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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Unindo os Pontos na Busca do Conhecimento de Nós Mesmos


Estudando os comportamentos da criatura humana, na verdade estamos diante de efeitos resultantes das ações e reações do mesmo no relacionamento de si para consigo, para com a família e para com a sociedade. Sendo verdadeiro tal raciocínio, onde estaria a origem desse processo? Como se elaboraria? Apesar de compreendermos quanto estamos longe do entendimento pleno, até porque cada criatura se encontra num nível evolutivo, não existindo uma igual a outra – assim como as impressões digitais –, o Espiritismo nos oferece sinais importantes nessa busca. Um deles pelo respeitado filósofo Léon Denis na síntese: “o princípio inteligente dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem”. Milhões de anos são consumidos nessa caminhada que propicia o despertar da consciência, em etapas que vão ativando rudimentos da memória (fase mineral); sensibilidade (fase vegetal); instinto, “uma espécie de inteligência”, como explica O LIVRO DOS ESPIRITIOS (fase animal irracional); inteligência (animal racional, ou seja, o homem). Alcançando essa etapa, revela-nos O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, “no seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento”. Essa busca resulta da dinâmica sintetizada na inscrição aposta no tumulo – ironicamente o apologista da sobrevivência à morte - de Allan Kardec: “- Nascer, viver, morrer; renascer ainda; progredir sempre, tal é a Lei”. O meio utilizado pelo princípio inteligente convertido em Espírito, são o períspirito (ou corpo espiritual) e o corpo físico. O laboratório, os diferentes Planos existenciais: o Espiritual e o Material. Em meados do século 20, através do médium Chico Xavier, começaram a surgir os livros assinados pelo Espírito André Luiz que nos apresentam uma visão objetiva de uma colônia espiritual existente numa das múltiplas dimensões da realidade extrafísica. Para os que percorrem as páginas dos livros que começam com NOSSO LAR, uma verdadeira viajem em que se vai percebendo como o chamado Além guarda incrível semelhança com nossa realidade, bem como, a interação intensa entre seus habitantes e nós, induzindo-nos, muitas vezes, a atitudes que, depois de assumidas, acabam nos surpreendendo. Olhar atento sobre seus conteúdos possibilita abstrair informações capazes de nos permitir a formulação de um esquema que dá ideia de como o Espírito se mostra após sucessivas experiências no extraordinário laboratório da Criação. N’ OS MENSAGEIROS (feb), por exemplo, diz: “- A mente humana, ainda que indefinível pela conceituação limitada da Terra, é o centro de toda manifestação vital do Planeta”.  No EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb), outras duas informações para analisarmos: 1 – “- Os conceitos de mente e Espírito são equivalentes” e 2“O cérebro é o órgão de manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana”. Na mesma obra, encontramos outra revelação importante, por sinal já citada em outra postagem: “- O princípio inteligente gastou, desde o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos 15 milhões de séculos, a fim de que pudesse como Ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões do pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos”. Perseguindo a meta do “conhece-te a si mesmo”, com André Luiz, entendemos que após o acesso à capacidade do pensamento contínuo, vários atributos embrionariamente ativados no Princípio Inteligente, ao longo das Eras, começam a se ampliar, não sequente, mas, concomitantemente, funcionando sincronicamente. O primeiro a MEMÓRIA, dito na obra dos conceitos anteriores: “- O continuísmo da ideia consciente, acende a luz da memória sobre o pedestal do automatismo”. Sobre esse atributo, no ENTRE A TERRA E O CÉU (feb), encontramos: 1)“- A memória é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos. Por intermédio dela somos condenados ou absolvidos dentro de nós mesmos”; 2) “- A memória é um prodigiosos arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se confundem” e 3) “- A memória pode ser comparada à placa sensível que, ao influxo da luz, guarda para sempre as imagens recolhidas pelo Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados dentro da vida”. Chama a atenção a semelhança deste processo com o da gravação dos CDs, desenvolvida décadas depois da publicação do livro, com a evolução tecnológica de tudo que é digital. Outro atributo: INTELIGÊNCIA. Explica o Instrutor Espiritual que “- o reflexo precede o instinto, o instinto precede a atividade refletida que é a base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes nos milhares de milênios, em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano”. “No círculo humano, a inteligência é seguida pela razão e a razão pela responsabilidade”. O próximo é a CONSCIÊNCIA como mostra André Luiz: “- Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra desperta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e reação, funcionam exatos, dentro do próprio Ser, assegurando-lhe a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente, os resultados respectivos, tanto na Esfera Física, quanto no Mundo Espiritual”. Acrescenta ainda que “a consciência é um núcleo de forças em torno da qual gravitam os bens ou males gerados por ela mesma” e “trazemos na própria consciência o arquivo indelével de nossos atos”. Depois, a VONTADE, explicada como “força instintiva que, através do desenvolvimento da consciência e, portanto, da razão e do conhecimento, vai se convertendo de vontade inconsciente de poder em poder consciente da vontade da qual se valerá para a construção do seu destino de luz, por sua própria opção”. Por fim, o LIVRE-ARBÍTRIO, que como a Espiritualidade Superior explicou a Allan Kardec na questão 122 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “se desenvolve a medida que o Espírito adquire consciência”, acrescentando na 843, “tendo a liberdade de pensar, o Espírito tem a de agir. Sem o livre-arbítrio, seria uma máquina”. No E A VIDA CONTINUA (feb), André Luiz nos repassa que “o livre-arbítrio, na esfera da consciência, permanece vivo e intocado, porquanto em quaisquer posições, a criatura encarnada é independente para escolher os próprios rumos, no entanto, as demais potências da alma, no período da encarnação, jazem orientadas na direção desse ou aquele trabalho, segundo os propósitos que tenha assumido ou que tenha sido constrangida a assumir”.

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