faça sua pesquisa

sábado, 27 de fevereiro de 2021

PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE; LEIS DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR



 


 

O Cristiano, de Vera Cruz, pergunta:  Segundo a Doutrina Espírita qual a causa da esquizofrenia? Ela pode ser consequência de uma obsessão espiritual?

  O que a medicina considera esquizofrenia é uma perturbação mental crônica do paciente, um comportamento estranho e dissociado da realidade,  caracterizado por confusão mental, delírios, alucinações, dificuldade de relacionamento e de integração no meio em que vive. No passado era o que se chamava simplesmente de loucura.

 Como toda doença mental, é de difícil diagnóstico e tratamento. Trata-se de uma psicose (dissociação da mente) que leva o paciente a perder a conexão com o mundo real.  Geralmente esse quadro se manifesta a partir de 17-18 anos ( quando o paciente já está na idade da razão) e pode ter causas físicas, genéticas, algumas vezes ser potencializado pelo efeito de drogas, com disfunções ou distonias no funcionamento do cérebro.

- Segundo o Espiritismo, porém, o problema pode ter implicações mais profundas. Pode ser realmente um distúrbio mental proveniente do próprio Espírito, por desarranjos que provocou no cérebro atual, mas cujas causas estão em vidas passadas. De outras vezes, os sintomas que caracterizam a esquizofrenia podem estar acobertando a ação de um Espírito inimigo com propósito de vingança. E, numa terceira situação, pode ser uma e outra coisa – ou seja, tanto a doença mental, que já se instalou no corpo, como a ação do obsessor.

 No primeiro caso, pela Lei de Causa e Efeito, os prejuízos morais causados aos outros, mais cedo ou mais tarde, acabam provocando na consciência moral do Espírito um conflito dele com ele mesmo. Para fugir da culpa que o atormenta, o indivíduo tende a perder contato com a realidade, desarranjando suas estruturas mentais. Quando o Espírito reencarna nesta condição perturbadora, automaticamente ele transmite essas impressões ao corpo em formação, e com o tempo  acabará por manifestar a doença.

  Se  para a Doutrina Espírita ninguém está vivendo na Terra pela primeira vez ( pois, aqui reencarnamos em inúmeras ocasiões) , é lógico concluir que as pessoas, que já nascem doentes ou nascem para desenvolver determinadas doenças ao longo da vida, são Espíritos que trazem essa predisposição do passado, em face dos males que causou e da culpa que as perseguem. Essa predisposição, aliada aos fatos da sua vida atual, à influência do ambiente em que vai viver, concorre para a manifestação da doença.

 Na literatura espírita, Cristiano, encontramos várias referências à esquizofrenia, como por exemplo,  nas obras de Bezerra de Menezes, de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda, este dois últimos autores espirituais pela psicografia de Chico Xavier e Divaldo Franco, respectivamente. De Bezerra de Menezes temos o livro “A Loucura Sob Novo Prisma” ( escrito ainda no século XIX ); de André Luiz, temos “No Mundo Maior” ( lançado em 1947 ) e de Manoel Philomeno de Miranda,  temos o livro “Loucura e Obsessão” ( de  1988) .

  Ao que tudo indica, a psiquiatria, hoje com a ajuda da neurociência, prescreve tratamento  para esquizofrenia, mas ainda não fala em cura. Do mesmo modo, vemos em obras espíritas opiniões semelhantes, ainda mais quando se trata de distonias mentais com raízes profundas, ocasionadas pela fuga da culpa que traz do passado e da investida de inimigos que prejudicou. Muitas vezes para alcançar o seu reajustamento, o Espírito depende de mais de uma encarnação. No meio espírita, recomenda-se tanto o tratamento médico como o tratamento espiritual.

 Em outras ocasiões, como acontece com o personagem Carlos do livro “ Loucura e Obsessão”, a doença é potencializada pela ação de obsessor. Isso acontece porque, o sentimento de culpa que levou o Espírito a lesionar seu cérebro, no processo de fuga, decorre de erro grave que praticou no passado contra esse obsessor, o qual  agora o persegue sequioso de vingança.

  Somando-se o peso da culpa mais o ataque do inimigo ( uma coisa atrai a outra), o quadro patológico se agrava ainda mais, razão pela qual, no Espiritismo, recomendamos que, ao lado do tratamento psiquiátrico convencional, faça-se também o tratamento espiritual, através do contato paciente e amoroso com o paciente, da aplicação de passes, da água fluidificada e também das sessões mediúnicas para atender as necessidades espirituais do obsessor ou obsessores.

 Contudo, pode acontecer que os sintomas de aparente esquizofrenia sejam apenas efeitos de obsessão espiritual, não existindo propriamente a doença em si. Nesses casos o tratamento espiritual é o mais adequado, pois se conseguiria a cura mediante a mudança íntima tanto do paciente quanto do Espirito obsessor, utilizando-se dos instrumentos de socorro do Espiritismo.

A -Desse modo, o doente mental  na família, seja qual for o caso,  é um Espírito que necessita de muita compreensão e carinho por parte de todos. Sua amarga condição pede isso. Se os familiares entenderem o alcance espiritual desse quadro e o compromisso que assumiram com esse Espírito, poderão ajudá-lo muito. Difícil prever o desenrolar desse processo, mas há casos em que o paciente alcança uma condição de recuperação, chegando próximo à cura. Os medicamentos o auxiliarão, mas a influência espiritual do ambiente lhe dará proteção e segurança.

   A mediunidade de cura pode restabelecer a saúde mental de um indivíduo que sofre de esquizofrenia?

   Como podemos perceber, Cristiano, a questão da esquizofrenia é um caso complicado para o Espírito. Não é apenas uma doença física que foi somatizada pela culpa; é mais que isso: ao lado de alguma anomalia de ordem física ou fisiológica (falamos do quimismo cerebral), o paciente traz na mente um processo de dissociação mental – é como sua mente estivesse fragmentada.

 Logo, não depende apenas de tratamento medicamentoso ou de uma intervenção física; a questão é muito mais espiritual; está na consciência moral do Espírito. Um médium de cura poderia ajudar, certamente, mas a verdadeira cura vai depender do paciente. Foi ele que se feriu na sua intimidade espiritual, através de um processo de autopunição, de fuga ou de auto-rejeição.  É ele que precisa aprender a se curar.

 Pelo que depreendemos das informações prestadas pelos Espíritos, a expectativa de cura se estende por muito tempo. Contudo, precisamos levar em consideração que cada caso é um caso. Existem muitas distonias mentais que não são propriamente esquizofrenia, como é o caso dos transtornos emocionais, o transtorno bipolar, o transtorno obsessivo-compulsivo (mais conhecido por TOC). Como as doenças que afetam a vida mental são muito parecidas em seus vários de seus sintomas, muitas vezes os próprios médicos não estão concordes no diagnóstico.

 Mas não cremos que um caso típico de esquizofrenia seja objeto de cura apenas por um médium de cura. E quando for o caso, em que a perturbação ocorre única e exclusivamente por obsessão espiritual, o melhor caminho é ajudar o paciente, tanto quanto a família, a integrar as atividades do centro espírita, pois o tratamento ocorre com o tempo, implicando na reeducação espiritual do paciente e de Espíritos que possam estar causando o problema.

 














Nenhum comentário:

Postar um comentário