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terça-feira, 21 de abril de 2015

ECTOPLASMA - UM ASSUNTO POLÊMICO

O tema ectoplasma ainda hoje é motivo para debates e divergências em alguns dos aspectos relacionados aos fenômenos em que ele é essencial para que ocorram. Na Inglaterra, entre os anos 1862/1927, viveu uma jornalista e espiritualista que, segundo definição de Ernesto Bozzano  foi uma investigadora pertinaz que praticou a radiografia, a fotografia transcendental e a fotografia do pensamento - também chamada escotografia - durante mais de 40 anos. Seu nome Felícia Rudolphina Scatcherd. Entre seus trabalhos registrados, está os associados às manifestações de ectoplasma por intermédio da sensitiva Eva Carrère. O ectoplasma, sabe-se, existe em todos os seres vivos, é capaz de se exteriorizar nos sensitivos e explica a objetividade das formas-pensamentos, improvisadas ou duradouras, fotografáveis (fotografia transcendental), observadas pelos videntes, ora simplesmente plásticas e inanimadas (retratos de pessoas ou de objetos), ora se realizando verdadeiro renascimento ou  ressurreição, como, por exemplo, no caso de Estela Livermore, por sinal, muito pouco conhecido. Esposa falecida do banqueiro Charles F. Livermore, seu Espírito se manifestou através da médium Katie Fox, uma das famosas irmãs Fox, comunicando-se em francês, língua completamente desconhecida pela médium, materializou-se várias vezes, dizendo-se acompanhada pelo Espírito Benjamim Franklin. Uma publicação da época intitulada The Spiritual Magazine, apresentou relatos completos sobre os fenômenos envolvendo a entidade, comparando e comprovando inclusive a caligrafia do Espírito de Estela  enquanto estava encarnada. Ao todo, 338 sessões foram realizadas ao longo de cinco anos consecutivos. Numa das matérias elaboradas por Felicia sobre Eva Carrière, conta: -“Ainda estávamos conversando, quando, de repente, vimos aparecer no assoalho abundante massa de substância, cerca de cinquenta centímetros distante e à esquerda da cadeira da médium. Substância era de uma alvura extraordinária e ligeiramente luminosa. De mim para mim, pensei: “como se pode produzir semelhante coisa? Quem sabe se essa substância está ligada à médium? E o controle da médium logo respondeu à minha pergunta mental, dizendo: - Não há ligações quaisquer, pode passar a mão entre a substância e o corpo da médium”. Assim fiz, sem inconvenientes. Depois, coloquei um lenço branco, perfeitamente limpo, ao lado da substância, a fim de lhe avaliar a alvura e verifiquei que o lenço me parecia antes cinzento, comparado à substância misteriosa. Coloquei-me à feição de poder tocar a substância sem ser vista, mas, quando estava a pique de fazer, todo o corpo da médium se contorceu em convulsivo espasmo, e o controle exclamou: - Não me toque, não me toque porque me mataria!”. Arrependida da tentativa inconsiderada, humildemente, procurei desculpar-me. Todavia, mais tarde, espontaneamente, me autorizaram esse toque, e assim, contatei que essa substância oferece certa resistência ao tato, comparável à clara de ovo. E quanto à sua temperatura, pareceu-me um pouco inferior à do ambiente em que nos encontrávamos. Seria interessante pesar essa substância, disse eu à senhora Bisson, mas compreendo, ao mesmo tempo, que se nos torna impossível fazê-lo, de vez que o seu manuseio pode prejudicar o médium. Sorriu-se a senhora Bisson e, dirigindo-se à filha, pediu-lhe fosse à cozinha buscar uma balança. Nesse ínterim, a mágica substância alongou-se, tomou a forma de um réptil, de onde concluo houvesse compreendido o que dela pretendíamos. Chegada a balança, foi-me dado experimentar uma das mais fortes emoções da minha vida. É que a substância, qual serpente que se levantasse sobre a cauda, viera colocar-se num dos pratos da balança, que estava sobre um pedestal, na altura de uns 25 centímetros do assoalho. E ali permaneceu todo o tempo necessário à verificação do seu peso, por mim julgado levíssimo, em relação ao volume. Serpeando depois para trás, deixou o prato e baixou ao assoalho, para retomar o primitivo aspecto informe. Enquanto eu observava, sumiu-se. Não se retraiu, não se dissolveu: simplesmente – desapareceu”.  O ectoplasma, sob a ação da vontade subconsciente organiza-se na ‘alavanca fluídica’ de registrada fotograficamente por William Jackson Crawford através dos recursos cedidos pela médium Kathleen Goligher descritas no livro MECÂNICA PSÍQUICA. Permitiu ainda a composição de retratos ideoplásticos do presidente norte americano Wilson, do presidente Poincaré, retratos que surgiam em poses sucessivas, ora de olhos cerrados, ora de olhos arregalados. Já disse alguém que “cada um de nós não é mais do que a materialização estável e permanente, até que a morte nos liberte”. O ectoplasma “é a matéria prima para aparições de ‘fantasmas’ inertes e sem vida em materializações plásticas inanimadas, objetivações de formas fluídicas do pensamento de alguém, vivo ou morto, formas-pensamentos que tanto podem ser originárias de um médium, como de um desencarnado, denunciando-se pela propriedade actínica de impressionar chamas fotográficas”, como explicado pelo erudito Sergio Valle em seu livro SILVA MELLO E OS SEUS MISTÉRIOS (lake).

                                                                        












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