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quarta-feira, 15 de julho de 2015

ENTENDENDO AS INFLUÊNCIAS DOS AMBIENTES

Abrindo o número de dezembro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, encontra-se a reprodução de um discurso proferido pelo editor Allan Kardec na reunião de primeiro de novembro daquele ano da Sociedade Espírita de Paris. Do interessante texto, destacamos alguns pontos a respeito dos efeitos do pensamento.  1- O que é o pensamento? O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria: sem o pensamento, o espírito não seria espírito. 2- Qual sua relação com a vontade? A vontade não é um atributo especial do Espírito, é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento tornado força motora. É pelo pensamento que o Espírito imprime aos membros e ao corpo os movimentos num sentido determinado. 3- O pensamento age sobre os fluidos ambientes? Como o som age sobre o ar.  Esses fluidos nos trazem o pensamento como, o ar nos traz o som. Pode-se, pois, dizer com toda a verdade que há nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros. 4- Afirmações sobre poluição mental ou contaminação dos ambientes pelos pensamentos desarmônicos procedem? Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. Uma assembleia é um foco de onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos onde cada um produz uma nota. Disto resulta uma multidão de correntes e de eflúvios fluídicos dos quais cada um recebe a impressão pelo sentido espiritual, como num coro de música, cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido do ouvido.  Do mesmo modo que há raios sonoros harmônicos ou discordantes, há também pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmônico, a impressão é agradável; se é discordante, a impressão é penosa. 5- Essas irradiações precisam estar bem definidas na mente do indivíduo, em forma de palavras, por exemplo? Não há necessidade de que o pensamento seja formulado em palavras; a irradiação fluídica não existe menos, quer ela seja expressa ou não; se todos são benevolentes, todos os presentes nele experimentam um verdadeiro bem-estar, e se sentem comodamente; mas se é misturada com alguns pensamentos maus, eles produzem um efeito de uma corrente de ar gelado no meio tépido.  6- Isso explica sensações agradáveis ou não experimentadas em certos ambientes? Tal é a causa do sentimento de satisfação que se sente numa reunião simpática; ali reina como uma atmosfera moral saudável, onde se respira comodamente; dali se sai reconfortado, porque se está impregnado de eflúvios salutares. Assim se explicam também a ansiedade, o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, onde os pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas doentias.  7- Mas como o homem percebe isso? A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral; é o que só o Espiritismo poderia fazer compreender. O homem o sente instintivamente, uma vez que procura as reuniões onde ele sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, ele haure novas forças morais; poder-se-ia dizer que ali recupera as perdas fluídicas que ele faz cada dia pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material. 

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