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terça-feira, 13 de novembro de 2018

CIENTOLOGIA, AÇÃO E REAÇÃO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 83

O professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) esclarece duvidas dos leitores. CIENTOLOGIA E ESPIRITISMO -  Existe alguma relação entre o Espiritismo e a Cientologia? O que vem a ser Cientologia? Com certeza, muitos leitores ainda não ouviram falar dessa doutrina, porque ela só surgiu em 1955, nos Estados Unidos; portanto, tem apenas 49 anos. Trata-se de um sistema filosófico-religioso baseado na obra do escritor L.Ron Hubbard, que viveu de 1911 a 1986. A Igreja da Citologia originou-se de uma psicoterapia chamada dianética. Seus ensinamentos mesclam elementos de psicoterapia com aspectos do cristianismo, do hinduismo e do budismo. A Cientologia ensina a imortalidade da alma e a evolução espiritual através do mecanismo na reencarnação. Neste ponto específico, ela se parece com o Espiritismo. Mas difere em outros pontos que o Espiritismo não aceita. Por exemplo: a fim de descobrir o seu ser imortal interior, seus adeptos se submetem a um rigoroso processo de entrevistas, que inclui testes com detector de mentira, visando aumentar seu autoconhecimento. A igreja também exige de seus adeptos altas somas como contribuição financeira. Muitos astros do cinema americano pertencem a essa igreja, conforme já tivemos ocasião de constatar pelos seus próprios pronunciamentos. Embora a Cientologia tenha a reencarnação como ponto comum com o Espiritismo, ela nada tem a ver com o Espiritismo e nem o Espiritismo com ela. A Doutrina Espírita não está voltada apenas e tão somente para solução de problemas particulares, mas, sobretudo, para os grandes problemas da humanidade. Por isso, busca sua base moral na doutrina de Jesus e entende que os problemas humanos serão equacionados, pouco a pouco, à medida que o homem, independente de religião, for se adequando aos padrões de comportamento ensinado por Jesus de Nazaré. "O Espiritismo diz que aquele que matar um homem com um tiro de revolver no coração, na sua própria existência será portador de um grave problema do coração. Eu pergunto: aquele que fizer o mesmo, porém matar em legítima defesa, também será portador dessa grave doença? Primeiro, vamos fazer um pequeno reparo nessa afirmação. A Doutrina Espírita reafirma o que a ciência sempre disse: existe uma Lei de Causa e Efeito. Mas essa lei, aplicada à nossa vida moral, tanto quanto à vida biológica, não funciona segundo um modelo matemático preciso. Essa relação, que você estabelece, entre matar com um tiro no coração e sofrer uma doença cardíaca na próxima existência, pode acontecer, mas é apenas uma probabilidade, e não um fato certo, inevitável. Existem uma infinidade de efeitos provenientes de uma mesma causa: isso quer dizer que a doença cardíaca é apenas um dos possíveis efeitos daquela causa. Assim, quando falamos que “todo efeito tem uma causa” ou que “toda causa deriva de um efeito”, trata-se de uma regra geral, pois, uma causa pode gerar vários efeitos ou vários efeitos podem decorrer de uma única ou de uma série de causas. Cada caso é um caso. Feito o reparo, voltamos a afirmar o seguinte: nenhum de nossos atos escapa à lei natural; bom ou mal, ele sempre tem retorno, que não é o mesmo para todas pessoas ou para todas as situações. Mas, quando praticamos um ato danoso – ou seja, um ato que traz prejuízo para alguém – podemos sofrer dois tipos de conseqüências para o ato cometido. A primeira conseqüência deriva da natureza do próprio ato; por exemplo, matar alguém. Claro, que isso tem um custo para nós, uma conseqüência ou uma repercussão em nossa vida futura – e nem poderia ser de outro modo. A segunda conseqüência, Cristiano, é de ordem moral, ou seja, em que circunstâncias cometemos o ato? O crime foi premeditado? Matamos porque queríamos matar? Ou matamos por mero acidente? ou apenas para nos defender? Esta questão de ordem moral é a mais importante para o nosso mundo íntimo. Como todo ato traz conseqüência, claro que o simples fato de matar ou provocar a morte de alguém terá conseqüência em nossa vida. Mas, a conseqüência será mais drástica se o fizemos com a intenção de matar, se o praticamos consciente e deliberadamente para provocar aquela morte, se matamos porque queríamos matar, porque odiamos a pessoa naquele momento e desejamos a sua morte. No entanto, se o resultado que provocamos, ainda que seja a morte de alguém, não dependeu de nossa vontade; se o fizemos porque não havia outra alternativa, se não pudemos ou não conseguimos evitar porque estava além de nossas forças, com certeza, não ter uma atenuante a nosso favor. O mecanismo responsável pelas chamadas “doenças cármicas” ( doenças derivadas de atos praticados em encarnações anteriores ) decorre da condição moral do Espírito. É ele que, atormentado pelo ódio ou pelo sentimento de culpa diante do mal que fez, volta-se contra si mesmo, como numa espécie de autopunição, provocando enfermidades ou deficiências no próprio corpo. São as doenças mais difíceis, muitas vezes incuráveis, porque elas emergem do fundo da alma, maculando o perispírito e deixando uma marca profunda na consciência. Portanto, caro leitor, as condições de quem praticou o crime deliberadamente e quem o fez apenas por uma determina circunstância da vida são completamente diferentes. Não podemos saber, evidentemente, quais serão suas conseqüências, mas podemos assegurar que elas terão conseqüências diferentes.









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