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sábado, 29 de novembro de 2014

NÃO É PORQUE SOMOS TODOS MÉDIUNS

A maioria dos seres humanos ignora, mas, como explicado e provado pelas pesquisas desenvolvidas por Allan Kardec, “muitas das situações observadas nos comportamentos da criatura humana tem sua fonte na reação incessante que existe entre o Mundo Visível e o Invisível, que nos cerca, e em cujo meio vivemos, isto é, entre os homens e os Espíritos, que não passam de almas dos que viveram e entre os quis há bons e maus. Esta reação é uma das forças, uma das leis da natureza, e produz uma porção de fenômenos psicológicos e morais incompreendidos, porque a causa era desconhecida. O Espiritismo nos deu a conhecer esta lei, e, desde que os efeitos são submetidos a uma lei da natureza, nada tem de sobrenatural. Vivendo no meio desse mundo, que não é tão imaterial quanto o imaginam, uma vez que esses seres, embora invisíveis, tem corpos fluídicos semelhantes aos nossos, nós sentimos sua influência. A dos bons Espíritos é salutar e benéfica; a dos maus é perniciosa como o contato das criaturas perversas na sociedade”. Em artigo com que abre a edição de janeiro de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec esclarece como é possível aos Espíritos desencarnados exercer influência sobre o indivíduo, sem que este tenha consciência disso ou seja médium desenvolvido. Explica ele: - Pela natureza fluídica e expansiva do períspirito (corpo espiritual), Espírito atinge o indivíduo sobre o qual quer agir, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza. O homem que vive em meio ao Mundo Invisível está incessantemente submetido a essas influências, do mesmo modo que às da atmosfera que respira. Elas se traduzem por efeitos morais e fisiológicos, dos quais não se dá conta e que, frequentemente, atribui a causas inteiramente contrárias. Essa influência difere, naturalmente, segundo as boas ou más qualidades do Espírito. Se ele for bom e benevolente, a influência será agradável e salutar; é como as carícias de uma terna mãe, que toma o filho nos braços. Se for mau e perverso, será dura, penosa, de ânsia e por vezes perversa: não abraça, constringe. Vivemos num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias, que atraímos, ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva seu livre arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. Como se vê, isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica, tal qual esta é vulgarmente compreendida. Estando a ação do Mundo Invisível na ordem das coisas naturais, ela se exerce sobre o homem, independentemente de qualquer conhecimento espírita. Estamos a elas submetidos como o estamos à ação da eletricidade atmosférica, mesmo sem saber física, como ficamos doentes, sem conhecer Medicina. Ora, assim como a física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, parecerá inexplicável. A mediunidade é o meio direto de observação. O médium – permitam-nos a comparação – é o instrumento de laboratório pelo qual a ação do Mundo Invisível se traduz de maneira patente. E, pela facilidade oferecida de repetição de experiências, permite-nos estudar o modo e as nuanças desta ação. Destes estudos e observações nasceu a ciência espírita. Todo indivíduo que, desta ou daquela maneira, sofre a influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium. Por isso mesmo pode dizer-se que todo o mundo é médium. Mas é pela mediunidade efetiva, consciente e facultativa, que se chegou a constatar a existência do Mundo Invisível e, pela diversidade das manifestações obtidas ou provocadas, que foi possível esclarecer a qualidade dos seres que o compõem e o papel que representam na natureza. O médium fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos. É, pois, uma força nova, uma nova energia, uma nova lei, numa palavra, que nos foi revelada. É realmente inconcebível que a incredulidade repila mesmo a ideia, por isso que esta ideia supõe em nós uma alma, um princípio inteligente que sobrevivem ao corpo. Se se tratasse da descoberta de uma substância material e não inteligente, seria aceita sem dificuldade. Mas uma ação inteligente fora do homem é para eles superstição. Se, da observação dos fatos produzidos pela mediunidade, remontarmos aos fatos gerais, poderemos, pela similitude dos efeitos, concluir pela similitude das causa”.

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