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domingo, 6 de dezembro de 2015

ESCOLHA DAS PROVAS

Apresentando uma visão racional da reencarnação que resgata das sombras do passado que a encobriram por questões político-religiosas no lado Ocidental da Terra, o Espiritismo,  oferece esclarecimentos lógicos para - ao menos como hipótese -, refletirmos a respeito das contradições do tumultuado momento vivido pela Humanidade que evolui neste Planeta. Vincula seu mecanismo à uma Lei: a de Causa e Efeito. Seu conceito amplia-se com a evolução da Individualidade que atingida a capacidade do chamado pensamento contínuo, inicia sua caminhada na direção do progresso simples e ignorante, paulatinamente, acessando melhores níveis de inteligência na luta contra o instinto ou emoção, ou seja, milhões de reflexos condicionados no desenvolvimento do Princípio Inteligente, construindo a consciência e, como consequência, maiores níveis de livre arbítrio. Afirma a Doutrina Espírita que o passado próximo ou remoto determina o presente, atendendo programas e planejamentos delineados ainda no Plano Espiritual onde existem departamentos especializados em Colônias Espirituais dedicados à sua elaboração tanto nos casos de provas individuais como coletivas. Especificamente no caso desta ultima possibilidade, no extraordinário livro AÇÃO E REAÇÃO (feb,1957) de André Luiz através do médium Chico Xavier, o autor ouve de um Instrutor Espiritual que, entre as vítimas, por exemplo de um acidente de avião, se forem feitos estudos mais minuciosos, poderão ser encontrados “delinquentes que, em outras épocas, atiraram irmãos indefesos do cimo de torres altíssimas, para que seus corpos se espatifassem no chão; companheiros que, em outro tempo, cometeram hediondos crimes sobre o dorso do mar, pondo a pique existências preciosas, ou suicidas que se despenharam de arrojados edifícios ou de picos agrestes, em supremo atestado de rebeldia, perante a Lei, os quais, por enquanto, somente encontraram recurso em tão angustioso episódio para transformarem a própria situação. Deriva daí várias dúvidas comuns ao que buscam a Verdade. Duas delas são respondidas no livro citado: 1-Todos podem selecionar o gênero de luta em que saldem as suas contas?Nem todos. Aqueles que possuem grandes créditos morais dispõem desse direito. Muitos habilitam-se para sofrer a morte violenta, em favor do progresso da aeronáutica e da engenharia, da navegação marítima e dos transportes terrestres, da ciência médica e da indústria em geral. A maioria, por força dos débitos contraídos e conforme os ditames da própria consciência, não alcança semelhante prerrogativa, cabendo-lhes aceitar sem discutir amargas provas, na infância, na mocidade ou na velhice, através de acidentes diversos, desde a mutilação primária até a morte, de modo a redimir-se de faltas graves. 2- E os pais? Qual a razão de serem atingidos pela dor das perdas ou separações impostas pela morte prematura? As entidades que necessitam de tais lutas expiatórias são encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família. A dor coletiva é o remédio que nos corrige as falhas mútuas. Segundo o Benfeitor, todavia, “consciências endividadas, podemos melhorar nossos créditos, todos os dias”. Gerando novas causas com o Bem, praticado hoje, podemos interferir nas causas do mal, praticado ontem, neutralizando-as e reconquistando, com isso, o nosso equilíbrio. Desse modo, creio mais justo incentivarmos o serviço do Bem, através de todos os recursos ao nosso alcance. A caridade e o estudo nobre, a fé e o bom ânimo, o otimismo e o trabalho, a arte e a meditação construtiva constituem temas renovadores”, acrescentando: -“É indispensável atender à justiça, e a Justiça Divina está inelutavelmente ligada a nós, de vez que nenhuma felicidade ambiente será verdadeira felicidade sem a implícita aprovação da consciência”.





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