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sábado, 17 de agosto de 2019

DISSIPANDO BARREIRAS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 352


Apontada por Allan Kardec a chave para acessarmos a compreensão de inúmeros ‘enígmas’, a reencarnação precisa ser estudada sem os obstáculos dos preconceitos. A seguir, alguns pontos que ampliam nosso conhecimento. 1- Afirma-se que o Hinduísmo em sua origem representava uma síntese do Pensamento Religioso guardando muita semelhança com o Espiritismo de hoje. Isso procede? O fundo dessa religião é a crença num Ser primeiro e Supremo, na imortalidade da alma e na recompensa à virtude. O verdadeiro e único Deus se chama Brahm, o qual não deve ser confundido com Brahma, criado por ele. É a verdadeira luz, que é a mesma, eterna, bem-aventurada em todos os tempos e lugares. Da essência imortal de Brahm emanou a deusa Bhavani, isto é, a Natureza, e uma legião de 1.180 milhões de Espíritos.  Entre esses Espíritos há três semideuses ou gênios superiores: Brahma, Vishnu e Shiva, a trindade dos hindus. Durante muito tempo a concórdia e a felicidade reinaram entre os Espíritos.  Mais tarde, porém, eclodiu uma revolta entre eles e vários se recusaram a obedecer. Os rebeldes foram precipitados do alto dos céus no abismo das trevas.  Deu-se, então, a metempsicose: cada planta, cada Ser foi animado por um anjo decaído. Esta crença explica a bondade dos hindus para com os animais: consideram-nos como seus semelhantes e não querem matar nenhum. 2- Mas não é o que se vê hoje. O que houve? Somos induzidos a crer que não foi senão a ação do tempo que levou tudo quanto existe de bizarro nessa religião, mal compreendida e falseada na boca do povo, a descer à posição de insana charlatanice. Basta indicar os atributos de algumas de suas principais divindades para explicar o estado atual de sua religião.  Eles admitem 333 milhões de divindades inferiores: são as deusas dos elementos, dos fenômenos da Natureza, das artes, das doenças, etc. Além disso, há os bons e os maus gênios: o número dos bons ultrapassa o dos maus em três milhões.  O que é extremamente notável é que não se encontra, entre os hindus, uma única imagem do Ser Supremo: parece-lhes demasiado grande. Dizem que toda a Terra é o seu templo e o adoram sob todas as formas. Assim, conforme os hindus, as almas tinham sido criadas felizes e perfeitas e sua decadência resultou de uma rebelião; sua encarnação no corpo de animais é uma punição.  Segundo os hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjeção; a perfeição é o começo e a abjeção, o resultado. Conforme os Espíritos, a ignorância é o começo; a perfeição, o objetivo e o resultado. Seria supérfluo procurar demonstrar qual dessas duas doutrinas é mais racional e dá uma ideia mais elevada da justiça e da bondade de Deus. É, pois, por completa ignorância de seus princípios que algumas pessoas as confundem. 3- Que diferença fundamental pode ser identificada? Conforme a Doutrina Espírita, os Espíritos (ou almas) foram e ainda são criadas simples e ignorantes; é pelas encarnações sucessivas que chegam, graças a seus esforços e à Misericórdia Divina, à perfeição que lhes proporcionará a felicidade eterna.  Devendo progredir, a alma pode permanecer estacionária durante um período mais ou menos longo, mas não retrograda. O que adquiriu em conhecimento e em moralidade não se perde. Se não avança, também não recua: eis por que não pode voltar a animar os seres inferiores à Humanidade.  A metempsicose dos hindus está fundada sobre o princípio da degradação das almas.  A reencarnação, segundo os Espíritos, está fundada no princípio da progressão contínua.  Segundo os hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjeção; a perfeição é o começo e a abjeção, o resultado.  Conforme os Espíritos, a ignorância é o começo; a perfeição, o objetivo e o resultado.  Seria supérfluo procurar demonstrar qual dessas duas doutrinas é mais racional e dá uma ideia mais elevada da justiça e da bondade de Deus. É, pois, por completa ignorância de seus princípios que algumas pessoas as confundem. 4- Analisando  a concepção do Espiritismo como explicar a evolução do Ser, da individualidade? Deus criou todos os Espíritos iguais, simples, inocentes, sem vícios e sem virtudes, mas com o livre-arbítrio de regular suas ações conforme um instinto, que se chama consciência, e que lhes dá o poder de distinguir o bem e o mal. Cada Espírito está destinado a alcançar a mais elevada perfeição, atrás de Deus e do Cristo. Para atingi-la, deve adquirir todos os conhecimentos pelo estudo de todas as ciências, iniciar-se em todas as verdades e depurar-se pela prática de todas as virtudes. Ora, como essas qualidades superiores não podem ser obtidas numa única vida, todos devem percorrer várias existências, a fim de adquirirem os diversos graus do saber. A vida humana é a escola da perfeição espiritual e uma série de provas. É por isso que o Espírito deve conhecer todas as condições da sociedade e, em cada uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina. O poder e a riqueza, assim a pobreza e a humildade, são provas; dores, idiotismo, demência, etc., são punições pelo mal cometido numa existência anterior. Do mesmo modo que pelo livre-arbítrio o indivíduo se encontra em condições de realizar as provas a que está submetido, também pode falir. No primeiro caso, a recompensa não se fará esperar, consistindo numa progressão na perfeição espiritual. No segundo caso, recebe a punição, isto é, deve reparar em nova vida o tempo perdido na vida anterior, da qual não soube tirar vantagem para si mesmo. Antes de sua reencarnação, os Espíritos planam nas Esferas celestes: os bons gozando a felicidade, os maus entregando-se ao arrependimento, expostos à dor de serem desamparados por Deus. Mas, conservando a lembrança do passado, o Espírito se recorda das infrações aos mandamentos divinos e Deus lhe permite escolher, em nova existência, suas provas e sua condição, o que explica por que, muitas vezes, encontramos nas classes inferiores da sociedade sentimentos elevados e entendimento desenvolvido, ao passo que nas classes superiores encontramos tendências ignóbeis e Espíritos embrutecidos.



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