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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O BOM SENSO REENCARNADO

Seguindo o pensamento do intelectual, pesquisador e estudioso oculto no pseudônimo Allan Kardec nas páginas da REVISTA ESPIRITA ou mesmo em notas de rodapé nas cinco principais obras da chamada Codificação Espírita, entende-se a razão de ter-lhe sido atribuído o título acima. Num dos temas aqui trazidos sobre a posição do Espiritismo perante a Numerologia, por exemplo, diz não deter conhecimentos suficientes para pronunciar-se a respeito, todavia “porque não se compreende uma coisa, não é motivo para que ela não exista”, visto que “o que hoje é utopia, poderá ser verdade amanhã”. Noutra matéria afirmou queO LIVRO DOS ESPÍRITOS não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. No número de maio de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, na seção QUESTÕES E PROBLEMAS com que é aberta a edição, o assunto é MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO DE ANIMAIS, reproduzindo parte de carta recebida pela redação, analisada e comentada por Allan Kardec. Ao final, uma interessante comunicação recebida na Sociedade Espírita de Paris, reunião de 21 de abril, pelo médium E. Vézy, que mereceu a seguinte observação: -“Estas últimas reflexões do Espírito foram motivadas pela citação, feita na sessão, de pessoas que pretendiam ter recebido comunicações de diversos animais. Como explicação do fato precitado, sua teoria é racional e, no fundo, concorda com a que hoje prevalece nas instruções dadas na maior parte dos Centros. Quando tivermos reunido documentos suficientes, resumi-los-emos num corpo de Doutrina metódica, que será submetida ao Controle Universal. Até lá são balizas postas no caminho, para o esclarecer”. Para refletirmos. Destacamos alguns trechos sugestivos da mensagem: -“Não basta apenas crer no progresso incessante do Espírito, embrião na matéria, desenvolvendo-se ao passar pela peneira do mineral, do vegetal e do animal, para chegar à humanimalidade, onde começa a ensaiar-se apenas a alma que se encarnará, orgulhosa de sua tarefa, na Humanidade. Entre essas diferentes fases existem laços importantes, que é necessário conhecer, e que chamarei períodos intermediários ou latentes; porque é aí que se operam as transformações sucessivas (...). Entre os animais domésticos e os homens as afinidades são produzidas pelas cargas fluídicas que vos cercam e sobre eles recaem. É um pouco a Humanidade que se distingue sobre a animalidade, sem alterar as cores de uma ou de outra. Daí esta superioridade inteligente do cão sobre o instinto brutal do animal selvagem e é somente a essa causa que poderão ser devidas essas manifestações que vos acabam de ler. Assim, não se enganaram ouvindo um grito alegre do animal reconhecido pelos cuidados de seu dono, o qual veio, antes de passar ao estado intermediário de um desenvolvimento a outro, trazer-lhe uma lembrança. A manifestação, portanto, pode ocorrer, mas é passageira, porque o animal, para subir um degrau, precisa de um trabalho latente, que aniquila, em todos, qualquer sinal exterior de vida. Esse estado é a crisálida espiritual, onde se elabora a alma, perispírito informe, não tendo nenhuma figura reprodutiva de traços, irrompendo num estado de maturidade para deixar escapar, nas correntes que a arrastam, os germes de almas que aí se originam.(...) Assim, pois, sernos-ia difícil falar-vos dos Espíritos de animais do espaço: eles não existem; ou, melhor, sua passagem é tão rápida como se nula fosse e, no estado de crisálida, não poderiam ser descritos. Já sabeis que nada morre da matéria que sucumbe.(...) O que é do domínio da inteligência animal não pode ser reproduzido pela inteligência humana, isto é, que o animal, seja qual for, não pode expressar seu pensamento pela linguagem humana; suas ideias são apenas rudimentares. Para ter a possibilidade de exprimir-se, como faria o Espírito de um homem, precisaria de ideias, conhecimentos e um desenvolvimento que não tem, que não pode ter. Tende, pois, como certo, que nem o cão, nem o gato, nem o burro, nem o cavalo, nem o elefante podem manifestar-se por via mediúnica. Só os Espíritos chegados ao grau da Humanidade podem fazê-lo, e ainda em razão de seu adiantamento, porquanto o Espírito de um selvagem não vos poderá falar como o de um homem civilizado.

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