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sábado, 20 de julho de 2013

Por Que Não Experimentar?

Na obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS E SUA TRADIÇÃO HISTÓRICA, o erudito autor Dr Silvino Canuto de Abreu diz que Allan Kardec a conheceu na noite de 18 de abril de 1857, em reunião promovida para celebrar a chegada a Paris dos primeiros exemplares da primeira edição da original obra resultante das conversas e entrevistas entretecidas com o ESPÍRITO DA VERDADE e sua equipe, desde dois anos antes. O fato - conforme registros em OBRAS PÓSTUMAS - é que a jovem Ermance Dufaux que já tivera publicados dois livros por ela recebidos mediúnicamente, entre os quais, JOANA D’ARC POR ELA MESMA, intermediou a conversa de Allan Kardec com a Espiritualidade ouvindo-a na casa do Sr Dufaux, em 15 de novembro de 1857, sobre o lançamento da REVISTA ESPÍRITA e, seis meses após a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, passou a contar com ela por um bom tempo, como médium principal nas reuniões da instituição. O motivo deste preâmbulo, contudo, mereceu comentário no número de novembro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, sob o título REMÉDIO DADO PELOS ESPÍRITOS, em que o editor escreve: -“O título vai provocar o sorriso dos incrédulos. Que importa! Eles riram de muitas outras coisas, o que não impediu fossem reconhecidas como verdades. Os bons Espíritos se interessam pelo sofrimento da Humanidade. Não é, pois, de admirar que nos procurem aliviar e, em muitas ocasiões, provaram que o podem, quando bastante elevados para terem os necessários conhecimentos, pois o que não veem os olhos do corpo; preveem o que o homem não pode prever. O remédio de quase trata foi dado nas circunstâncias seguintes à senhorita Ermance Dufaux, a qual nos remeteu a formula autorizando sua publicação, em favor dos que a necessitassem. Um de seus parentes, falecido há muito tempo, tinha trazido da América a receita de um unguento ou pomada, de maravilhosa eficácia para toda sorte de chagas e feridas. Com sua morte, perdeu-se a receita, que não tinha sido dada a ninguém. A senhorita Dufaux estava afetada de um mal na perna, muito grave e muito antigo, e que havia existido a todo tratamento. Cansada do emprego inútil de tantos remédios, um dia perguntou a seu Espírito protetor se para ela não haveria cura possível. “-Sim”, respondeu ele, ‘serve-te da pomada de teu tio”. “-Mas, sabeis que a receita se perdeu”, lembrou ela. “-Eu vou repeti-la”, ditando o seguinte: Açafrão...20 centigramas / Cuminho...4 gramas / Cera amarela...31 a 32 gramas / Oleo de amêndoas doces...uma colher.  Derreter a cera e depois untar o óleo de amêndoas; juntar o açafrão e o cuminho num saquinho de pano fino e ferver, durante dez minutos, em fogo brando. Emprega-se espalhando a pomada num pedaço de pano e cobrindo a parte doente, renovando diariamente o tratamento”. Tendo seguido a prescrição, em pouco tempo a perna da senhorita Dufaux estava cicatrizada, a pele restaurada e, desde então, não sobreveio qualquer acidente. Também sua lavadeira foi felizmente curada de mal idêntico. Um operário se havia ferido com um fragmento de foice, que penetrou profundamente na feria, produzindo inchação e supuração. Falavam em amputar-lhe a perna. Com o emprego daquela pomada a inchação desapareceu, parou a supuração e o pedaço de ferro saiu da ferida. Em oito dias aquele homem recuperou-se e pode voltar ao trabalho. Aplicada sobre furúnculos, abcessos, panarícios, ela faz rebentar em pouco tempo e cicatrizar. Atua tirando da chaga os princípios mórbidos, semeando-a e, conforme o caso, provocando a saída de corpos estranhos, como esquírolas de ossos, de madeira, etc. Parece que é também eficaz para os dartros e, em geral, para as afecções da pele. Sua composição, como se vê, é muito simples, fácil e, em todo caso inofensiva. Pode, pois, experimentar-se sem receio”.

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