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domingo, 13 de janeiro de 2019

NO PLANEJAMENTO EVOLUTIVO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 140


Seres racionais, com a possibilidade de atuar deliberadamente no processo evolutivo em que estamos inseridos, seria de muita utilidade uma ação decisiva sobre nossa trajetória a partir dessa encarnação. Isto porque somos meio que empurrados pelas circunstâncias. Vasculhando os conteúdos oferecidos pela Espiritualidade apresentamos a seguir alguns tópicos interessantes. Na trajetória desenvolvida pelo Espírito na sua busca da evolução o egoísmo constitue-se sempre num efeito negativo? O velho egoísmo humano é criador de cárceres tenebrosos. (OVE,5) O ciúme e o egoísmo constituem portas fáceis de acesso à obsessão arrasadora do bem. (L, 16) O egoísmo conseguirá criar um oásis, mas nunca edificará um continente. (L, 19) O egoísmo desbordante faz-nos esquecer dos compromissos que abraçamos (ETC; 2) Nosso amor ainda é insignificante migalha de luz, sepultada nas trevas do nosso egoísmo (ETC, 8) Quando nosso culto afetivo se converte em flagelação para os que seguem ao nosso lado, não abrigamos outro sentimento que não seja aquele do desvairado apego a nós mesmos, na centralização do egoísmo aviltante. (ETC, 23) O egoísmo não se revela feroz tão somente em nossas alegrias. Muitas vezes, comparece também, asfixiante e terrível, em nossas dores. (ETC., 13) A moléstia intransigente enfraquece os instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores, desanimaliza a alma, abrindo-lhe, em torno, insterstícios abençoados por onde penetra infinita luz. E a dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado e do amor próprio excessivo. (ML, 7) Explica o Espiritismo que em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. Na escalada do progresso, o instinto também está cumprindo um papel? Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porquanto Deus nada pode ter feito inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o produz, abusando dos dons de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio.  Contido em justos limites, aquele sentimento é bom em si mesmo. O exagero é o que o torna mau e pernicioso.  O mesmo acontece com todas as paixões que o homem frequentemente desvia do seu objetivo providencial. Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso por Deus, que o criou simples e ignorante; o homem é que se fez egoísta e orgulhoso, desvirtuando o instinto que Deus lhe outorgou para sua conservação. (G, 3:18) Durante longos períodos, o Espírito encarnado é submetido à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos.  Só então é que começa a séria responsabilidade.(RE, 1/1864) Estando as raízes de paixões e vícios no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda pujança nos selvagens, seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o Ser nascido para a vida intelectual, como a criatura se libera dele?  O Espírito tem por destino a Vida Espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente às exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal, o exercício das paixões constitui uma necessidade para o efeito da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando.  Uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e semimateriais, depois exclusivamente morais.  É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final.  Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto.  Nessa situação, o que era outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do Ser.  Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto. O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcional ao grau de adiantamento. Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas inúteis e, até, nocivas. No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal. O instinto vai se enfraquecendo, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria. (G; 3/10)




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