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segunda-feira, 3 de abril de 2017

SAUDANDO O 2 DE ABRIL

O dia 2 de abril recorda o renascimento de Chico Xavier, o incomparável servidor que legou-nos não só exemplos eloquentes como Ser humano e médium, mas também importante número de livros que nos ajudam a entender a Vida Espiritual.  Vale a pena lembrarmos como se iniciou, anos depois, sua relação com o Orientador Espiritual Emmanuel sem quem  provavelmente não teria havido tão substancial contribuição para a evolução das ideias espíritas. Recordando aquele dia, Chico contava: -“Orava sob uma árvore junto ao Açude, pitoresco local na saída de Pedro Leopoldo, para o norte quando, vi, à pequena distância uma grande cruz luminosa. Pouco a pouco, dentre os raios que formava, surgiu alguém. Era um espírito simpático, envergando túnica semelhante à dos sacerdotes, que me dirigiu a palavra com carinho”. Não se sabe o que teriam conversado naquele crepúsculo, mas conta o Médium que foi esse o seu primeiro encontro com Emmanuel, na vida presente. E acentua que em certo ponto do entendimento o orientador espiritual perguntou-lhe: “– Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com o Evangelho de Jesus? – Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem... – respondeu o Médium. – Não será você desamparado, - disse-lhe Emmanuel – mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem. – E o senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso? – tornou o Chico. – Perfeitamente, desde que você procure respeitar três pontos básicos para o serviço... Porque o protetor se calasse, o rapaz perguntou: – Qual é o primeiro? A resposta veio firme: – Disciplina. – E o segundo? – Disciplina. – E o terceiro? – Disciplina”. O Benfeitor Emmanuel realmente falava sério, pois não só no que tange à mediunidade de Chico, mas às suas reações ante as situações da vida, passaram a ser objeto de severo controle. Ainda em 1931, um fato demonstra bem isso. Lembrando a situação, Chico narra: “..Certa noite a nossa reunião havia terminado mais ou menos de manhã – uma hora da madrugada, quando voltei para a nossa residência. Ao abrir a porta, encontrei, então, uma situação muito desagradável. É que a nossa casa contava com dois gatos muito queridos e eles haviam naturalmente, naquela noite, sofrido uma, vamos dizer, indigestão e tinham deixado nossa sala num estado muito difícil, porque estava muito suja. Os gatos haviam defecado num espaço relativamente grande da sala. Então, sentindo as emanações daquelas matérias que estavam espalhadas pelo chão, me lembrei da moça que trabalhava conosco em nossa casa, na cozinha, e pensei comigo mesmo: “Vou chamar essa nossa companheira de serviço e pedir-lhe que faça uma limpeza de manhã, uma limpeza correta, porque a sala está numa situação muito desagradável.” Então, no mesmo instante, vi nosso Emmanuel como que materializado ao meu lado dizendo: –Mas você, que vem de uma reunião espírita cristã, que tratou do Espiritismo em nome de Jesus Cristo, em nome de Allan Kardec, está fugindo da sua obrigação, exigindo que uma pobre menina que já está fatigada por haver trabalhado com panelas, nos tanques, para que não te faltasse comida, para que não faltasse à família roupa lavada, você vai exigir que ela venha limpar esta sala quando é sua obrigação limpar este chão e restituí-la tão limpa à família como você ensina no Centro Espírita? Você vai pegar um pano, vai trazer água, sabão e vamos lavar. Fui buscar água, sabão, pano e fomos lavando. Ele perto de mim. Quando achava que já estava terminada a tarefa, ele dizia: “Não, a sala tem odores desagradáveis, tem que lavar direitinho, de maneira que ninguém nem saiba que os gatos a sujaram”. Então, tive que deixar a sala bem limpa, porque ele disse: – “No Espiritismo a pessoa tem que começar estudando nos grandes livros e começar também lavando as privadas, trabalhando, fazendo sopa, ajudando os que estão com fome, lavando as feridas de nossos irmãos e distribuindo aquilo que for possível, porque se nós não tivermos coragem de ajudar na limpeza de um banheiro, de uma privada, nós também estaremos estudando os grandes livros da nossa Doutrina, em vão”.

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