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segunda-feira, 26 de junho de 2023

APRENDENDO COM UM MESTRE; EM BUSCA DA VERDADE COM OPROFESSOR

 A convivência com a dura realidade de milhares de pessoas enquanto lutava em meio à sua, Chico Xavier acabou tornando-se um sábio, seja pelo aprendizado da própria luta pessoal diante das dificuldades que a vida lhe impôs como homem e como médium. Como ele mesmo afirmou certa ocasião, “quem sabe pode muito, mas que ama pode mais”. Mantendo-se fiel à receita da “disciplina, disciplina, disciplina”, sugerida pelo Benfeitor Espiritual Emmanuel quando ouviu através dele sobre a tarefa a que estavam ligados por acertos havidos décadas antes no Mundo Espiritual, concluiu sua recente passagem por nossa Dimensão como uma referência na exemplificação da mensagem cristã, revivida pelo Espiritismo. Bem dentro do roteiro necessário para alcançar a espiritualidade em si mesmo, como preconizado por outro grande líder espiritual, o Dalai Lama que a define como “aquilo que produz no Ser humano uma mudança interior”. Percorrendo obras que preservam o pensamento iluminado de Chico, destacamos para nossas reflexões, algumas das suas orientações e opiniões a milhares de pessoas que atendeu por várias décadas, condicionando-as aos assuntos pelo qual procuraram ouvi-lo. No caso, temas relacionados à família. 1- LAR – “Sem a família organizada caminharíamos para a selva e isso não tem razão de ser. A família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí com os anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos da mente, com as exigências afetivas de várias nuances (...).2- CASAMENTO - “União de almas simpáticas é uma raridade sobre a Terra. Quase todos estamos vinculados aos nossos compromissos de existências anteriores. Com o passar do tempo, o casal que descobre entre si certas diferenças não deve se assustar; é natural que assim seja. Se não houver amor, que pelo menos haja respeito. Tenho visto muitos casamentos se desfazerem por causa do extremo egoísmo dos cônjuges, que não se dispõe a um mínimo de sacrifício e de renúncia. Ora, estamos ainda muito longe do amor com que devemos nos consagrar uns aos outros, mas nada nos impede de começar a exercitar a paciência, o perdão, o silêncio... Se um não revidasse quando fosse ofendido pelo outro, teríamos um número infinitamente menor de separações conjugais”. 3 - ESFRIAMENTO DO INTERESSE MÚTUO APÓS O NASCIMENTO DE FILHOS - “Grande número de enlaces na Terra obedece a determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente um do outro, segundo os preceitos das Leis Divinas e formem o lar, desfazendo dentro dele determinadas dificuldades das existências anteriores em motivos de amor e compreensão maior.. O namoro e o noivado em muitas ocasiões estão presididos pelos Espíritos que serão filhos do casal”. 4 - PATERNIDADE/MATERNIDADE-“A paternidade é uma oportunidade evolutiva que a Graça Divina concede às criaturas. A maternidade é um segredo entre a mulher e Deus. A participação do homem é ínfima. Na maternidade, a participação da mulher é tocada de alegria e de dor, de tormento e de sofrimento, de prazer e de responsabilidade, desde que o filho nasce, até o último dia da mulher sobre a Terra. 5 - EDUCAÇÃO DOS FILHOS - “- Se não encontrarmos criaturas que nos concedam amor e segurança, paz e ordem, será muito difícil o proveito da nova reencarnação que estejamos encetando. A Educação não é um processo que possa ser levado a efeito quando a criatura já adquiriu hábitos. Aquilo que se precisa aprender começa aos 6 meses de idade. Toda criança deve ser educada no trabalho. Trabalhei desde pequeno e, não fosse por semelhante providência, com certeza eu teria me perdido.”. 6- VIOLÊNCIA NO LAR - “-Qualquer violência, em qualquer lugar e em qualquer tempo, é prejudicial ao autor e aos que lhe assistem a exteriorização, seja qual for a idade do espectador”



Aconteceu um fato muito triste na minha família e minha irmã me culpou, dizendo que o que aconteceu foi porque eu não tenho fé. Senti muito mal quando ela me disse isso. Então, pergunto: a pessoa é culpada por não ter fé? Ela pode ser punida por isso? Ou melhor – a pessoa pode ter fé e depois perder, ou não ter fé e depois adquirir essa fé? Como funciona isso? O que é a fé? “ (anônima)


Se você ler com atenção o capítulo “A Fé Transporta Montanhas”, d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, vai entender melhor essa questão. Ali, Allan Kardec analisa a fé sob vários pontos de vista, mas ele considera, primeiramente, que a fé uma condição humana, e uma condição indispensável em todos os momentos da vida. Podemos analisar a fé em dois contextos: o contexto religioso – como a fé em Deus, por exemplo – e podemos analisá-la no contexto geral da vida, não tratando apenas da fé religiosa, mas da fé na vida, em nós mesmos e naquilo que desejamos alcançar.


A fé é um sentimento, que decorre da necessidade de sobreviver, de buscar segurança e, mais do que isso, de buscar um sentido para a nossa existência. Vista desse ângulo amplo, todos nós temos fé, até mesmo aquele que se diz ateu, pois é impossível uma pessoa viver se ela não tiver um ideal. Se não tivéssemos fé, não daríamos um passo na vida, pois não confiaríamos nem mesmo na firmeza de nossas pernas, capazes de nos sustentar em pé e temeríamos cair. Mas o que nos impulsiona para a frente, sem dúvida, é a crença de que temos condições para isso e que vamos alcançar a meta que pretendemos. Daí porque a fé tem o poder de nos garantir a própria vida e de nos levar a fazer o que fazemos e a obter os resultados que já colhemos.


A fé em Deus, no entanto, é uma fé muito especial, porque crer em Deus é acreditar que tudo na vida tem um sentido perfeito e bom, que não estamos vivendo por acaso, que até mesmo os sofrimentos (pelos quais estamos passando) têm um significado ou uma razão de ser e, portanto, eles têm um valor em nossa vida. Mas a fé nem sempre é sólida, nem sempre é segura; ela pode ser fraca e vacinlante. Pode ser até mesmo ingênua, quando não assentada sobre a razão, sobre o bom senso, ou a partir do raciocínio lógico, que é uma das mais apreciáveis capacidades humanas. Porque, se acreditarmos no impossível ou se nossa crença é apenas fantasia para fugir da realidade, com certeza, vamos ter decepções na vida e se não quisermos acreditar em nada, vamos ter decepções da mesma maneira.


N’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Kardec diz que a fé não se prescreve. Logo, não há receita de fé: ela é uma conquista íntima que você ou cada um de nós conquista longo da vida, na medida em que aprendemos a confiar numa direção divina e na força que Deus nos dá para vencermos as provas do caminho. A vida, no entanto, não pode se firmar apenas na fé, mas principalmente nas realizações que decorrem dessa fé. “A fé sem obras é morta” – como diz Tiago na sua epístola. E a verdadeira fé, na verdade, não é aquela que dizemos ter quando tudo está bem, mas aquela que nos sustenta nos momentos difíceis para não cairmos, dando-nos força e coragem para enfrentar qualquer problema, confiando em Deus e em nós mesmos. 







 


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