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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O PESQUISADOR E A SOBREVIVÊNCIA

O psiquiatra canadense Ian Stevenson (1918/2007), que por 34 anos chefiou o Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, onde vivia, ampliou seus estudos referentes à mente humana e desta chegou ao cerne, à essência que vitaliza o corpo humano, o espírito. Interessado na questão da sobrevivência sob foco diferente da reencarnação documentado através de vários livros, a partir do clássico VINTE CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO, relatou em longo artigo publicado na revista italiana LUCE E OMBRA, intitulado UM COMUNICANTE DESCONHECIDO À MÉDIUM E AOS CONSULENTES, marcante e sugestiva experiência dentre os 60 casos por ele investigados – alguns publicados, outros não –, possibilitando a estudiosos, pesquisadores e curiosos, uma visão geral dos resultados. Deparando-se naturalmente em suas observações com fraudes, constatou também a seriedade de muitos trabalhos, marcados pelo desinteresse e honestidade. Um das produtivas reuniões de que participou, deu-se na cidade de Zurique, na Suíça, tendo como médium uma senhora de nome P. Schultz, que, enquanto a saúde permitiu, por vários anos, exerceu a mediunidade desinteressada, proporcionando ao pesquisador muitos elementos, inclusive, dialogando com entidades desencarnadas, as quais forneceram provas irrefutáveis do que lhe revelaram no ambiente idôneo. Um dos procedimentos dos membros do grupo mediúnico era a habitual confrontação das anotações obtidas nas reuniões com os fatos, a fim de se certificar da veracidade das comunicações. Um dos casos aprofundados envolvia um Espírito que em sua manifestação citou o nome de uma família que não estava presente e que residia em Zurique. De posse das informações fornecidas, Stevenson e sua equipe procuraram localizar a referida família. Para surpresa dos investigadores, através da lista telefônica conseguiram os primeiros elementos para contato, confirmando os detalhados informes dados pelo Espírito, o qual mencionava inclusive a morte de um membro do clã, ainda jovem. Contatada a família, esta ficou maravilhada com a revelação mediúnica e a exatidão de tudo quanto descrevera o Espírito. De posse de pequenos detalhes, ampliou pessoalmente sua análise, esbarrando em alguns pontos conflitantes com o obtido na reunião mediúnica, como a causa e o dia preciso da morte do pequeno Roberth Passanah. Consultando o obituário, Stevenson descobre que o falecimento do menino se deu no Kinderspital, de Zurique, em 6 de dezembro de 1932. De posse do atestado de óbito do menino, descobre que fora vítima de pulmonite, percebendo um pequeno engano – omissão de uma sílaba -, por parte de um membro do grupo mediúnico quando da anotação da informação do Espírito sobre a causa morte. Confirma não ter havido qualquer contato anterior entre a médium e os familiares da criança, reforçando sua percepção da honestidade da médium, a veracidade da comunicação e a psicosfera de seriedade reinante naquele ponto de interação entre o Mundo chamado visível e o invisível. Interessado na verdade dos fatos, consulta os jornais da época, mais precisamente de dezembro de 1932. Eram cinco os publicados na ocasião no município, todos tendo noticiado o falecimento e sepultamento do menino Roberth Passanah, inclusive o endereço completo da família: Ulrichstraase, número 14, sétimo distrito na cidade de Zurique, concluindo mais uma vez, pela autenticidade da comunicação mediúnica, considerando não ser possível a médium dispor de uma quantidade tão grande de detalhes. Prosseguindo em suas averiguações, acompanha o surpreso pai do garoto ao cemitério de Rehalp, em busca da lápide em que constava o nome do menino. De fato, lá estava o nome completo, bem como, as datas de nascimento e morte de Roberth. Por fim, estimulado com as provas apuradas até então, dirige-se à Paróquia de Santo André, em Zurique, tencionando atestar pelos registros existentes nos arquivos da igreja o sepultamento da criança, o que, por razões compreensíveis, lhe foi negado já que a sobrevivência da forma como ele   investigava não é admitida pelas escolas religiosas convencionais. Confessa no artigo publicado pela revista italiana ter desistido, por não se tratar de um registro público, embora também convencido de que ali estariam outros dados que procurava, os quais, com certeza, jamais poderiam ter sido acessados pelo olhar da médium P. Schultz. Assim, o representante da dita Ciência, ofereceu outra contribuição ao ramo do conhecimento do qual era respeitado integrante, certificando a imortalidade do Ser humano.

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