento interessante: -“Na Crosta, nossos irmãos menos felizes lutam pela dominação econômica, pelas paixões desordenadas, pela hegemonia de falsos princípios. Nestas zonas espirituais imediatas à mente terrestre, temos tudo isso em identidade de condições. Entre as entidades perversas e ignorantes, há cooperativas para o mal, sistemas econômicos de natureza feudalista, baixa exploração de certas forças da Natureza, vaidades tirânicas, difusão de mentiras, escravização dos que se enfraquecem pela invigilância, doloroso cativeiro dos Espíritos falidos e imprevidentes, paixões talvez mais desordenadas que as da Terra, inquietações sentimentais, terríveis desequilíbrios da mente, angustiosos desvios do sentimento. Em todo o lugar, as quedas espirituais, perante o Senhor, são sempre as mesmas, embora variem de intensidade e coloração”. Já as imagens a seguir fazem parte do pronunciamento feito por um Instrutor Espiritual reproduzido no livro LIBERTAÇÃO (feb, 1949): -“Além do principado humano, para lá das fronteiras sensoriais que guardam ciosamente a alma encarnada, amparando-a com limitada visão e benéfico esquecimento, começa vasto império espiritual, vizinho dos homens. Aí se agitam milhões de Espíritos imperfeitos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada, através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens (...). Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as Civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar. Rebelados filhos da Providência, tentam desacreditar a grandeza divina, estimulando o poder autocrático da inteligência insubmissa e orgulhosa e buscam preservar os círculos terrestres para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da criminalidade, como se o Planeta, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da permanente discórdia reinante entre eles mesmos. É que, confinados ao berço escabroso da ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e perseguições recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutilizam o tempo, não se apercebem da situação dolorosa em que se acham.(...). Incapacitados de prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam- se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra. Conservam, igualmente, quanto ocorre a nós mesmos, largos e valiosos patrimônios intelectuais e, anjos decaídos da Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos divinos que orientam a evolução planetária. Mentes cristalizadas na rebeldia tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar. Escravizam o serviço benéfico da reencarnação em grandes setores expiatórios e dispõem de agentes da discórdia contra todas as manifestações dos sublimes propósitos que o Senhor nos traçou às ações. Os homens terrenos que, semi-libertos do corpo, lhes conseguiram identificar, de algum modo, a existência, recuaram, tímidos e espavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte. A mente infantil da Terra, embalada pela ternura paternal da Providência, através da teologia comum, nunca pôde apreender, mais intensivamente, a realidade espiritual que nos governa os destinos. Raros compreendem na morte simples modificação de envoltório, e escasso número de pessoas, ainda mesmo em se tratando dos religiosos mais avançados, guardam a prudência de viver, no vaso físico, de conformidade com os princípios superiores que esposam”.



Se todas as pessoas, que procuram as igrejas e os centros espíritas, fossem curadas de suas doenças, com certeza, haveria uma correria de toda a população para esses lugares. Logo, não haveria mais necessidade de médicos, nem de hospitais, nem de nenhum profissional ou serviço de saúde, porque tudo estaria resolvido pelos milagres da fé. Mas não é o que acontece. Os relatos das curas são imprecisos e não provam nada, como vimos numa recente reportagem de televisão. O que vocês podem dizer sobre isso?

Em parte, você tem razão. A grande maioria das pessoas só procura a religião para obter benefícios imediatos; de preferência, milagres, prodígios, feitos maravilhosos que extrapolam a condição humana. Entretanto, casos de curas autênticas são raros. Eles não ocorrem todos os dias, nem quando as pessoas querem, mas quando elas têm merecimento. Há muita propaganda enganosa em torno disso. O próprio Jesus não curou a todos. Evidentemente, os relatos dos evangelhos referem-se apenas aos casos que deram certo e não dos que saíram frustrados porque não obtiverem cura.

Quando lemos esses relatos, verificamos que, nos casos de cura real, Jesus sempre dizia: “A tua fé te salvou”. Isto é: ele não atribuía o poder da cura senão ao próprio paciente, à sua fé ( como está nos textos). Tanto que, na sua cidade natal, onde todos o conheciam, ele não obteve muito sucesso nesse particular, porque as pessoas duvidavam que tivesse algum poder especial. Mas, na verdade, o poder, que ele próprio (Jesus) reconhecia como fator de cura, vinha do doente e não dele.

Estas considerações servem para sustentar a tese de que a cura depende de condições especiais, que não estão apenas no corpo, mas sobretudo na alma. Mesmo para o médico, o fator fé é muito importante para o paciente se curar. O papel do médico é apenas administrar a cura e não propriamente curar. Quem cura é a natureza, é o próprio corpo – que dispõe de mecanismos próprios para isso. Além do medicamento ou da intervenção cirúrgica, a disposição do paciente em aceitar e confiar no tratamento, de confiar em Deus e na sua própria reação, é fator decisivo em qualquer terapia.

No passado, quando não havia atendimento médico á população, e os recursos da medicina eram precários e incipientes, a cura dependia muito mais da fé do que hoje. Com o avanço da ciência médica e da farmacologia, as condições de tratamento e de cura são outras, mas mesmo assim a ciência é limitada em muitos aspectos. A fé continua fazendo verdadeiros milagres, como são os casos de pessoas que, mesmo acometidas de grave enfermidade, conseguem sobrevida para muitos anos.

No final, porém, todos vão ter que deixar esta vida algum dia, independente se, algum dia, foram curados. A lei da vida é esta: há um dia para nascer e outro para morrer. Mesmo aqueles que foram curados por Jesus, todos morreram. O problema é que Jesus não colocava a cura do corpo como prioridade. Para ele, o principal é a cura da alma, até porque a vida não termina com a morte do corpo, e a única coisa boa que levamos de cada existência é o bem que fazemos e o mal que conseguimos evitar. Por isso o princípio, “a cada um segundo as suas obras”.

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