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domingo, 11 de agosto de 2019

TRANSTORNOS OBSESSIVOS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 346


Toda obsessão começa pelo esboço vago do pensamento alheio que nos visita, oculto. Hoje é um pingo de sombra, amanhã linha firme, para, depois, fazer-se um painel vigoroso, do qual assimilamos apelos infelizes que nos aprisionam em turbilhões de trevas, escreveu o Espírito Emmanuel no livro PENSAMENTO E VIDA(feb,1958). Humberto de Campos, o IRMÃO X, na obra CONTOS E APÓLOGOS pondera que “o enigma da obsessão, no fundo, é problema educativo. Quando o homem cumprir em si mesmo as leis superiores da bondade a que teoricamente se afeiçoa, deixará de ser um flagelo para a Natureza, convertendo-se num exemplo de sublimação para as entidades inferiores que o procuram... Então, a consciência particular inflamar-se-á na luz da consciência cósmica e os tristes espetáculos da obsessão recíproca desaparecerão da Terra” e o Espírito André Luiz repassa-nos no livro MISSIONÁRIOS DA LUZ (feb):  - Médiuns, inclusive nós outros, os desencarnados, todos o somos, em vista de sermos intermediários do bem que procede de mais alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhidos nas zonas inferiores, quando caímos em desequilíbrio. O obsidiado, porém, acima de médium de energias perturbadas, é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano. Por isto mesmo, constitui, em todas as circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e carinho. Resumindo a questão dos transtornos obsessivos precisa ser estudada com profundidade para que as criaturas humanas consigam neutralizar sua ação sobre elas mesmas. Na sequência algumas questões fazendo luz sobre a questão: 1-Transtorno obsessivo é um efeito derivado do que o Espiritismo denomina obsessão. O que é ela? É a ação quase que permanente de um (ou vários) Espírito estranho, que leva a pessoa a ser solicitada por uma necessidade incessante de agir desta ou daquela maneira e de fazer isto ou aquilo. A subjugação é uma ligação moral que paralisa a vontade de quem a sofre, impelindo a pessoa às mais dasarrazoadas ações e, por vezes, às mais contrárias ao seu próprio interesse. A fascinação é uma espécie de ilusão produzida, ora por raciocínios capciosos; e esta ilusão produz um engano sobre as coisas morais, falseia o julgamento e leva a tomar-se o mal pelo bem. (RE; 10/1858) 2-Qual a diferença entre loucura patológica e loucura obsessional? A primeira é produzida por uma desordem nos órgãos da manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que é louco: ele conserva a plenitude de suas faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o instrumento de que se serve para se manifestar, o pensamento ou, melhor dito, a expressão do pensamento é incoerente. Na loucura obsessional não há lesão orgânica. É o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um Espírito estranho que o domina e comanda. No primeiro caso é preciso curar o órgão doente; no segundo basta livrar o Espírito doente do hóspede inoportuno, a fim de lhe restituir a liberdade. Casos semelhantes são muito frequentes e comumente tomam como loucura o que não se passa de obsessão, para a qual deveriam empregar-se meios morais e não duchas. Pelo tratamento físico, e, sobretudo, pelo contato dos verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia. (RE;1862) 3-Mente e pensamento são elementos fundamentais para o transtorno obsessivo? A influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos é maior do que cremos porque, frequentemente, são eles que nos dirigem. (LE, q 459)  A obsessão em qualquer tipo pelo qual se expresse, está profundamente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interesses da criatura.  A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura.  O pensamento é a base de tudo, alavanca de ligação para o Bem e para o mal. Obsessão é o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si (PV,27) Não há, obsessão unilateral, nutrindo-se toda ocorrência desta espécie à base de intercâmbio mais ou menos completo. (PV,27)









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