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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

A TRANSIÇÃO E A IMIGRAÇÃO-EMIGRAÇÃO DE ESPÍRITOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Muitos ante o caos social observado no Mundo entendem haver poucas possibilidades das coisas melhorarem, não enxergando nada além do fundo do poço onde parecemos todos mergulhar dia após dia. No número de janeiro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec desenvolve alguns raciocínios importantes para reflexões. Diz ele: -“ Durante um certo período, a população do Globo é quase composta dos mesmos Espíritos, que nele reaparecem em diversas épocas, até que tenham alcançado um grau de depuração suficiente para irem habitar mundos mais avançados. Segundo o ensinamento dado pelos Espíritos superiores, essas emigrações e essas imigrações dos Espíritos encarnados sobre a Terra ocorrem de tempos em tempos individualmente; mas, em certas épocas, elas se operam em massa, em consequência das grandes revoluções que dela fazem desaparecer quantidades inumeráveis, e são substituídos por outros Espíritos que constituem, de alguma sorte, sobre a Terra ou sobre uma parte da Terra, uma nova geração. O Cristo disse uma palavra notável que não foi compreendida, como muitas outras que se tomaram ao pé da letra, sem pensar que, quase sempre, ele falou por figuras e parábolas. Anunciando grandes mudanças no mundo físico e no mundo moral, disse ele: Eu vos digo, em verdade, que esta geração não passará antes que estas coisas tenham se cumprido; ora, a geração do tempo do Cristo passou há dezoito séculos sem que estas coisas tenham chegado; é preciso disso concluir, ou que o Cristo se enganou, o que não é admissível, ou que suas palavras tinham um sentido oculto, que se interpretou mal. Se nos reportarmos agora ao que dizem os Espíritos, não somente a nós, mas pelos médiuns de todos os países, atingimos o cumprimento dos tempos preditos, uma época de renovação social, quer dizer, a uma época de uma dessas grandes emigrações dos Espíritos que habitam a Terra. Deus, que para ela os enviara para se melhorarem, nela deixou-os o tempo necessário para progredirem', fê-los conhecer as suas leis, primeiro por Moisés, em seguida pelo Cristo; fê-los advertir pelos profetas; em suas reencarnações sucessivas, puderam tirar proveito desses ensinamentos; agora é chegado o tempo em que aqueles que não aproveitaram da luz, aqueles que violaram as leis de Deus e desconheceram seu poder, vão deixar a Terra onde estariam, doravante, deslocados no meio do progresso moral que se cumpriu, e ao qual não poderiam senão trazer entraves, seja como homens, seja como Espíritos. A geração da qual o Cristo falou, não podendo se reportar aos homens vivendo em seu tempo, corporalmente falando, deve se entender da geração dos Espíritos que percorreram, sobre a Terra, os diversos períodos de suas encarnações e que vão deixá-la. Vão ser substituídos por uma nova geração de Espíritos que, mais avançados moralmente, farão reinar, entre eles, a lei de amor e de caridade ensinada pelo Cristo, e cuja felicidade não será perturbada pelo contato dos maus, dos orgulhosos, dos egoístas, dos ambiciosos dos ímpios. Parece mesmo, no dizer dos Espíritos, que já entre as crianças que nascem agora, muitas são a encarnação de Espíritos dessa nova geração. Quanto àqueles da antiga geração que tiverem bem merecido, mas que, no entanto, não atingiram ainda um grau de depuração suficiente para chegar aos mundos mais avançados, eles poderão continuar a habitar a Terra e nela cumprir ainda algumas encarnações, mas, então, no lugar de ser uma punição, isto será uma recompensa, uma vez que nela serão mais felizes por progredirem. O tempo em que uma geração de Espíritos desaparece, para dar lugar a uma outra, pode ser considerado como o fim do mundo, quer dizer, do mundo moral.



As pessoas costumam aceitar cegamente tudo o que a Bíblia diz, sem analisar o que está escrito. Vou dar um exemplo de uma coisa absurda, que tem na Bíblia: se Deus é poderoso – pode tudo, sabe tudo, conhece o passado e o futuro – por que ele precisaria experimentar Abraão, mandando que o velhinho sacrificasse seu filho Isaac e só no último momento, mandou um anjo para evitar que Abraão matasse seu o filho? Se Deus sabe tudo, deveria saber que  Abraão era fiel à sua crença. Por que, então,  ele precisaria criar esse drama? Não é esquisito isso? (ANONIMO)

Não devemos ler a Bíblia, ou qualquer outro livro sagrado da antiguidade, com os olhos de hoje. Já se passaram milhares de anos, desde que esses textos foram escritos. O povo, na época, tinha outra visão de vida, outros conhecimentos, outra cultura, muitíssimo limitada em relação a hoje. A religião era tudo. Tinha um significado mágico para eles. As histórias sempre tinham um conteúdo moral e eram passadas oralmente, de geração em geração, para transmitir uma mensagem de fé, esperança e encorajamento ao povo.

Quando analisamos os textos bíblicos, verificamos que o Deus de Moisés tinha atributos bem diferentes do Deus de Jesus. Num espaço de 1.300 anos muita coisa havia mudado. No tempo de Moisés como de Abraão, Deus era um soberano, um rei exigente e austero; em Jesus, Deus é Pai de Amor e Misericórdia. Depois de 13 séculos as idéias haviam mudado, de um deus nacional e quase humano para um deus universal e perfeito. São concepções diferentes de Deus na longa história de um mesmo povo.

 Devemos ler o Antigo Testamento, respeitando o que o povo hebreu acreditava naquele tempo. É claro que – como você está dizendo, segundo as concepções que temos hoje – que, se Deus é Perfeito, Ele sabe tudo, não precisa de nenhuma prova sobre cada um de nós, pois sabe perfeitamente qual vai ser o nosso destino. O importante, porém, nesses textos antigos é que tiremos a lição moral que, nesse caso de Abraão, é a fidelidade aos seus princípios e o amor a Deus.

 

 

 

 

 

 

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