faça sua pesquisa

quarta-feira, 29 de julho de 2015

PASSÍVEIS DOS MESMOS ERROS

A condição de médium dificilmente nasce somente da disposição daquele que se empolga pelos resultados alcançados nas tarefas de alguns trabalhadores desse campo de atuação. Geralmente os em quem as percepções se pronunciam de maneira espontânea indica retorno às experiências reencarnatórias compromissado com o exercício nessa área para liberar-se de culpas passadas. As reações e comportamentos ante os resultados de que são meros intermediários nem sempre conduzem o sensitivo a um final feliz na sua caminhada. Como dito por um respeitado médium que se afastou do Espiritismo para criar sua própria doutrina, três são os riscos enfrentados pelos médiuns no exercício de suas atividades, os quais poderiam ser chamados de “síndromes dos três pês: poder, posição, prestígio”. A guisa de exemplo, destacamos do excelente livro INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (Chico Xavier; feb, 1955),  dois depoimentos de médiuns reconhecidos por suas contribuições nas cidades e regiões onde foram chamados a servir à Espiritualidade expondo suas impressões depois de cessada a própria passagem pelo corpo físico: 1- Ana Prado (extraordinária médium de efeitos físicos apresentada no livro O TRABALHO DOS MORTOS, do Dr. Nogueira de Faria) – “Colaborei na materialização de companheiros desencarnados, na transmissão de vozes do Além, na escrita direta e na produção de outros fenômenos, destinados a formar robustas convicções, em torno da sobrevivência do ser, além da morte, no entanto, ao redor da fonte de bênçãos que fluía, incessante, junto de nossos corações deslumbrados, não cheguei a ver o despertar do sentimento para o Cristo, único processo capaz de assegurar à nossa redentora Doutrina o triunfo que ela merece na regeneração de nós mesmos. No quadro dos valores psíquicos, a mediunidade de efeitos físicos é aquela que oferece maior perigo pela facilidade com que favorece a ilusão a nosso próprio respeito. Recolhemos os favores do Céu como dádivas merecidas, quando não passam de simples caridade dos Benfeitores da Vida Espiritual, condoídos de nossa enfermidade e cegueira. E, superestimando méritos imaginários, caímos, sem perceber, no domínio de entidades inferiores, que nos exploram a displicência. A vaidade na excursão difícil, a que nos afeiçoamos com as nossas tarefas, é o rochedo oculto, junto ao qual a embarcação de nossa fé mal conduzida esbarra com os piratas da sombra, que nos assaltam o empreendimento, buscando estender o nevoeiro do descrédito ao ideal que esposamos”. 2- Paschoal Commanducci – (médium de feitos intelectuais que segundo o livro CHICO XAVIER EM PEDRO LEOPOLDO (Didier, 2000) de Divaldinho Matos, revelou ao amigo José Hermínio Perácio no distante 1927, ser ele e a esposa Carmem, médiuns cuja principal missão era ajudar Chico Xavier, jovem “detentor de recursos mediúnicos múltiplos, cercado de falanges tão poderosas como as que assistiam a Jesus, menino que assombraria o mundo, escrevendo mediunicamente centenas de livros, sendo intransigente defensor e divulgador do Espiritismo codificado por Allan Kardec, vivendo muito e, desencarnado, não teria substitutos”). Disse Commanducci: -“Também fui médium, embriagado nas surpresas do intercâmbio. Deslumbrado, nem sempre estive desperto para o justo entendimento. Por esse motivo, ainda sofro o assédio dos problemas que deixei insolúveis nas mãos dos companheiros que me buscavam, solícitos. Ajudemos a consciência que nos procura, na procura do Cristo. Só Jesus é bastante amoroso e bastante sábio para solucionar os nossos enigmas. Formemos, assim, pequenas equipes de boa-vontade em nossos templos de serviço, amparando-nos uns aos outros e esclarecendo-nos mutuamente”

Nenhum comentário:

Postar um comentário