faça sua pesquisa

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

COMO GARANTIR A PAZ DO AMANHÃ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Em programa de debates de um dos canais de notícia da TV paga, no final de noite do último dia primeiro de maio, um Desembargador e um Promotor de Justiça ligado à área da Infância e Juventude discutiam sobre a necessidade de se reduzir a maioridade penal em face do crescente aumento da violência garantida pela impunidade em nossa sociedade. O Promotor, favorável à mudança da diminuição do limite vigente, defendendo seu ponto de vista, disse ter ouvido jovens afirmarem que “atiram em suas vitimas somente para vê-las cair”, não demonstrando nenhum tipo de constrangimento em relação à vida humana. Sua observação nos fez lembrar a atualidade de questionamento no comentário de Allan Kardec à resposta da pergunta 685 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, quando diz “quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?”. E, nesse aspecto, o Espiritismo tem importantes considerações a fazer. Aponta a educação da criança como preocupação essencial na formação de indivíduos, durante o período em que a personalidade construída em existências anteriores encontra-se bloqueada pela “anestesia” do esquecimento do passado, resgate que se dá por volta dos quinze anos de idade. Em comunicação espiritual espontânea lida na reunião de 14 de janeiro de 1859, publicada no número de fevereiro da REVISTA ESPÍRITA, recolhemos alguns tópicos importantes. 1- Não conheceis o segredo que, em sua inocência, ocultam as crianças; não sabeis o que são, nem o que foram, nem o que hão de ser. Entretanto vós as amais, vós as prezais como se fossem uma parte de vós mesmos e de tal modo que o amor da mãe pelos filhos é considerado como o maior amor que um Ser possa ter a outro Ser. 2- As crianças são os seres que Deus envia a novas existências; e para que elas não possam queixar-se de sua grande severidade, dá-lhes toda a aparência da inocência; mesmo numa criança naturalmente má, os defeitos são cobertos pela inconsciência de seus atos. Esta inocência não é uma superioridade real sobre aquilo que foram antes. Não: é a imagem do que deveriam ser; e se não o são, a culpa cairá sobre elas unicamente. 3- Mas não foi apenas por elas que Deus lhes deu tal aspecto; foi também – e, sobretudo – por seus pais, cujo amor é necessário à sua fraqueza; e este amor ficaria singularmente enfraquecido à vista de um caráter impertinente e intratável, ao passo que, supondo os filhos bons e meigos, lhes dão toda a sua afeição e os cercam das atenções mais delicadas. 4- Quando, entretanto, as crianças não mais necessitam dessa proteção, dessa assistência, que lhes foi dada durante quinze ou vinte anos, seu caráter real e individual aparece em toda a sua nudez: permanece bom, se for fundamentalmente bom, mas se irisa sempre de nuanças que estavam ocultas pela primeira infância. 5- A infância tem ainda outra utilidade. Os Espíritos só entram na vida corpórea para o seu aperfeiçoamento, para sua melhora; a fraqueza da infância os torna flexiveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que tem o encargo de seu progresso. É então que seu caráter pode ser reformado, pela repressão de suas más inclinações. Tal o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual hão de responder”. Diante de tais ponderações, perguntamos: na atualidade, o exercício da paternidade e da maternidade, tem algum tipo de orientação nesse sentido? A questão da espiritualidade é cogitada pelos responsáveis pelo Espírito a ele vinculado pela consanguinidade? O comportamento social do jovem e da criança hoje, aproxima-se da civilidade ou do primitivo? Goethe, poeta e pensador alemão escreveu que “só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a”. Seu caso ou dos exemplos que observa ao redor, incluem no currículo de matérias a serem ministradas na convivência com os filhos o amor?



Embora eu tenha sido educado numa religião, hoje eu posso compreender que não existe um só caminho para Deus, caso contrário não haveria tantas religiões no mundo; acho que existem milhares de religiões. Eu só não entendo por que uma tem que combater a outra, se o compromisso que cada um tem é com o mesmo Deus.

Sua reflexão é perfeita. E ela parte do princípio de que Deus é o Pai bom e perfeito que ama igualmente todos os seus filhos.

Se Ele é o nosso Pai maior, com certeza, não está preocupado se professamos esta ou aquela religião ( ou mesmo, se não adotamos religião alguma) , mas, sim, preocupado com a nossa conduta uns diante dos outros.

O Bem se nos afigura como o maior valor da vida e ele está aí, à nossa frente em todos os momentos, para dele nos utilizarmos como instrumento de ação. O Bem é Deus.

Desse modo, embora a religião, de uma maneira geral, tenha surgido em razão do medo da divindade (isso há milhares e milhares de anos, quando o homem temia os fenômenos da natureza), hoje – século XXI, ela deve ser vista como um recurso que nos ensina a nos amar uns aos outros e a trabalhar por todos.

A religião tem o papel de nos sensibilizar a alma, de nos despertar a consciência para o maior valor da vida, que é o Bem; e o Bem nos convida a agir como irmãos, unidos pelo bem e pela paz de todos.

É claro que a religião, com o desenvolvimento dos povos, durante milênios, veio adquirindo roupagens diferentes, dependendo da cultura e da tradição de cada povo.

Mas só agora é que podemos entender que, diante desse fenômeno, nós vemos apenas a roupagem, porque a essência – que é Deus, que é o Bem, que é a Justiça e que é a Verdade – é a mesma para todas as religiões e para todos os povos.

Deus, como diz o filósofo Huberto Rhoden, é o deus da diversidade e não da unicidade, é o deus da variedade e não da monotonia, é o deus dos diferentes e não dos iguais – enfim, é o deus que nos criou para que cada um seja ele mesmo e consiga alcançar sua própria perfeição.

Conta Roberto Shinyashiki, médico e consultor de empresas, que, quando criança morava em Santos e certo dia seu o pai o levou a um ponto alto do lugar para poder apreciar toda a cidade.

Lá chegando, ele percebeu que várias outras pessoas chegavam àquele mesmo lugar, mas elas tinham vindo por caminhos diferentes.

Então, ele questionou: “Pai, o senhor falou que nós viríamos pelo melhor caminho até chegar a este topo, mas essas pessoas que estão aqui vieram por outros caminhos e também chegaram”.

Claro, filho. Cada um veio pelo melhor caminho que tinha a percorrer até chegar ao topo, mas porque elas partiram de pontos diferentes. Para nós o melhor caminho foi este que percorremos”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário