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sábado, 16 de fevereiro de 2019

TRANSTORNOS MENTAIS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 174


No momento em que as questões das influências espirituais forem consideradas na avaliação dos comportamentos dos indivíduos, campo vasto se abrirá na avaliação e terapia dos processos de desarmonias mentais. Na sequência alguns aspectos avaliados sob a ótica do Espiritismo. Além dos pensamentos que nos são próprios, outros haverá que nos sejam sugeridos? A criatura humana é um Espírito que pensa.  Frequentemente, muitos pensamentos surgem a um tempo sobre o mesmo assunto e, não raro, contrários uns aos outros.  No conjunto deles, estão sempre misturados os da pessoa  com os de Espíritos desencarnados. Daí a incerteza em que as pessoas se veem.  É que tem em si duas ideias a se conflitarem. Como distinguir esses pensamentos? Quando um pensamento é sugerido, tem-se a impressão de que alguém vos fala.  Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar.  Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la.  Não a fazendo, age o homem com mais liberdade.  Se se decide pelo Bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade. Revelam os Espíritos que a família consanguínea filtra a família espiritual construída através das relações mal sucedidas dos Seres humanos, traduzindo-se especialmente em distúrbios mentais e obsessivos. Como identificar e distinguir uns dos outros? No círculo das recordações imprecisas, a se traduzirem por simpatia e antipatia, vemos a paisagem das obsessões transferida ao campo carnal, onde, em obediência às lembranças vagas e inatas, os homens e as mulheres, jungidos uns aos outros pelos laços de consanguinidade ou dos compromissos morais, se transformam em perseguidores e verdugos inconscientes entre si. Os antagonismos domésticos, os temperamentos aparentemente irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos, resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a recapitulações retificadoras do pretérito distante. Congregados, de novo, na luta expiatória ou reparadora, as personagens dos dramas, que se foram, passam a sentir e ver, na tela mental, dentro de si mesmas, situações complicadas e escabrosas de outra época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência, carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por “complexos de inferioridade”.  Identificando em si questões e situações íntimas, inapreensíveis aos demais, o Espírito reencarnado que adquire recordações, não obstante menos precisas, do próprio passado, candidata-se, inelutavelmente, à loucura.  E nessa categoria, temos na Crosta Planetária uma percentagem cada vez maior de possíveis alienados, requerendo o concurso de psiquiatras e neurologistas, que, a seu turno, se conservam em posição oposta à verdade, presos à conceituação acadêmica e às rígidas convenções dos preceitos oficiais.  Esses, em particular, são as vítimas anônimas da ignorância do mundo, os infortunados absolutamente desentendidos que, de loucos incipientes, prosseguem, pouco a pouco, a caminho do hospício ou do leito de enfermidades ignoradas, tão só porque lhes faltam a água viva da compreensão e a luz mental que lhes revelem a estrada da paciência e da tolerância, em favor da redenção própria. (OVE,2) Obsessão é o mesmo que vampirismo? Obsessão / vampirismo é inquietante fenômeno de parasitose mental.  Determinam-na fatores internos e externos.  Na esfera da alma, os primeiros dependem dos segundos, não havendo influenciação exterior deprimente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime. Pelo imã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dispsomania e à loucura, à cirrose e os tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte. Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade e, sugando-lhes as energias, senhoreiam-lhes as zonas motoras e sensórias, inclusive os centros cerebrais, em que o Espírito conserva as suas conquistas de linguagem e sensibilidade, memória e percepção, dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano, criando, assim, no instrumento corpóreo dos obsessos as doenças-fantasmas de todos os tipos que, em se alongando no tempo, operam a degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo o império de moléstias reais, que persistem até a morte. Imprescindível assim, viver, em guarda contra as ideias fixas, opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos à vala comum da frustração.



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