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domingo, 24 de setembro de 2023

O DEPOIMENTO DE GOETHE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Considerado o mais importantes dos escritores e pensadores alemães, Johann Wolfgang Von Goethe, viveu 83 anos em nossa Dimensão, tendo desencarnado em 1832, na cidade de Weimar. Romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas da arte, literatura e ciências naturais, fazem parte de sua vasta produção. Ao lado de Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão.Sua obra influenciou a literatura de todo o mundo. Atraves do romance OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER, tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Marco inicial do romantismo, o livro é considerado por muitos como uma obra-prima da literatura mundial, de tom autobiográfico, escrito na primeira pessoa e com poucas personagens. Na época de seu lançamento, ocorreu na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras. Outra obra consagrada de Goethe, foi FAUSTO, poema trágico dividido em duas partes, redigido como uma peça de teatro, pensado mais para ser lido que encenado, cuja versão definitiva foi escrita e publicada em 1808. Em 1788, aos trinta e nove anos, ao retornar da Itália, conhece Schiller que a esta altura já havia escrito a ODE Á ALEGRIA posteriormente imortalizada por Beethoven na sua NONA SINFONIA -, nascendo daí uma sincera amizade, embora temperada com uma dose de competição, embora incomodado com o sucesso do seu concorrente dez anos mais jovem, especialmente pelo seu vício pelo tabaco e pelo jogo. Schiller morreria sete anos depois, aos 39 anos, mas a convivência renderia bons trabalhos em comum. Bem, Allan Kardec, quatorze anos após a morte de Goethe, na reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas de 25 de março de 1856, o evoca e o entrevista, obtendo interessantes informações sobre sua vida, obra e situação no Plano Espiritual. Foram dezenove perguntas, respondidas objetivamente pelo famoso intelectual e reproduzidas no número de junho de 1859 da REVISTA ESPÍRITA. Informando estar ainda na situação de desencarnado, esclarece “estar mais feliz do que enquanto vivo” em nossa Dimensão “por estar desvencilhado do corpo grosseiro, vendo o que não via antes”. Sobre sua opinião atual sobre FAUSTO, explica que era “uma obra que tinha por objetivo mostrar a vaidade e o vazio da Ciência Humana e, por outro lado, naquilo que havia de belo e de puro, exaltar o sentimento do amor, castigando-o no que encerrava de desregrado e de mau”. Sobre se teria sido por uma espécie de intuição do Espiritismo – ainda não Codificado –, que descreveu a influência dos maus Espíritos sobre o homem, disse que “tinha a recordação exata de um mundo onde via exercer-se a influência dos Espíritos sobre os seres materiais”, acrescentando ser uma “recordação de uma existência precedente”, “num mundo diferente da Terra, onde se viam os Espíritos agindo”. Explicou que “era um mundo superior até certo ponto”, mas não como entendemos. “Nem todos os mundos tem a mesma organização, sem que, por isto, tenham uma grande superioridade”, disse. Sobre si, revelou que em sua passagem pela Terra, “cumpria uma missão, não tendo se comprometido, por sua obra ainda servir para moralização”. Segundo ele, “aplicava aquilo que podia haver de superior naquele mundo precedente para melhorar as paixões dos seus heróis”. Sobre a adaptação de FAUSTO, para ópera, feita por Charles-François Gounod, disse que o compositor o “evocou sem o saber, compreendendo-o muito bem, mesmo pensando como músico francês”. A respeito de WERTHER, do ângulo em que se encontrava por ocasião da comunicação espiritual, “a desaprovava, pois fez e causou desgraças”, “sofrendo e se arrependendo pela influência maléfica espalhada, causando muitos suicídios”. Solicitado a opinar sobre Schiller, disse: -“Somos irmãos pelo Espírito e pelas missões. Schiller tinha uma grande e nobre alma, de que eram reflexos as suas obras. Fez menos mal do que eu. É-me superior, porque era mais simples e verdadeiro”. A entrevista inclui ainda outros temas curiosos para nossas reflexões.

Esta é uma indagação que muitos fazem sobre a prece. Como Jesus disse que o Pai sabe de nossas necessidades antes mesmo de lhe fazermos o pedido, por que pedir então, se Deus já sabe?

À primeira vista pode parecer contraditório. Mas não é. Segundo o Espiritismo a prece ou oração vai muito além de um simples pedido.

Do modo como Jesus a coloca, a oração implica necessariamente na sintonia com Deus, sintonia de sentimentos, bondade no coração.

Veja a diferença, por exemplo, entre fazer um pedido por escrito ou fazer o pedido pessoalmente.

Por mais bem escrito seja o pedido, ele jamais pode substituir a presença da pessoa que pede.

Porque o pedido implica numa disposição da alma – quer dizer, num sentimento, que não é possível expressar pelo papel.

É a disposição de pedir, a certeza de que está sendo ouvido e a fé na bondade de Deus, que elevam o nível do pensamento.

Assim, podemos dizer que a oração é uma entrega espiritual que abre um canal de comunicação com Deus.

É por isso que o sentimento é tudo. O sentimento de quem pede não pode ser substituído por nenhum ritual, por nenhuma dádiva material, pois a essência do pedido está na pura expressão desse sentimento.

Não foi por outro motivo que Jesus, ao referir-se à pessoa que vai ao templo orar, disse que ela deveria deixar a oferta em frente o altar e vir primeiro reconciliar com o adversário e, somente depois disso, é que deveria voltar para fazer a oferta.

Sem o coração puro a oferta em si não tem nenhum valor. Mas, é claro que Jesus falava numa linguagem figurada, ou seja, por metáfora.

Ir ao templo orar” significa preparar-se para falar com Deus. “Fazer a oferta” significa dar o melhor de si ao Pai: não a oferta em si, mas o sentimento.

Reconciliar com o adversário” quer dizer purificar o coração, procurar limpá-lo do ódio ou de qualquer sentimento adverso.

Desse modo, contraditório é querer se dirigir a Deus com ódio no coração. A mágoa e o ódio são incompatíveis com Deus, que é todo bondade, todo amor.

Não é difícil entender, então, que o ódio impede nossa comunicação com Deus e que a nossa disposição em compreender ou perdoar o ofensor é que permite essa sintonia com o Pai.

Logo, orar significa nos depurar das imundícies que trazemos na alma, buscando a própria melhoria.

Por isso mesmo, na oração precisamos usar de sinceridade, apresentando-nos a Deus tal qual somos, e pedir sobretudo a nossa própria melhoria moral.

A felicidade, para Jesus, não era conquista material, mas, sim, a nossa espiritualização, para podemos vivenciar a verdadeira paz no coração.


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