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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

PAULO DE TARSO , PRECURSOR DO ESPIRITISMO


Recebendo solenemente o título de Arcebispo sete dias depois do lançamento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, morto cinco anos depois, Francois-Nicolas Madeleine, mais conhecido como Cardeal Morlot,, rapidamente integrou-se à equipe do Espírito da Verdade cooperando com textos psicografados em varias localidades, alguns dos quais aproveitados n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (capitulos 5 E 17). Dez meses após sua desencarnação em 9 de outubro de 1863, manifestou-se na sessão da Sociedade Espírita de Paris através de mensagem em que apresenta o Apóstolo Paulo de Tarso como precursor do Espiritismo, página que Allan Kardec incluiria na edição de dezembro  da REVISTA ESPÍRITA. Diz Francois:  - “Quantos dias se passaram, meus filhos, desde que tive a felicidade de entreter-me convosco! assim, é com grata satisfação que me encontro no seio da minha cara Sociedade de Paris. Com que vos entreterei hoje? A maior parte das questões morais foi tratada por penas hábeis; todavia, elas são de tal modo do meu domínio e o seu campo é tão vasto que ainda encontrarei alguns fragmentos de verdade para respigar. Quanto ao mais, mesmo que eu apenas repetisse o que outros já disseram, talvez apareçam alguns novos ensinamentos, porque as boas palavras, como as boas sementes, produzem sempre bons frutos. Para nós, os livros santos são celeiros inesgotáveis, e o grande apóstolo Paulo, que por sua prédica poderosa tanto contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo no passado, vos deixou monumentos escritos que servirão, não menos energicamente, à expansão do Espiritismo. Não ignoro que os vossos adversários religiosos invocam seu testemunho contra vós; mas, ficai certos, isto não impede que o ilustre iluminado de Damasco seja por vós e convosco. O sopro que corre em suas epístolas, a santa inspiração que anima os seus ensinos, longe de ser hostil à vossa doutrina, está, ao contrário, cheia de singulares previsões em vista do que acontece hoje. É assim que, na sua primeira epístola aos Coríntios, ele ensina que, sem a caridade, não existe nenhum homem, ainda que fosse santo, profeta e transportasse montanhas, que se possa gabar de ser um verdadeiro discípulo de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Como os espíritas, e antes dos espíritas, foi ele o primeiro a proclamar esta máxima que faz vossa glória: Fora da caridade não há salvação! Mas não é apenas por este único lado que ele se liga à doutrina que nós vos ensinamos e que hoje propagais. Com aquela sublime inteligência que lhe era própria, tinha previsto o que Deus reservava para o futuro e, notadamente, esta transformação, esta regeneração da fé cristã, que sois chamados a assentar profundamente no espírito moderno, já que descreve, na citada epístola, e de maneira indiscutível, as principais faculdades mediúnicas, por ele chamadas de dons abençoados do Espírito Santo. “Ah! meus filhos, aquele santo doutor contempla, com uma amargura que não pode dissimular, o grau de aviltamento em que caiu a maior parte dos que falam em seu nome, e que proclamam, urbi et orbi, que outrora Deus deu à Terra toda a soma de verdades que esta era capaz de receber. Não obstante, o Apóstolo tinha exclamado em seu tempo que só havia uma ciência e profecias imperfeitas. Ora, aquele que se lastimava de tal situação sabia, por isto mesmo, que essa ciência e essas profecias um dia se aperfeiçoariam. Não está aí a condenação absoluta de todos os que incriminam o progresso”?


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