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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

DUVIDA SOBRE DEUS E GENOMA HUMANO

O Professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) está de volta para esclarecer duas duvidas relativamente comuns. Se Deus é Perfeito, porque não criou perfeitas as criaturas e todas com o conhecimento da Verdade? A ideia de perfeição é ainda muito complicada para todos nós. Se não conseguimos idealizar sequer um objeto perfeito, que podemos ver e manusear, porque cada pessoa sempre será capaz de apontar uma imperfeição nesse objeto, como conceber o Absolutamente Perfeito, que nos escapa inteiramente à percepção? Não sabemos como explicar a perfeição e queremos entender por que Deus teria agido desta e não de outra forma!... O progresso do pensamento ainda não nos permitiu conhecer nem a nós próprios: somos para nós os grandes desconhecidos; mas pretendemos conhecer Deus, a partir do autodesconhecimento ! Desde seus primórdios, o homem, no afã de explicar a divindade, atribuiu-lhe muitos conceitos, deu-lhe inúmeras formas, mas o que prevaleceu foi a forma humana, antropomórfica, pela qual as religiões ocidentais idealizou Deus e até hoje ainda o concebe; não apenas na forma física ( porque muitos entendem que Deus seja uma pessoa - com cabeça, tronco e membros - como nós), mas a estrutura psicológica de uma divindade que tem inteligência, emoções e toma decisões como nós tomamos, sujeitas a erros e acertos. Para o Espiritismo, Deus é "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas", e só. Não dá para ir mais longe, por enquanto. Só podemos saber que tudo que existe é a sua manifestação, porque tudo, absolutamente tudo, funciona de acordo com um comando inteligente uno, que governa o Universo em toda a sua estrutura e fenomenologia. Podemos inferir, a partir concepção de Inteligência Suprema, que Deus nos criou para a perfeição, mas essa perfeição é fruto do caminhar de cada um, ao longo de suas milenares experiências, fator que determina que cada um seja só e unicamente ele mesmo, capaz de construir seu próprio destino. A perfeição da Criação estaria, portanto, na capacidade da própria criatura direcionar seu caminho, conquistando, pelos seus próprios méritos, o Bem e a Verdade de que é capaz. O conhecimento é um dos mais elevados atributos do Espírito e uma das condições fundamentais para a sua realização, mas a sua principal característica é que ele não pode ser transmitido se não for adquirido. GENOMA HUMANO Com relação à encarnação de Espíritos, que precisam passar por determinadas expiações, de acordo com suas necessidades evolutivas, como fica a Espiritualidade diante da engenharia genética que, mais cedo ou mais tarde, poderá conseguir evitar aleijões físicos e mentais, doenças fatais, como o câncer, o mal de Alzeihmer, etc. Vemos dois grandes aspectos nesta questão. O primeiro nos leva afirmar que uma coisa são as necessidades evolutivas do Espírito; outra, as experiências pelas quais ele precisa passar. Na natureza, não há somente uma solução para cada problema, há múltiplas alternativas, de acordo com o lugar e o tempo, com a cultura e o desenvolvimento de cada povo. Na Antiguidade, certamente havia experiências que hoje não mais existem e, atualmente, outras existem que não havia naquela época. Logo, Espíritos, que reencarnam em diferentes momentos da História, vivenciam situações diversas conforme suas necessidades, donde podemos concluir que as novas descobertas da ciência, dando ensejo ao progresso da Medicina, no campo da prevenção e das terapias, não servem de obstáculo às leis naturais, que continuarão a funcionar interminavelmente. Tais realizações humanas, por mais arrojadas nos pareçam, não alteram as Leis da Natureza, que prosseguem comandando todos os fenômenos. O outro aspecto da pergunta refere-se ao progresso científico e tecnológico que, com certeza, não se realiza sem a co-participação da Espiritualidade que, para tudo, tem um objetivo providencial, encaminhando para a Terra Espíritos capazes de revolucionar o conhecimento e sua aplicação com descobertas de impacto. Com certeza, o mapeamento do código genético humano e as posteriores façanhas nesse campo, também vão comprovar o absurdo do racismo e outros meios de discriminação que, até hoje, servem de pretexto para crimes que deveriam envergonhar o homem do Terceiro Milênio. 

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