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quinta-feira, 7 de junho de 2018

CRIANÇAS NO ALÉM E DÚVIDAS BÍBLICAS



Leitores obtém esclarecimentos a suas duvidas com o professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) CRIANÇAS NO MUNDO ESPIRITUAL Como é o desencarne de crianças pequenas ou bebês, visto que estes morreram antes de desenvolverem suas aptidões intelectuais e crenças religiosas? Eles, de algum modo, acabam sabendo que estão no mundo espiritual, ou veem nele apenas uma "brincadeira", um lugar para o qual foram e se sentem bem? Alguma leitura sugerida? Cada Espírito, que desencarna ainda criança, tem a sua própria história oculta, que se desenrolou através de inúmeras reencarnações e vivências no plano espiritual. Alguns Espíritos, que já alcançaram um adiantado grau evolutivo, ao retornarem para o Mundo dos Espíritos, assumem quase que imediatamente a condição anterior de adulto, retomando seu curso natural de atuação. Outros, talvez a maioria, devido à sua precariedade espiritual, conservam a condição de criança no outro plano da vida, porquanto necessitam vivenciar mais tempo essa experiência, através da qual se predisporiam mais aptos a se submeter a novos aprendizados. Os primeiros, ao retornarem, recobram incontinenti a capacidade já conquistada ao longo da evolução, enquanto os demais permanecem submetidos à lei natural e, certamente, serão conduzidos, tratados e educados em educandários para crianças. André Luiz trata muito bem desse tema na sua obra ENTRE A TERRA E O CÉU, recebida por Francisco Cândido Xavier, Editora FEB, capítulos X e XXIX. E A JUMENTA FALOU!... "Em Números, XXII, 28 e seguintes, lemos um diálogo de Balaão com sua montaria, uma jumenta. Como o Espiritismo interpreta tal caso? É possível um animal ser usado como médium como, no caso, um médium de psicofonia? Trata- se de um episódio bíblico, em que o personagem Balaão ia montado numa jumenta, castigando-a com severidade para que andasse mais depressa. A Bíblia diz que "O Senhor abriu a boca da jumenta e ela disse: - Que te fiz eu? Por que me feres? Esta é já a terceira vez?" e continuou reclamando dos maus tratos, até que um anjo apareceu para Balaão e o fez ver o erro que estava cometendo ao castigar o indefeso animal. Na verdade, as pessoas crentes e simples lêem a Bíblia em atitude de adoração e completa submissão à fé, tomando a letra como verdade inquestionável e absoluta, sem questionar um único ponto, porque essas pessoas, que estão em busca de segurança para combater o seu medo, não desenvolveram ainda o espírito crítico. Para elas, a Bíblia é a autoridade maior que existe no mundo, porque é a palavra de Deus e, assim, pensando na infalibilidade da palavra bíblica, não ousam analisar ou discutir as informações ali prestadas. Relatos como esse da jumenta de Balaão, afigura-se-nos como uma simples fábula - estória fantástica em que os animais falam - e que, certamente, foi inserida num episódio da história do povo hebreu para lhe dar um colorido mágico, demonstrando de que o deus Iavé ou Javé ( também conhecido por Jeová), era capaz. Trata-se, evidentemente, de uma estória que se adequava muito bem à infância da Humanidade, mas que hoje só poderia ser considerada imaginária ou maravilhosa, sobretudo infantil. Para nós, espíritas, que somos alertados para ler antes com a razão do que com o coração ( "é preferível rejeitar 9 verdades a aceitar uma só falsidade" - Erasto) , a estória da jumenta que fala não pode ser verídica, mesmo porque a mediunidade é uma faculdade exclusivamente humana. Sendo um transmissor da mensagem do Espírito, o médium, que é também um Espírito, só pode ser utilizado nos limites de sua capacidade e aptidão, como homem que raciocina e fala. Os animais, chamados irracionais, são dotados de uma inteligência rudimentar e podem ter certos lances de percepções extra-sensoriais, como consta dos anais de algumas pesquisas, mas, definitivamente, eles não são médiuns no sentido estrito que a Doutrina Espírita dá à palavra. Leia em O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec, capítulo XXII, "Da Mediunidade nos Animais", e em "MEDIUNIDADE" de J. Herculano Pires, EDICEL, capítulo XI, "MEDIUNIDADE ZOOLÓGICA".




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