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terça-feira, 5 de agosto de 2014

ANDRÉ LUIZ, O PLANO ESPIRITUAL E A GUERRA

- “A Humanidade parece preferir a condição de eterna criança. Faz e desfaz os patrimônios da Civilização, como se brincasse com bonecas”, repetiu o Espírito André Luiz o comentário de Alfredo, Administrador de um dos Postos de Socorro do Campo da Paz, nos relatos contidos no livro OS MENSAGEIROS, segundo da série transmitida através do médium Chico Xavier. A sequência começara um ano antes com a publicação de NOSSO LAR, contando as impressões e surpresas de um médico da nossa Dimensão após sua morte. Como o calendário confirma, tudo acontecendo em pleno andamento da denominada Segunda Grande Guerra Mundial, numa quase desconhecida localidade a alguns quilômetros da capital do estado de Minas Gerais, chamada Pedro Leopoldo. As observações do anfitrião que acolhia a equipe liderada por Aniceto que se dirigia para tarefas na chamada Crosta, reportadas por André Luiz no seu segundo livro revela outros detalhes interessantes como a conveniência dos viajantes pernoitarem no Posto diante do “registro de aparelhos ali existentes prenunciando a aproximação de grande tempestade magnética”. Explica que “sangrentas batalhas (1943) estão sendo travadas na superfície do Globo. Os que não se encontram nas linhas de fogo, permanecem nas linhas da palavra e do pensamento. Quem não luta nas ações bélicas, está no combate das ideias, comentando a situação. Reduzido número de homens e mulheres continuam cultivando a espiritualidade superior. É natural, portanto, que se intensifiquem, ao longo da Crosta, espessas nuvens de resíduos mentais dos encarnados invigilantes, multiplicando as tormentas destruidoras”. Fala sobre o trabalho pesado desenvolvido por inúmeros companheiros espirituais para que “tormentas magnéticas, invisíveis ao olhar humano, não disseminem vibrações mortíferas, a se traduzirem pela dilatação de penúrias da guerra e por epidemias sem conta”. Acrescenta dado não cogitado nos compêndios sobre a vida na Terra: -“As Colônias Espirituais da Europa, mormente as de nosso nível, estão sofrendo amargamente para atenderem às necessidades gerais. Já começamos a receber grandes massas de desencarnados, em consequência dos bombardeios. “Nosso Lar”, pela missão que lhe cabe, ainda não pode imaginar todo o esforço que o conflito mundial vem exigindo da nossa colaboração nas Esferas mais baixas. Os Postos de Socorro de várias Colônias, ligadas a nós, estão superlotados de europeus desencarnados violentamente (...). Aos terríveis bombardeios na Inglaterra, Holanda, Bélgica e França, sucedem-se outros de menor extensão. Depois de reiteradas assembleias dos nossos Mentores Espirituais, resolveu-se providenciar a remoção de, pelo menos, cinquenta por cento dos desencarnados na guerra em curso, para os nossos núcleos americanos”. Indagado sobre a razão da não manutenção dos desencarnados dessa espécie nas regiões do conflito, explicou que “instrutores mais elevados consideraram que essas aglomerações seriam fatais à coletividade dos Espíritos encarnados. Determinariam focos pestilenciais de origem transcendente, com resultados imprevisíveis”. Ressalta, porém, que “muitos dos que perdem o corpo nas zonas assoladas não conseguem subtrair-se ao campo da angústia; mas, quantos ofereçam possibilidades de transferência (...), são retirados dali, sem perda de tempo, para que seus pensamentos atormentados não pesem em demasia nas fontes vitais das regiões sacrificadas”. Sobre as barreiras idiomáticas, esclarece que “para cada grupo de cinquenta infelizes, as Colônias do Velho Mundo fornecem um enfermeiro-instrutor, com que nos possamos entender de modo mais direto”. Destaca que “embalde voltarão os países do mundo aos massacres recíprocos. O erro de uma Nação influirá em todas, como o gemido de um homem perturbaria o contentamento de milhões. A neutralidade é um mito, o insulamento uma ficção do orgulho político. A Humanidade terrestre é uma família de Deus, como bilhões de outras famílias planetárias no Universo Infinito. Em vão a guerra desfechará desencarnações em massa. Esses mesmos mortos pesarão na economia espiritual da Terra. Enquanto houver discórdia entre nós, pagaremos doloroso preço em suor e lágrimas. A guerra fascina a mentalidade de todos os povos, inclusive de grande núcleo das Esferas invisíveis. Quem não empunha as armas destruidoras, dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da ideia. Mas, todos nós pagaremos tributo. É da Lei Divina, que nos entendamos e nos amemos uns aos outros. Todos sofreremos os resultados do esquecimento da Lei, mas cada um será responsabilizado, de perto, pela cota de discórdia que haja trazido à família mundial . A propósito André Luiz, no conteúdo do seu primeiro livro, informava que “nos primeiros dias de setembro de 1939, “Nosso Lar” sofreu, igualmente, o choque por que passaram diversas Colônias Espirituais, ligadas à Civilização americana, pela guerra europeia, tão destruidora nos círculos da carne, quão perturbadora no plano do Espírito, anotando importante observação de um Espírito chamado Salústio: - “Infelizes dos povos que se embriaguem com o vinho do mal; ainda que consigam vitórias temporárias, elas servirão somente para lhes agravar a ruína, acentuando-lhes as derrotas fatais. Quando um País toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai, e pagará um preço terrível ”.

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