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segunda-feira, 6 de junho de 2016

ESPIRITISMO X MATERIALISMO: ALLAN KARDEC OPINA

A Revolução Industrial do século 19 sucedida pela Revolução Tecnológica do século 20 aliado à inconsistência de muitos dos argumentos da fé cega sustentada pelas escolas religiosas do século 20 conduziram a expressiva maioria dos integrantes da sociedade humana que habita o Planeta Terra na direção da tentativa de negação do seu  lado espiritual ou mesmo a acomodação nos dogmas e princípios dominantes. A ânsia por respostas, contudo e , felizmente, vai provocando o surgimento de inúmeras pesquisas que conduzirão as gerações futuras na direção de uma visão nova do sentido da vida e da forma de se aproveitar a curta passagem do Espírito pelo corpo físico que como demonstra alógica dos fatos de data de validade, sendo abandonado em função do desgaste das peças que o compõem, da sobrecarga  a eles impostos pelos exceções da alimentação, dos destemperos emocionais ou da deliberação de ilusoriamente se auto aniquilar pelo suicídio.  O Estudo da Doutrina Espírita, contudo, revela serem momentos naturais no processo evolutivo a que todos os matriculados na escola, internados no hospital ou aprisionados nesta das “muitas moradas na Casa de Nosso Pai”, como comentado por Jesus. Em artigo incluído na edição da REVISTA ESPÍRITA, de julho de 1868 , Allan Kardec desenvolve alguns argumentos importantes que prognosticam um fato que vai ganhando cada vez mais autenticação no século 21. Escreve ele: -“O que, até aqui, deu força ao Espiritismo, o que dele fez uma ciência positiva e de futuro, é que jamais avançou levianamente; que não se constituiu sobre nenhum sistema preconcebido; que não estabeleceu nenhum princípio absoluto sobre a opinião pessoal, nem de um homem, nem de um Espírito, mas somente depois que esse princípio recebeu a consagração da experiência e de uma demonstração rigorosa, resolvendo todas as dificuldades da questão. Quando, pois, formulamos um princípio é que, de antemão, estamos certos do assentimento da maioria dos homens e dos Espíritos. Eis por que não temos tido decepções. (...) Não tememos empenhar a responsabilidade da Doutrina, porque a Doutrina a adotará se for justa, e a rejeitará, se for falsa.  (...). Deixemos, pois, o materialismo estudar as propriedades da matéria; esse estudo é indispensável, e será feito: o espiritualismo terá apenas que completar o trabalho naquilo que lhe concerne. Aceitemos suas descobertas e não nos inquietemos com suas conclusões absolutas, porquanto, estando demonstrada a sua insuficiência para tudo resolver, as necessidades de uma lógica rigorosa conduzirão forçosamente à espiritualidade; e sendo a própria espiritualidade geral incapaz de resolver os inúmeros problemas da vida presente e da vida futura, será encontrada a única chave possível nos princípios mais positivos do Espiritismo. Já vemos uma porção de homens chegarem por si mesmos às consequências do Espiritismo, sem o conhecer, uns começando pela reencarnação, outros pelo perispírito. Fazem como Pascal, que descobria os elementos da Geometria sem estudo prévio, e sem suspeitar que aquilo que imaginava ter descoberto era uma obra realizada. Dia virá em que pensadores sérios, estudando esta doutrina com a atenção que ela comporta, ficarão muito surpreendidos de aí encontrar o que procuravam, e proclamarão todo feito um trabalho cuja existência não suspeitavam. É assim que tudo se encadeia no mundo; da matéria bruta saíram os seres orgânicos, cada vez mais aperfeiçoados; do materialismo sairão, pela força das coisas e por dedução lógica, o espiritualismo geral, depois o Espiritismo, que não é outra coisa senão o espiritualismo particularizado, apoiado nos fatos”. 

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