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sábado, 13 de dezembro de 2025

ESQUECIMENTO DO PASSADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Se vivi outras vidas, sofro em consequência das decisões e ações insensatas delas e essas pessoas às quais estou ligado fazem parte de experiências mal sucedidas delas, por que não lembro de nada? Argumento comum entre aqueles que preferem a lei do mínimo esforço, presos à filosofia do “achismo”. Em artigo do número de agosto de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec ressalta alguns pontos importantes da questão: -“A lembrança precisa dessas faltas teria inconvenientes extremamente graves, pois isso nos perturbaria, nos humilharia aos nossos próprios olhos e aos do próximo; trariam uma perturbação nas relações sociais e, por isto mesmo, travaria nosso livre arbítrio. Por outro lado, o esquecimento não é tão absoluto quanto o supõem. Ele só se dá na vida exterior de relação, no interesse da Humanidade; mas, a vida espiritual não sofre solução de continuidade. Tanto como desencarnados, quanto nos momentos de emancipação, o Espírito se lembra perfeitamente e essa lembrança lhe deixa uma intuição que se traduz na voz da consciência, que o adverte do que deve, ou não deve fazer. Se não a escuta, então é culpa sua. Além disso, o Espiritismo dá ao homem um meio de remontar ao seu passado, se não aos atos precisos, ao menos aos caracteres gerais desses atos que ficaram mais ou menos desbotados na sua vida atual. Das tribulações que suporta, das expiações e provas deve concluir que foi culpado; da natureza dessas tribulações, ajudado pelo estudo de suas tendências instintivas, apoiando-se no princípio que a mais justa punição é a consequência da falta, pode deduzir seu passado moral. Suas tendências más lhe ensinam o que resta de imperfeito a corrigir em si. A vida atual é para ele um novo ponto de partida: aí chega rico ou pobre de boas qualidades; basta-lhe, pois, estudar-se a si mesmo para ver o que lhe falta e dizer: -‘Se sou punido, é porque pequei’. E a mesma punição lhe dirá o que fez. Citemos uma comparação. Suponhamos um homem condenado a tantos anos de prisão, sofrendo um castigo especial, mais ou menos rigoroso conforme sua falta: suponhamos, ainda, que ao entrar na prisão perca a lembrança dos atos que para lá o conduziram. Poderá dizer: -‘Se estou nesta prisão, é que fui culpado, pois não se condena gente virtuosa. Tratemos, pois, de nos tornarmos bons, para não voltarmos quando daqui sairmos’. Quer ele saber o que fêz? Estudando a lei penal, saberá quais os crimes que para ali conduzem, porque não se é posto a ferros por uma maluquice; da duração e severidade da pena, concluirá o gênero do que deve ter cometido. Para ter uma ideia mais exata, terá apenas que estudar os artigos para os quais irá sentir-se instintivamente arrastado. Saberá, então, o que daí em diante deverá evitar para conservar a liberdade e a isso será ainda excitado pelas exortações dos homens de Bem, encarregados de o dirigir e instruir no bom caminho. Se não aproveitar, sofrerá as consequências. Tal a situação do homem na Terra onde, como condenado, não pode ter sido posto por suas perfeições, desde que é infeliz e obrigado a trabalhar. Deus lhe multiplica os ensinamentos proporcionais ao seu adiantamento. Adverte-o incessantemente e o fere, até, para o despertar de seu torpor; e o que permanece no endurecimento não pode desculpar-se com a arrogância”. Através do médium Chico Xavier, o Espírito André Luiz registrou importantes apontamentos sobre o tema: 1: -“O obscurecimento das memórias pregressas, não é senão um fenômeno temporário, mais ou menos curto ou longo, conforme o grau de evolução que tenhamos atingido. Até certo ponto, uma dilatada hipnose. A passagem pelo claustro materno, o novo nome escolhido pelos familiares, os sete anos de semi-inconsciência no ambiente fluídico dos pais, a recapitulação da meninice, o retorno à juventude e os problemas da madureza, com as responsabilidades e compromissos consequentes, estruturam em nós – a individualidade eterna -, uma personalidade nova que incorporamos ao nosso patrimônio de experiências”. 2-Os Espíritos encarnados, tão logo se realize a consolidação dos laços físicos, ficam submetidos a imperiosas leis dominantes na Crosta (...). Sem a obliteração temporária da memória, não se renovaria a oportunidade”. 3 – “Sem o esquecimento transitório, não saberíamos receber no coração o adversário de ontem para regenerar-nos, regenerando-o”.


 

– Um dos nossos companheiros de estudo, no Caminho de Damasco, comentou semana passada sobre a Inteligência Artificial Geral, cuja realização está bem próxima de acontecer.

Em termos de inteligência, o homem tem demonstrado um avanço inigualável nos últimos anos. Ainda não sabemos onde ele vai chegar.

O que falta, porém, à humanidade é um avanço no campo moral, no campo das relações, porque o verdadeiro bem-estar está na felicidade de uma convivência fraterna e de uma paz duradoura.

Infelizmente, nesse ponto o ser humano vem falhando, pois as conquistas no campo material, ao invés de lhes oferecer ferramentas que facilitem e melhorem as relações, acabam servindo aos interesses dos dominadores em prejuízo da grande maioria.

A Inteligência Artificial  - conhecida pela sigla I.A. – é, de fato, extraordinária e surpreendente, mas ela pode ser tão ou mais nociva que a bomba atômica.

Quando no passado o homem conseguiu a proeza de desintegrar o átomo, de repente vislumbrou um futuro promissor, em que a energia atômica deveria servir para ajudar a humanidade a caminhar mais depressa em busca da paz.

Todavia, não foi o que aconteceu. Repetindo o fato, que se dera com a invenção da dinamite, ele logo pensou em usar a bomba para destruir para manter seu domínio.

E a bomba atômica passou a ser uma grande ameaça para todos nós; aliás, a maior ameaça para a própria sobrevivência da humanidade e, talvez, da vida sobre a Terra.

Acreditamos que o mesmo se dará com a Inteligência Artificial Geral, prevista para o final desta década. Será que vamos ter coragem de pôr em prática aquilo que ela realmente será capaz de fazer?

Numa entrevista concedida à televisão durante o período ameaçador da Guerra Fria, década de 1970, perguntaram ao Chico Xavier sobre o perigo da guerra nuclear, que poderia significar o extermínio da humanidade.

Chico não se abalou com a pergunta, afirmando que o futuro da humanidade depende inteiramente do homem, mas se a Terra não mais puder acolher a vida, Deus reservaria outros mundos para nós onde, como Espíritos, pudéssemos reencarnar.  


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