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domingo, 26 de fevereiro de 2017

DEPENDÊNCIAS

O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações. Relativamente às que vêm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispirito a transmite ao Espírito, que é o Ser sensível e inteligente, que a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa’, afirma Allan Kardec, na compilação OBRAS PÓSTUMAS organizada quase uma década após sua morte.  N’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, das questões 907 a 912, é tratado o tema ‘paixões’ obviamente ligado ao problema das dependências. Estudando as revelações da Espiritualidade, aprendemos que qualquer seja a dependência, ela será sempre do Espiritismo, visto que ele comanda as ações do corpo físico através do corpo espiritual ou períspirito. Segundo eles, 1- a paixão está no excesso acrescentado à vontade, porque o princípio foi concedido ao homem para o bem e as paixões podem levá-lo ;as grandes coisas, sendo o abuso que delas se faça que causa o mal”; 2-  ‘o homem poderia sempre vencer suas más tendências por seus esforços,  e, algumas vezes, por fracos esforços, faltando-lhe a vontade; 3-  não há paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade não tem poder para superá-las, havendo muitas pessoas que dizem: ‘eu quero’, mas a vontade não está senão nos lábios; elas querem, mas estão contentes que assim não seja. Quando se crê não poder vencer suas paixões, é que o Espírito nelas se compraz em consequência de sua inferioridade. Aquele que procura reprimi-las, compreende sua natureza espiritual, e as vitórias são para ele um triunfo do Espírito sobre a matéria, finalmente, 4-  sendo ‘o meio mais eficaz de combater a predominância da natureza corporal  é praticar a abnegação de si mesmo”. Nos anos 70, o jornalista Fernando Worm realizou uma entrevista com o Orientador Espiritual Emmanuel através do médium Chico Xavier sobre a questão da dependência do cigarro, cujas respostas contidas no livro JANELA PARA A VIDA se aplicam a qualquer tipo de dependência. Dela, destacamos alguns esclarecimentos uteis aos interessados. Vamos a algumas delas: 1- A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? – “O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório perispirítico, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida paro arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.” 2- Como descreveria a ação dos componentes do cigarro no perispírito de quem fuma?  – “As sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obsedante que as melhores lições e surpresas da Vida Maior lhe passam quase que despercebidas, até que se lhe normalizem as percepções. O assunto, no entanto, no capítulo da saúde corpórea deveria ser estudado na Terra mais atenciosamente, de vez que a resistência orgânica decresce consideravelmente com o hábito de fumar, favorecendo a instalação de moléstias que poderiam ser claramente evitáveis. A necropsia do corpo cadaverizado de um fumante em confronto com o de uma pessoa sem esse hábito estabelece clara diferença.”  3– Sendo o perispírito o substrato orgânico resultante de nossas vivências passadas, seria certo raciocinar que uma criança, nascida de pais fumantes, já teria nessa circunstância uma prova inicial a ser vencida, em conseqüência de certas tendências negativas de vidas passadas?  R – Muitas vezes os filhos ou netos de fumantes e dipsômanos inveterados são aqueles mesmos espíritos afins que já fumavam ou usavam agentes alcoólicos em companhia deles mesmos, antes do retorno à reencarnação. Compreensível, assim, que muitas crianças (espíritos extremamente ligados aos hábitos e idiossincrasias dos pais e dos avós) apresentem, desde muito cedo, tendências compulsivas para o fumo ou para o álcool, reclamando trabalho persistente e amoroso de reeducação.”  4 – No Mundo Espiritual há tratamento para fumantes inveterados, ou seja, como se faz na Terra, através de quotas diárias cada vez menores, etc.?   – “Justo esclarecer que não apenas quanto ao fumo, mas igualmente quanto a outros hábitos prejudiciais, somos compelidos na Espiritualidade a esquecê-los, se nos propomos a seguir para diante, no capítulo da própria sublimação. O tratamento na Vida Maior para que nos desvencilhemos de costumes nocivos perdura pelo tempo em que nossa vontade não se mostre tão ativa e decidida, quanto necessário, para a liberação precisa, de vez que nos planos extrafísicos, nas vizinhanças da Terra propriamente dita, as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a indecisão e a insegurança.”   5 Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos fumantes, sua “fome” de nicotina e derivados do fumo, costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos. Isto é certo se o enfoque for do Plano Espiritual para o Plano Físico?  – “Acreditamos que ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresentam, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, quando os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária.”  6-É viável imaginar-se que um fumante, tendo desencarnado, tão logo desperte do letargo da morte física sinta desde aí o prosseguimento da vontade insopitável de fumar?  – "Quando o Espírito não conseguiu desvencilhar-se de hábitos determinados, enquanto no corpo físico, é compreensível que esses mesmos hábitos não o deixem tão logo se veja desencarnado. 7 Em que consistem os cigarros etéricos, no plano extrafísico, utilizados por espíritos fumadores?– O fumo, decorrente de recursos condensados para a sustentação de hábitos humanos, em derredor do Plano Físico, é constituído por agentes químicos semelhantes àqueles que integram o fumo, no campo dos homens. E ,em se tratando de costume nocivo da entidade espiritual, tanto encarnada quanto desencarnada, tão difícil é a erradicação do hábito de fumar na Terra quanto nos círculos de atividade espiritual que a rodeiam, no que tange à sensações de ordem sensorial.  Certa ocasião Chico Xavier conversando com uma senhora que lutava para se livrar do vício deu uma sugestão importante dizendo: -“O problema do fumo é mito delicado e difícil de solucionar, assim como todos os costumes que temos firmemente arraigados em nosso psiquismo. Não podemos fazer a expulsão abrupta dos nossos vícios, pois aí estaremos ameaçados pela sua volta repentina e inesperada. Temos que falar e acreditar em nossas palavras, pois se fumamos durante muitos anos, se estamos querendo libertar-nos dele, é porque não estamos mais precisando do fumo. Para ajudar, podemos tomar Calladium da quinta dinamização, 3 gotas, 5 vezes ao dia. O remédio nos auxiliará a proceder à mais rápida liberação da vontade de fumar. Porém este desejo tem de ser firme e valioso, pois na natureza nada se faz com violências.

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