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sexta-feira, 30 de junho de 2023

ALLAN KARDEC E O SEXTO SENTIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Pele, olhos, ouvidos, língua, nariz são os sensores apontados pelo nossa Ciência como os responsáveis por captar as vibrações do mundo exterior e leva-las ao cérebro em forma de percepções para identificação e providências na relação do Ser humano com o meio. Quando do surgimento do Espiritismo, porém, Allan Kardec baseado nas observações e informações dadas pelos Espíritos propôs a existência de um sexto sentido que através de outro sensor, sabe-se hoje a glândula pineal ou epífise neural, interno no corpo humano, colocava as criaturas em relação com o Mundo Invisível. Graças a isso entendemos sua afirmação n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO de que a mediunidade faz parte da condição orgânica de qualquer pessoa. Qualquer um a pode ter, assim como vê, ouve e fala, e, n’ A GENESE de que os fenômenos espirituais são as mais das vezes espontâneos e se produzem sem nenhuma ideia preconcebida da parte das pessoas com quem eles se dão e que, em regra, são as que neles menos pensam. Essa a razão porque para Allan Kardec, todo individuo que, desta ou daquela maneira, sofre a influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium, podendo dizer-se que todo mundo é médium. Acrescenta ainda que os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem-lhes os organismos materiais que lhes faltam para transmitir suas instruções; eis porque são capacitados com percepção para esse fim. Do extraordinário acervo legado aos estudiosos da Doutrina Espírita através da REVISTA ESPÍRITA, destacamos alguns de seus comentários provando sua proposição: 1-Sendo o homem composto de Espírito, períspirito e corpo, durante a vida as percepções se produzem, ao mesmo tempo, pelos sentidos orgânicos e pelo sentido espiritual; depois da morte, os sentidos orgânicos são destruídos mas, restando o períspirito, o Espírito continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja sutileza aumenta em razão do desprendimento da matéria. 2- Por este sentido recebemos os eflúvios fluídicos dos Espíritos, nos inspiramos, queiramos ou não, em seus pressentimentos e a intuição das coisas futuras ou ausentes; que se exercem a fascinação, a ação magnética inconsciente e involuntária, a penetração do pensamento, etc. 3- O sexto sentido ou sentido espiritual tem como agente o fluido espiritual, como a visão física tem por agente o fluido luminoso. Assim como a radiação do fluido espiritual traz à alma certas imagens e certas impressões. Esse fluido, como tantos outros, tem seus efeitos próprios, suas propriedades sui generis. 4- Como os outros sentidos, é mais ou menos desenvolvido, mais ou menos sutil, conforme os indivíduos, mas todo mundo o possui. Longe de ser a regra, sua inatividade é a exceção, e pode ser considerada como uma enfermidade, assim como a ausência da vista e da audição. (RE, 6/1867) 5- Amortecido pela predominância da matéria, o sentido espiritual não deixa de produzir sobre todas as criaturas uma porção de feitos reputados maravilhosos, por falta de conhecimento do princípio. (RE; 10/1864) Já no século XX, o Espírito conhecido como André Luiz, através do médium Chico Xavier, repassaria em seus livros mais alguns elementos importantes: 1- O pensamento em si é a base de todas as mensagens silenciosas da ideia, nos maravilhosos planos da intuição, entre os seres de toda espécie. (NL; 37) 2- A intuição é o disco milagroso da consciência, funcionando livremente, retransmitindo sugestões (Li; 13) 3- A mediunidade mais estável e mais bela começa entre os homens, no império da intuição pura. (NMM;9)


(...) Quando o professor me entregou a prova na faculdade e vi que tinha tirado nota, dei um pulo de alegria e disse: “Graças a Deus!” Ele olhou pra mim e disse: “Graças a Deus por quê? Foi você que fez a prova!...” “Mas Deus me ajudou”...” – respondi. “Ajudou como? – falou o professor. “Se você não acreditasse em Deus, tiraria essa nota do mesmo jeito”... Não soube o que responder... Gostaria que vocês comentassem isso. (Anônima)


Não se importe com o fato de seu professor não acreditar em Deus e nem se sinta ofendida diante de sua atitude. O importante é o que você acredita. Aliás, cada um de nós tem a sua própria fé, e isso, seguramente devemos a Deus, que nos criou para o pensamento livre. Um grande pensador francês, chamado Voltaire, disse, certa ocasião, que “se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”. Muita gente vê essa afirmativa como um desrespeito ou blasfêmia, mas o que Voltaire queria dizer é que todos nós precisamos de Deus, pois a crença em Deus é a mais elevada que existe.


Ela nos dá segurança e conforto íntimo, principalmente nos momentos difíceis da vida. E quem não passa por dificuldades? – todos nós passamos. É claro que existem pessoas que dizem não acreditar na existência de Deus. O difícil é a gente saber em que elas acreditam? Como elas podem conceber que existe a obra e não existe o autor? Ainda mais se a obra ( o universo), sendo expressão de uma inteligência perfeita, só poderia provir de uma Perfeição... Para nós, que acreditamos em Deus, a vida só tem sentido porque Deus existe; caso contrário, careceria de sentido e de explicação tudo que nos acontece...


A questão é tratada com muita propriedade por Allan Kardec, logo no ínicio d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS. A primeira questão já diz: Que é Deus? Depois vem outras que indagam a respeito dessa “Inteligência Suprema, Causa Primária de Todas as Coisas”. O ateísmo ( ou seja, a não-crença em Deus) provém, quase sempre, de uma decepção religiosa. Às vezes, as religiões pecam nesse particular. Elas acabam ensinando um deus muito parecido do homem; não como um Ser Perfeito, mas como uma pessoa que tem virtudes e defeitos, que acerta e erra ( comoo deus bíblico), capaz de proteger um e castigar outro, geralmente vaidoso e cheio de caprichos.


Um deus, que tem preferências, que ora age com misericórdia, ora com ímpeto de vingança, que cria uma lei e ele mesmo é capaz de derrogá-la para fazer exibição de poder (como fazem as pessoas cheias de orgulho), não pode se enquadrar na concepção de Pai, ensinada por Jesus. Na verdade, Deus nos ajuda sempre, a todo momento, pois já nos deu tudo o que precisávamos, a começar de nossa própria vida – o resto depende de nós: por isso Ele é a Providência Divina. Deus não esta aí para fazer milagres, pois Ele não precisa derrogar suas leis para mostrar que é poderoso e nem tem necessidade disso. Sua grandiosidade está no cumprimento das leis naturais, nesse milagre que acontece todos os instantes.


Portanto, não se perturbe com os ateus, mesmo porque, pelo fato de terem perdido o apoio da fé, não se contentam em estar sozinhos e querem convencer os outros de sua opção. Mas o que eles não sabem é que essa opção que fizeram é uma concessão divina, pois Deus não está nada preocupado com aqueles que nele não crêem. Estaria, sim, mais preocupado com aqueles que dizem acreditar nele, mas ainda não aprenderam a amar seus irmãos, fugindo de seus deveres morais. Leia e reflita sobre o primeiro capítulo de O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec.



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