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segunda-feira, 6 de julho de 2015

AJUDARIA NUM DIAGNOSTICO


–“Como as individualidades as Pátrias surgem no cenário das Civilizações, com funções definidas (...). Também às Nações é conferido, do Alto, o direito de agir, no caminho das decisões de natureza coletiva”. As revelações fazem parte de uma mensagem escrita pelo Espírito Emmanuel através de Chico Xavier e incluída no livro hoje quase desconhecido intitulado COLETÂNEA DO ALÉM (lake, 1945). E disse mais: -“Com o advento do Cristo, um roteiro novo e definitivo: O Evangelho, com a simplificação de todas as estradas das criaturas humanas (...). Mas a Civilização Ocidental não soube guardar as valorosas virtudes de seus antepassados (...). Novas missões coletivas foram dadas às nacionalidades do Globo que se entregaram à sinistra embriaguez do imperialismo e da ambição, fazendo jus às mais dolorosas expiações”, aditando: -“ É por isso que, multiplicando-se em atividades, o Mundo Espiritual, sob a determinação do Divino Mestre, transplantou para a América a árvore maravilhosa da Fraternidade e da Paz, a cuja sombra cariciosa e divina, vamos encontrar o Brasil, sob a luz do Cruzeiro, desempenhando a tarefa santificadora de Pátria do Evangelho”. Setenta anos se passaram e os céticos com razão encontram muitos argumentos contrários ao afirmado pelo Orientador Espiritual. No quase desacreditado livro BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO (feb, 1938), numa resposta dada pelo Espírito responsável pela evolução espiritual do País a lideres religiosos que o procuraram no Plano Espiritual em busca de explicações sobre as decisões que culminaram na destruição do projeto conhecido como Missões que procurava auxiliar a população indígena a se tornar autossuficiente, alguns elementos para mais reflexões: -“Muitas vezes, os próprios Espíritos que escolhemos para determinados labores terrestres não resistem à sedução do dinheiro e da autoridade. Sentem-se traídos em suas próprias forças e se entregam, sem resistência, ao inimigo oculto que lhes envenena o coração. Deixai aos déspotas da Terra a liberdade de agir sob o império da sua prepotência. Por mais que operem dentro de suas possibilidades no Plano Físico, a vitória pertencerá sempre a Jesus”. A situação observada na atualidade não nasceu recentemente. Em 1935, em pleno período ditatorial conhecido como Estado Novo, o Espírito do ex-presidente, Nilo Peçanha, em duas mensagens psicografadas pelo médium Chico Xavier e inseridas na coletânea transformada no livro PALAVRAS DO INFINITO (lake, 1936), comentaria: -“País essencialmente agrícola, o Brasil tem de voltar suas vistas para sua imensa extensão territorial, multiplicando os conselhos técnicos da agricultura, velando carinhosamente pelos seus problemas”. lamentando: -“Esses problemas grandiosos tem sido relegados a um plano inferior pelos nossos administradores (1935), os quais, infelizmente, arraigados aos sentimentos de personalismo vivem apenas para as grandes oportunidades”, e, prognosticando:-“Faz-se necessário melhorar as condições das classes operárias antes que elas se recordem de o fazer, segundo suas próprias deliberações, entregando-se à sanha de malfeitores que, sob as máscaras da demagogia e a pretexto de reivindicações, vivem no seu seio para explorar os entusiasmos vibrantes que se exteriorizam sem objeto definido”. Das observações feitas há 80 anos, servem-nos ainda: -“Seria preciso criarmos um largo movimento de brasilidade, não para a arte balofa dos dias atuais que aí correm de bandeirolas ao vento (...), um sentimento essencialmente brasileiro, saturado de nossas realidade e necessidades inadiáveis” .(...).“Infelizmente tivemos a fraqueza de nos apaixonarmos pelas teorias sonoras, acalentando os homens palavrosos, conduzindo-os aos poderes públicos; endeusando-os, incensando-os com a nossa injustificável admiração, olvidando homens de ação, de energia, que aí vivem isolados, corridos dos gabinetes da administração nacional, em virtude de sua inadaptabilidade às lutas da política do oportunismo e das longas fileiras do afilhadismo que vem constituindo a mais dolorosa das calamidades públicas do Brasil. (...) E embora se referindo à terceira década do século passado, encontramos ressonância no presente: -“No Brasil sobram as regalias politicas e as liberdades públicas. Tudo requer ordem e método. (...) Onde se conservam as criaturas do sentimento e do raciocínio que as melhores capacidades caracterizam? Justamente, quase todos, por nossa infelicidade, se conservam afastados da paixão política que empolga a generalidade dos nossos homens públicos; com algumas exceções, a nossa política administrativa, infelizmente, está cheia daqueles que apenas se aproveitam da situação, para os favores pessoais e para as condenáveis pretensões dos indivíduos. O sentimento de solidariedade das classes, do amparo social, que deveriam constituir as vigas mestras de um instituto de governo, são relegados para um plano inferior, a fim de que se saliente o partido, a pretensão, o chefe, a figura centralizadora de cada um, em desprestígio de todos”. Como se vê, as distorções vem de longa data.  



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