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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A TRAGÉDIA ITALIANA E O ESPIRITISMO

A notícia do forte terremoto ocorrido no centro da Itália na madrugada de 24 de agosto reaviva os comentários de perplexidade sobre o fato das centenas de pessoas atingidas pelos escombros em que se transformaram as construções da vasta região coberta pelas vibrações da onda císmica. Tema das abordagens de Allan Kardec com os Espíritos que o ajudaram a compor a base da Doutrina Espírita das perguntas 737 a 741 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS tratando dos FLAGELOS DESTRUIDORES, ficou esclarecido, entre outras coisas, ser necessário ver o fim para apreciar os resultados e que esses transtornos são frequentemente necessários para fazer com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, visto que contribuem para que a Humanidade avance mais depressa. Observam as Entidades Espirituais que durante a vida o homem relaciona tudo a seu corpo, mas após a morte pensa de outra maneira, visto que a vida no corpo é um quase nada, representando um século de nosso mundo como um relâmpago na Eternidade, sendo os sofrimentos de alguns meses ou dias, quase nada. Questionados sobre a possibilidade de ‘inocentes’ estarem entre as vítimas, respondem que se se considerasse a insignificâncias da vida perante o Infinito, menos importância lhe daríamos e mesmo que pessoas enquadradas na condição citada sejam vítimas, “noutra existência terão uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar considerando que ‘quer a morte se verifique por uma flagelo ou causa comum, não se pode escapar a ela quando chega a hora da partida”. No número de novembro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, uma abordagem sobre uma epidemia que desde dois anos antes se abatia sobre a Ilha Maurícia pertencente ao território da França foi analisada por Allan Kardec que termina suas apreciações com a mensagem do médico Dr Demeure desencarnado tempo antes e que se integrara à Equipe que operava na Sociedade Espírita de Paris, que a conclui dizendo: -“Entramos cada vez mais no período transitório, que deve levar à transformação orgânica da Terra e à regeneração de seus habitantes. Os flagelos são os instrumentos de que se serve o grande cirurgião do Universo para extirpar, do mundo, destinado a marchar para frente, os elementos gangrenados que nele provocam desordens incompatíveis como o seu novo estado. Cada órgão, ou melhor dizendo, cada região será, sucessivamente, dissecada por flagelos de diversas naturezas. Aqui, a epidemia sob todas as suas formas; ali, a guerra, a fome. Cada um deve, pois, preparar-se para suportar a prova nas melhores condições possíveis, melhorando-se e se instruindo, a fim de não ser surpreendido de improviso. Algumas regiões já foram provadas, mas seus habitantes se equivocariam redondamente se se fiassem na era de calma, que vai suceder à tempestade, para recaírem nos seus antigos erros. É uma pequena trégua que lhes é concedida, para entrarem num caminho melhor; se não o aproveitarem, o instrumento de morte os experimentará até os trazer ao arrependimento. Bem-aventurados aqueles a quem a prova feriu de começo, porque terão, para se instruírem, não só os males que sofreram, mas o espetáculo daqueles seus irmãos em Humanidade, que por sua vez serão feridos. Esperamos que um tal exemplo lhes seja salutar, e que entrem, sem hesitar, na via nova, que lhes permitirá marchar de acordo com o progresso”. Meses ante, noutra abordagem, Allan Kardec assinala: -“Os Espíritos não se enganaram quando anunciaram que flagelos de toda sorte devastariam a Terra. (...)  Os homens não devem culpar senão a si mesmos pelos males que suportam. (...) Que faz às vítimas da cobrança da Idade Média o regime mais saudável no qual vivemos? Pode-se chamar a isto de justiça? É notório que, até hoje, nenhuma filosofia, nenhuma doutrina religiosa tinha resolvido esta grave questão, de tão poderoso interesse, entretanto, para a Humanidade. Só o Espiritismo lhe dá uma solução racional pela reencarnação, essa chave de tantos problemas, que se julgavam insolúveis. Em virtude da pluralidade das existências, as gerações que se sucedem são compostas das mesmas individualidades espirituais, que renascem em diferentes épocas e aproveitam os melhoramentos que elas próprias prepararam, da experiência que adquiriram no passado. 

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