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domingo, 29 de abril de 2018

AS QUESTÕES DA FAMILIA


As aceleradas mudanças pelas quais passa o Planeta e a sociedade humana provoca crises em todos os setores, entre os quais a família. Distanciada progressivamente do seu lado espiritual, entregue às influências do materialismo e consumismo, efeitos como o suicídio se acentuam inclusive entre adolescentes. Na sequência alguns pontos sob a ótica do Espiritismo para reflexões. Partimos d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS ampliando com uma avaliação do Espírito Emmanuel através de Chico Xavier: Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família? – Uma recrudescência do egoísmo. (LE,775) Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres? - É um progresso na marcha da Humanidade. (LE,695)  Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento? - Seria uma regressão à vida dos animais. (LE, 696) O estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes. (696; nota) Os laços de sangue não determinam necessariamente os laços espirituais. O corpo gera o corpo, porém o Espírito não é gerado pelo Espírito, porque já existia antes da gestação do corpo. Não foram os pais que geraram o Espírito de seu filho, eles apenas forneceram-lhe um corpo carnal. Além disso, devem ajudá-lo no seu desenvolvimento intelectual e moral para fazê-lo progredir. Frequentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas os a quem odiara, quiçá o ódio lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido. (ESE;5:11) Relacionamentos iniciados pela atração visual/sexual geralmente resultam complicados. Como explicar isso? Todos os problemas da vida afetiva serão devidamente aclarados quando o conhecimento da reencarnação for concebido na base da regra áurea. Faremos a outrem, nos domínios afetivos, aquilo que desejamos se nos faça. Isso porque de tudo o que doarmos ao coração alheio recolheremos de volta. O amor em sua luminosa liberdade é independente em suas escolhas e manifestações; no entanto, obedece igualmente ao princípio: “Livre na sementeira e escravo na colheita”. Em muitas ocasiões, o rival que abatemos, de um modo ou de outro, induzindo-o a desencarnação, é o filho que a vida e o tempo nos colocam nos braços, a cobrar-nos em abnegação e renúncia a assistência e a proteção que lhe devemos; o jovem ou a jovem que furtamos dos braços de nossos filhos, considerando-os indignos de nossa equipe doméstica, impondo-lhes, direta ou indiretamente, a morte do corpo físico, voltam na condição de netos, em muitas circunstâncias, compartilhando-nos o leito e a vida; a criança nascitura que arrojamos à vala do aborto desnecessário e que deveria nascer e crescer para o desenvolvimento da afetividade pacífica, entre os nossos descendentes, costuma encontrar novo berço em nosso clima social, reaparecendo na condição do homem ou da mulher que, mais tarde, nos aborda a organização familiar exigindo-nos pesados tributos de aflição; as criaturas que enganamos, no terreno do afeto, em outras estâncias, habitualmente retornam até nós por filhos--problemas, reclamando-nos atenção e carinho constantes para o reajuste emocional que demandam. Frustrações, conflitos, vinculações extremadas e aversões congênitas de hoje são frutos dos desequilíbrios afetivos de ontem a nos pedirem trabalho e restauração. É possível haja longa demora na aceitação geral da verdade por parte dos agrupamentos humanos, em nos reportando ao mundo genésico. Dia virá, porém, no qual todas as criaturas compreenderão que o Espírito, onde estiver, conforme aquilo que plante, em matéria de afetividade, isso também colherá.


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