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quinta-feira, 5 de junho de 2014

O ESPIRITISMO EXPLICA

Muitas pessoas já passaram pela experiência: alguém nunca antes visto, se aproxima e começa a falar sobre você, a respeito de fatos passados, presentes ou futuros, somente de seu conhecimento, amenizando a angústia que sentia a respeito de problema que vivias, ou prevenindo-o sobre a ocorrência de acontecimento não cogitado. Foi, sem dúvida, uma experiência marcante. Algumas vezes, isso aconteceu através de pessoa que você sabia ser médium. O fenômeno evasivamente justificado como ‘dom’, é explicado pelo Espiritismo, em artigo de Allan Kardec. Diz ele: -“O fluido cósmico (a matéria básica de tudo que chamamos Criação), conquanto emane de uma fonte universal, se individualiza, por assim dizer, em cada Ser e adquire propriedades características, que permitem distingui-lo de todos os outros. Nem mesmo a morte apaga esses caracteres de individualização, que persistem por longos anos após a cessação da vida, coisa de que já pudemos convencer-nos. Cada um de nós tem, pois, o seu fluido próprio, que nos envolve e acompanha em todos os movimentos, como a atmosfera acompanha cada planeta. É muito variável a extensão da irradiação dessas atmosferas individuais. Achando-se o Espírito em estado de absoluto repouso, pode essa irradiação ficar circunscrita nos limites de alguns passos; mas, atuando a vontade, pode alcançar distâncias infinitas. A vontade como que dilata o fluido, do mesmo modo que o calor dilata os gases. As diferentes atmosferas individuais se entrecruzam e misturam, sem jamais se confundirem, exatamente como as ondas sonoras que se conservam distintas, a despeito da imensidade de sons que simultaneamente abalam o ar. Pode-se, por conseguinte, dizer que cada indivíduo é centro de uma onda fluídica, cuja extensão se acha em elação com a força da vontade, do mesmo modo que cada ponto vibrante é centro de uma onda sonora, cuja extensão está na razão propulsora do fluido, como o choque é a causa de vibração do ar e propulsor das ondas sonoras. Das qualidades peculiares a cada fluido resulta uma espécie de harmonia ou não entre eles, uma tendência a se unirem ou repelirem, uma atração ou repulsão, numa palavra: as simpatias ou antipatias que se experimentam, muitas vezes sem manifestas causas determinantes. Se nos colocamos na esfera de atividade de um indivíduo, sua presença não rao se nos revela pela impressão agradável ou desagradável eu nos produz seu fluido. Se estamos entre pessoas de cujos sentimentos não partilhamos, cujos fluidos não se harmonizam com os nossos, penosa reação entra a oprimir-nos e sentimo-nos como nota dissonante num concerto. Se, ao contrário, muitos indivíduos se acham reunidos em comunhão de vistas e de intenções, os sentimentos de cada um se exaltam na proporção mesma da massa das forças atuantes. Quem não conhece a força de arrastamento que domina as aglomerações onde há homogeneidade de pensamentos e vontades? Ninguém pode imaginar a quantas influências estamos assim submetidos, à nossa revelia. Não podem essas influências ser a causa determinante de certas ideias, dessas ideias que em dado momento se nos tornam comuns e a outras pessoas, desses pressentimentos que nos levam a dizer: paira alguma coisa no ar, pressagiando tal ou tal acontecimento? Enfim, certas sensações indefiníveis de bem ou mal estar moral, de alegria ou tristeza, não serão efeitos da reação do meio fluídico em que nos encontramos, dos eflúvios simpáticos ou antipáticos que recebemos e que nos envolvem como as emanações de um corpo odorífico?”. O raciocínio de Kardec evolui, com ele afirmando que “em nos movimentando, cada um de nós leva consigo nossa atmosfera fluídica, como o caracol leva sua concha, fluido que deixa vestígios de nossa passagem; um com sulco luminoso, inacessível aos nossos sentidos, no estado de vigília, mas que serve para que os sonâmbulos, os videntes e os Espíritos desencarnados reconstituam os fatos ocorridos e examinem os moveis que os ocasionaram”. Acrescenta que “toda ação física ou moral, patente ou oculta, de um Ser sobre si mesmo, ou sobre outro, pressupõe, de um lado, uma força atuante e, de outro, uma sensibilidade passiva. Em todas as coisas, duas forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à força. Ora, não sendo todos os homens dotados da mesma energia fluídica, ou, por outra, não tendo o fluido perispirítico em todos, a mesma potência ativa, explicado fica por que, nuns, essa potência é quase irresistível, ao passo que, noutros, é nula; porque algumas pessoas são mais acessíveis à sua ação, enquanto que outras lhe são refratárias”.

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