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quarta-feira, 27 de junho de 2018

GENOMA HUMANO E REVELAÇÕES DO PASSADO

O professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) nos oferece mais esclarecimentos a dúvidas levantadas pelos leitores: GENOMA HUMANO Com relação à encarnação de Espíritos, que precisam passar por determinadas expiações, de acordo com suas necessidades evolutivas, como fica a Espiritualidade diante da engenharia genética que, mais cedo ou mais tarde, poderá conseguir evitar aleijões físicos e mentais, doenças fatais, como o câncer, o mal de Alzeihmer, etc. Vemos dois grandes aspectos nesta questão. O primeiro nos leva afirmar que uma coisa são as necessidades evolutivas do Espírito; outra, as experiências pelas quais ele precisa passar. Na natureza, não há somente uma solução para cada problema, há múltiplas alternativas, de acordo com o lugar e o tempo, com a cultura e o desenvolvimento de cada povo. Na Antiguidade, certamente havia experiências que hoje não mais existem e, atualmente, outras existem que não havia naquela época. Logo, Espíritos, que reencarnam em diferentes momentos da História, vivenciam situações diversas conforme suas necessidades, donde podemos concluir que as novas descobertas da ciência, dando ensejo ao progresso da Medicina, no campo da prevenção e das terapias, não servem de obstáculo às leis naturais, que continuarão a funcionar interminavelmente. Tais realizações humanas, por mais arrojadas nos pareçam, não alteram as Leis da Natureza, que prosseguem comandando todos os fenômenos. O outro aspecto da pergunta refere-se ao progresso científico e tecnológico que, com certeza, não se realiza sem a co-participação da Espiritualidade que, para tudo, tem um objetivo providencial, encaminhando para a Terra Espíritos capazes de revolucionar o conhecimento e sua aplicação com descobertas de impacto. Com certeza, o mapeamento do código genético humano e as posteriores façanhas nesse campo, também vão comprovar o absurdo do racismo e outros meios de discriminação que, até hoje, servem de pretexto para crimes que deveriam envergonhar o homem do Terceiro Milênio. REVELAÇÕES DO PASSADO Como podemos explicar, do ponto de vista espírita, que tantas pessoas, que passaram pela Terapia de Vidas Passadas, talvez a maioria delas, se lembrem de terem sido reis, príncipes, chefes de estado e personalidades importantes da História? Será que elas estão imaginando tudo isso ou, no passado, havia mais gente importante do que pessoas comuns? Vários terapeutas espíritas têm se preocupado com as reportagens que a televisão costuma apresentar ao público leigo, fazendo apologia da TVP, através de exageradas revelações que fluem com muita facilidade da mente dos pacientes para o público. Dizem que, além do exagero promocional da TV, é difícil para o profissional separar o que é a lembrança do real da mera fantasia criada pela mente imaginosa, e que o objetivo da terapia não é a revelação do passado, mas a cura. O terapeuta pode sentir a mente supercriativa, recurso comum para a alimentação do ego, mas dificilmente saberá separar com precisão o real do imaginário. Além disso, TVP não é Espiritismo, não tem por fim verificar a realidade ou não dos relatos apresentados pelo paciente; é apenas uma técnica de tratamento psicológico surgida nos Estados Unidos, há alguns anos atrás. A Doutrina Espírita tem um posicionamento inequívoco a respeito de revelações do passado em O LIVRO DOS ESPÍRITOS , valorizando o fenômeno do esquecimento como meio de defesa da mente encarnada, razão pela qual para ela a regra é não se lembrar de encarnações anteriores. No entanto, mesmo no meio espírita, por ignorância ou vaidade, muitos grupos se utilizam do expediente perigoso da revelação, apresentando aos consulentes histórias que servem para identificá-los com personalidades importantes do passado, sem o mínimo critério crítico de análise. Tal procedimento, além de não se coadunar com a moral espírita, fere frontalmente o princípio lógico do bom senso, defendido por Erasto em O LIVRO DOS MÉDIUNS ( “É preferível rejeitar nove verdades a aceitar uma só falsidade”) e ratificado por Allan Kardec em toda sua obra.

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