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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Homossexualidade

Embora iniciada a segunda década do século 21, o tema homossexualidade continua provocando polêmicas e demonstrando quanto a Humanidade respira preconceitos. Recentemente,em programa de televisão, proeminente autoridade da mais influente escola religiosa do Ocidente, questionado em programa de televisão, a respeito do  direito reconhecido  por Lei sobre a união conjugal de pessoas do mesmo sexo, dentre as inúmeras evasivas que vinha dando sobre outros assuntos, respondeu que Deus criou o homem e a mulher, sugerindo que os que movidos por seus impulsos mais profundos não seriam reconhecidos  pelo Deus que ele representa. Os estudiosos dos distúrbios mentais e comportamentais também não possuem explicação além da “ das combinações genéticas”. A presunção e o preconceito resultado da ignorância certamente os faz ignorar os mais de 150 anos que nos separam do momento em que, na França, o pedagogo que depois se ocultaria no pseudônimo Allan Kardec,  formulou algumas perguntas sobre sexo aos Espíritos que lhe abriam caminho para a compreensão de uma infinidade de enígmas  com que se defrontava até então a espécie humana. O resultado foi incluído n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questões 200, 201 e 202. Nelas, quem quiser saber, observará que sexo é inerente ao Espírito, não como o entendemos, pois, os sexos dependem do organismo;, que o Espírito que animou o corpo de um homem, em nova existência pode animar o de uma mulher; que esta mudança está condicionada às provas que deve suportar em nossa dimensão. Comentando essas respostas, Allan Kardec diz: “- Como (o Espírito) deve progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens”.  Anos depois disso publicado,  Kardec voltaria a se pronunciar a respeito na edição de janeiro de 1866, da REVISTA ESPÍRITA, desenvolvendo raciocínios sobre curioso tema ainda em discussão na sociedade da época: “As Mulheres Têm Alma?”. Sim, há apenas um século e meio, divergia-se sobre o assunto inclusive para se permitir a outorga do título de nível superior de bacharel, pois quatro representantes do sexo feminino haviam concluído com pleno sucesso tal curso na Faculdade de Montpelier. Evoluindo raciocínios em torno das chamadas exceções observadas em todos os tempos, algumas até culturais em civilizações antigas, entre as quais a Grega e a Romana arcaicas, onde em várias épocas vigoraram de maneira obrigatória, ou a  Espartana, onde os efebos, adolescentes, deviam receber a virilidade transmitida por homens adultos e viris através da prática homossexual, escreve o Codificador do Espiritismo: “Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstância e se dobra às necessidades e exigências impostas pelo mesmo organismo. Essa influência não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perde instantaneamente os gestos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz com que, durante muito tempo,  conserve, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. Somente quando chegado a certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos.(...) Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. Se for evoluído, refletirá essa condição, se for atrasado, será um homem atrasado .Mudando de sexo, poderá então, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres”. A esteira do tempo correu e, em 1957, durante a construção da extraordinária obra iniciada com o livro NOSSO LAR(feb), o Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, reproduz em AÇÃO E REAÇÃO(feb), informações do Assistente Silas sobre a questão das inversões: “- Considerando-se que o sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do Ser, é natural que o Espírito  acentuadamente feminino se demore séculos e séculos nas linhas evolutivas da mulher, e que o Espírito marcadamente masculino se detenha por longo temo nas experiências do homem. Contudo, em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, afim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu Ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor. Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstancias, reencarnam em corpos que não lhes correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale da renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual”. Seis anos depois, em SEXO E DESTINO(feb), André Luiz, pelos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, o benfeitor Régis, servidor do hospital-escola ALMAS IRMÃS, especializado em assuntos ligados à sexualidade, pondera a certo trecho do dialogo mantido com o autor do livro: “-Quanto mais se eleva a criatura, mais se capacita de que o uso do sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta. Qualquer ligação sexual, instalada no campo emotivo, engendra sistemas de compensação vibratória,  e o parceiro que lesa o outro, até certo ponto em que suscitou os desastres morais consequentes, passa a responder por dívida justa. Todo desmando sexual danificando consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio”.  Outro Instrutor, Felix, solicitado a opinar  sobre a questão dos preconceitos vigentes em nossa Dimensão quanto à homossexualidade ou intersexos, ponderou que “os homens não podem efetivamente alterar, de chofre, as leis morais em que se regem”,  preconizando( vivia-se no ano de 1963), que no mundo vindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições normais quanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade, no mesmo nível de dignidade humana, reparando-se as injustiças assacadas, há séculos, contra aqueles que sofrendo particularidades anômalas, porquanto a perseguição e a crueldade com que são batidos pela sociedade humana lhes impedem ou dificultam a execução dos encargos que trazem à existência física, quando não fazem deles criaturas hipócritas, com necessidade de mentir incessantemente para viver, sob o Sol que a Bondade Divina acendeu em benefício de todos”.   Em entrevista publicada no ano seguinte pelo ANUARIO ESPÍRITA – 1964 , o próprio André Luiz, pelos dois médiuns citados, expressaria sua opinião a respeito dos homossexuais, dizendo: “- Devemos considerar que o espírito se reencarna, em regime de inversão sexual, como pode renascer rem condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não que dizer que homossexuais ou intersexos estejam nessa posição, endereçados ao escândalo e à viciação, como aleijados e cegos não se encontram na inibição ou na sombra para serem delinquentes. Compete-nos entender que cada personalidade humana permanece em determinada experiência, merecendo o respeito geral no trabalho ou na provação em que estagia, importando anotar ainda, que o conceito de normalidade e anormalidade são relativos. Lembremo-nos de que se a cegueira fosse a condição da maioria dos Espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente considerado minoria e exceção”.   Em 1970, seria a vez do Espírito Emmanuel reafirmar os informes até aqui passados, acrescentando que os “assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um”.    Podemos estar nos perguntando sobre como se apresentam no Plano Espiritual os que, em nossa dimensão, carregaram as características até aqui tratadas.  No trabalho EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS(feb),  o Espírito André Luiz, revela: “- A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades acentuadamente ativas ou passivas. Fácil observar, assim, que a desencarnação libera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação necessária ou a tarefa específica, porquanto, fora do arcabouço físico, a mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem. Ainda assim, releva observar que se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantem a personalidade desencarnada, nos planos inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens”. Um caso interessante sobre um dos prováveis determinantes da homossexualidade, foi apresentado pelo Espírito Manuel Philomeno de Miranda em LOUCURA E OBSESSÃO(feb), pelo médium Divaldo Pereira Franco.

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