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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Doença Mental e a Lei de Causa e Efeito

Quando foi publicado A LOUCURA SOB NOVO PRISMA (feb), o médico Adolfo Bezerra de Menezes lançou as bases para uma visão mais ampla a respeito do problema da saúde mental. Incapaz de entender ou resolver com os conhecimentos médicos seus e de colegas, o transtorno manifestado em um de seus filhos, perplexo e surpreso testemunhou a manifestação de uma personalidade revoltada e vingativa em reunião para a qual fora convidado por amigos de profissão, que o acusava, juntamente com o filho pelas suas desventuras em existência anterior. Confuso, católico praticante que era - nos tempos de grande intolerância dessa escola religiosa -, acatou a sugestão para ler O LIVRO DOS ESPÍRITOS com que foi presenteado ao final do memorável encontro, começando a fazê-lo já no bonde utilizado para o retorno à sua casa. No livro que escreveria em 1870 – estava com 49 anos – refletindo seus conhecimentos médicos ampliados pelos que o Espiritismo lhe apresentara, enumera três pontos como fundamentais para a compreensão dos distúrbios mentais: 1- que o pensamento é pura função da alma ou espírito e, portanto, que suas perturbações, em tese, não dependem de lesão no cérebro; 2- que a loucura, perfeitamente caracterizada, pode-se dar e dá-se, mesmo em larga escala, sem a mínima lesão cerebral; 3- que a loucura pode ser também resultante da ação fluídica de Espíritos inimigos sobre a alma ou Espírito encarnado num corpo. Desencarnado em 1900, reintegrado ao Mundo Espiritual, passou a atuar junto a vários médiuns – inclusive, anos depois, Chico Xavier -, ação ampliada por todo século XX, para uma legião de colaboradores que foi sendo formada e que, ao longo do tempo, produziu efeitos extraordinários na área social e espiritual, no Brasil e, em outras partes da Terra. Uma das primeiras a corresponder às influências do Benfeitor Espiritual, foi uma jovem à época com apenas 20 anos, que, buscando refazer-se de problemas gerados pela exuberante mediunidade não conhecida e desenvolvida, a partir de orientações de Eurípides Barsanulfo, integra-se ao Centro Espírita de Uberaba, participa da fundação e atividades do Pronto Socorro Bezerra de Menezes e aos esforços que culminaram na inauguração do Sanatório Espírita de Uberaba, em 31 de dezembro de 1934, cuja direção clínica seria assumida pelo uberabense recém-formado em Medicina, Inácio Ferreira. Certamente refletindo orientações da Espiritualidade, iniciam experiências acrescendo aos incipientes tratamentos terapêuticos e fármacos, a terapia espiritual, descortinando realidades surpreendentes a determinar as várias patologias observadas entre os internos daquele estabelecimento. Empolgado e corajosamente, Inácio Ferreira resolve documentar em livro, dividido em dois volumes, parte dessas experiências, publicando em 1946, o que pretendia fosse o início de registros confirmando a presença do componente obsessivo nos quadros de perturbação mental. Na dedicatória do primeiro volume, escreveu: “À Dona Maria Modesto Cravo, através de cuja mediunidade qual poderosa objetiva de um microscópio, nos foi possível olhar, embora furtivamente, o mundo invisível, onde se vive a verdadeira vida – AVIDA ESPIRITUAL”... O  “NOVOS RUMOS DA MEDICINA”, contudo, esbarrou na incompreensão, na intolerância destiladas em críticas que o levaram a interromper seu projeto, que, nos anos 80, após ter alguns dos casos expostos no trabalho reproduzidos nas páginas da revista espírita INFORMAÇÃO, voltou a ser reeditado pela Federação Espírita da São Paulo. Pela qualidade e confiabilidade dos exemplos por ele selecionados que documentam sua pesquisa, fornecendo indiscutíveis evidências sobre a origem de desequilíbrios enraizarem-se no passado remoto de suas vítimas, destacamos alguns, mantendo o critério utilizado em postagens anteriores. CASO 1 – EFEITO -  Mulher, casada, quatro filhos,  internada por psicose e perturbação ovariana. Comportamento aversivo em relação ao pai, cuja presença não tolerava apesar do mesmo se mostrar um velho bondoso, tratando-a sempre com carinho. Em plena convalescença, ante visita autorizada do genitor, reagiu com fisionomia transtornada pela repulsa e pelo desprezo, palavras incisivas, rindo-se da reação de dor moral demonstrada nas lágrimas vertidas pelo pai. CAUSA - Experiências compartilhadas 120 anos antes, em vila portuguesa chamada Pedra Grande. Ela, à época estava encarnada num corpo masculino, negociante de vinhos, casado com filhos, exorbitava nas aventuras sexuais, engravidando a filha de comerciante com quem mantinha relações comerciais, levando-a ao suicídio. Seu sogro, sabendo do ocorrido, influente, obrigou-o a se separar da filha, expulsando-o de casa, para onde não mais retornou. Seu pai atual, o sogro de outrora; o marido, o noivo da moça que seduzira; essa, por sua vez, reencarnou-se, agora como uma das suas filhas. CASO 2 – EFEITO – Moça, 25 anos, organismo debilitado por desequilíbrio do metabolismo basal e desequilíbrio mental; atenção sem fixação; não respondendo a interrogações feitas, fazendo-o somente após muita insistência de maneira extravagante; assaltada por tremor generalizado. Antes da manifestação da doença, demonstrava alegria exuberante, carinhosa, bondosa, grande presença de espírito. Desde pequena demonstrou grande pendor para a dança, cantos, imensamente ligada a tudo que se referisse a cinema, teatro, artistas. CAUSA – Reações ampliadas em sua mente, pela proximidade de um Espírito que, em vida anterior, solteiro, vinculado à família de origem, escritor e compositor reconhecido, a ela se ligou após se conhecerem em casa noturna em que ela trabalhava como profissional do sexo. Não correspondido em sua afeição, refugiou-se progressivamente nos entorpecentes até alcançar a morte. CASO 3 – EFEITO – Rapaz, sem vícios, trabalhador, ativo; mergulhou na depressão, abandonando afazeres, isolando-se, e, embora nada reclamando, nem falando sobre doença ou sofrimentos que o abatiam progressivamente, tornou-se violento, gritando e falando muito, contido através de imobilização por vários dias. CAUSA – Atuação de dois Espíritos obsessores - um mandante e outro executante -, por ações assumidas em vida anterior em que senhor de escravos, maltratava-os, mostrando-se um tirano com os pobres negros que o serviam, fazendo-os trabalhar sem camisa e com o corpo untado de óleo ou mel de abelhas, a fim de que insetos os molestassem bastante. O mandante de hoje, uma das vítimas, sofrera muito e, por isso, procurava desforrar-se, querendo inutiliza-lo a custa de torturas e sofrimentos. 

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