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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

VISÃO RETROSPECTIVA ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O erudito Hermínio Correia de Miranda num dos últimos trabalhos publicados sob o título AS DUAS FACES DA VIDA (lachatre, 2005) informa no capítulo PSIQUISMO BIOLÓGICO haver quando do transe da morte ou mesmo na iminência dele uma transcrição dos arquivos biológicos para os perispirituais, do que resulta um belo e curioso espetáculo de replay da vida, para o qual, por sinal, propôs o nome recapitulação, após o que o corpo estaria liberado para o processo de decomposição. No substancial documentário intitulado O CÉU E O INFERNO organizado por Allan Kardec, em sua segunda parte, entre os 62 depoimentos de Espíritos entrevistados na Sociedade Espírita de Paris, o médico J. Sanson revelando detalhes do momento de sua morte, diz ter conservado suas ideias até o ultimo momento, que não via mais, mas pressentia e “toda sua vida se desenrolou diante de sua lembrança”, enquanto o sr M. Jobard, outro intelectual ligado ao Espiritismo nascente, relatou através de um médium que ‘após um abalo estranho, lembrou-se de repente, seu nascimento, juventude, idade madura, enfim, toda sua vida se retratou nitidamente em sua lembrança’. Analisando o início do processo chamado desencarnação que principia a volta do Espírito à sua condição normal, Allan Kardec destaca na mesma obra o torpor, uma espécie de desmaio e essa revisão que o Ser enceta neste momento. A partir dos anos 70 do século 20, o médico Raymond Moody Jr começa a revelar suas constatações sobretudo no que ele denominaria EQM – Experiências de Quase Morte, ou seja, daqueles que vitimados por situações naturais ou acidentais resolvidos expontaneamente ou mecanimente pela Medicina, retornaram à vida relatando suas impressões durante o breve tempo em que estiveram mortos clinicamente, incluindo entre as sensações a da revisão de suas próprias vidas. No Brasil, a mediunidade de Chico Xavier com a intensificação da recepção de cartas de inúmeros Espíritos que mortos ‘precocemente’ afirmavam aos entes queridos sua sobrevivência após a chamada morte, muitos deles contaram ter vivenciado a etapa da recapitulação. Dentre os vários depoimentos, Ivan Sergio de Athaíde Vicente contou que teve ‘a idéia de rever toda a minha existência, como num sonho que estivemos vivendo acordado, até que as minhas lembranças se condensaram na rememoração do acidente que me transtornava a cabeça, enquanto Luiz Antonio Biazzio escreveu: -“Rememorei meus estudos de medicina, revisei os meus doentes e os meus apuros na psiquiatria para definir-lhe as emoções e, em seguida, querida mãezinha, as recordações da infância e do lar desfilaram diante da minha visão íntima. de tudo me lembrei”. Entre todas essas contribuições para nosso esclarecimento sobre o que é ‘morrer’, o pesquisador italiano Ernesto Bozzano, em uma de suas substancias obras, A MORTE E SEUS MISTÉRIOS, dedica a terceira parte para apresentar casos de VISÃO PANORÂMICA OU MEMÓRIA SINTÉTICA NA IMINÊNCIA DA MORTE. Separa em três categorias casos de visão panorâmica na iminência da morte ou em perigo de vida; casos acontecidos com pessoas sãs, sem a ocorrência de perigo de morte e, casos de comunicantes que por via mediúnbica afirmam ter passado pela experiência da ‘visão panorâmica’. Na primeira situação, por exemplo, turistas que sofreram quedas de montanhas e viram a morte de perto, permitiram estabelecer um padrão mais ou menos constantes nesta espécie de acidentes, desde o momento em que se perdeu o pé até ao em que se produziu o choque na queda física: 1.° - um sentimento de beatitude; 2.° - a anestesia do tato e do sentido da dor, a vista e o ouvido conservando a sua acuidade normal; 3 ° - extrema rapidez do pensamento e da imaginação; e, 4.° - em inúmeros casos, a alma revê todo o curso de sua vida passada: " vislumbrei todos os fatos de minha vida terrena que se desenrolaram diante de meus olhos em imagens inumeráveis”. Conclui-se, por fim, tratar-se de ocorrência natural a ser enfrentada por todos no fim da jornada no corpo físico.

Joana pergunta: Onde está escrito na Bíblia que “a fé sem obras é morta”?

Esta afirmação está na carta de Tiago (capítulo 2, versículo 17), carta essa que foi elaborada na época para ser lida nas diferentes igrejas.

Isso ocorreu nos primeiros anos após o episódio da ressurreição de Jesus, quando seus seguidores e outros mais se convenceram da necessidade da importância de se propagar imediatamente o evangelho.

Porém, há vários Tiagos no Novo Testamento; pelo menos, quatro. Mas o Tiago, que escreveu a carta, era o Tiago, irmão de Jesus.

Parecer ter sido ele o único irmão de Jesus, que seguiu e ajudou a propagar seus ensinamentos.

A - Nesta carta Tiago procura deixar claro para o povo as lições que Jesus havia ensinado, mas nessa época ainda não havia nada escrito.

A carta não deixa de ser uma advertência para a maioria dos cristãos, que achavam mais fácil e mais cômodo proclamar o poder da fé e esquecer o valor das obras.

Por isso, dirigindo-se aos seguidores do Cristo, Tiago diz: “Sede fazedores da palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”.

Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não fazedor, será comparado a um homem que contempla seu rosto no espelho – apenas para ser contemplado – e, ao retirar-se, logo ele se esquece de como era”.

Mas, quem se fixar na lei perfeita da liberdade e nela perseverar, não sendo um ouvinte esquecido, mas executor da obra, ele será venturoso no que fizer”.

A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus é esta: visitar os enfermos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se puro”.

E continua Tiago: “Que proveito terá se alguém disser que tem fé e não tem obra? Porventura essa fé poderá salvá-lo?”

Se um irmão ou uma irmão estiverem precisando de alimento e alguém disser: ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos, mas não lhe der o necessário para comer, de que lhes aproveitará?”

ASSIM TAMBÉM A FÉ; SE NÃO TIVER OBRAS É MORTA EM SI MESMA”.

E concluindo, afirma Tiago: “Alguém poderá dizer tu tens fé e eu tenho as obras. Mostra-me tua fé sem obras e eu mostrarei minha fé pelas minhas obras”.


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