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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Uma Pesquisa Confiável Sobre a Morte e o Morrer

A adolescente Elizabeth Klübler-Ross, ciente das atrocidades cometida pela Alemanha nazista e nos campos de concentração além das fronteiras da pacífica e neutra Suíça onde nasceu, passava os fins de semana, como voluntária num Hospital de Zurique, auxiliando milhares de refugiados, entre os quais centenas de crianças. Restaurada a paz, a jovem viajou de carona pela devastada Europa Ocidental, constatando o rastro de destruição e cooperando no que podia com os conhecimentos médicos adquiridos. Recordou em depoimento que conhecendo as instalações do campo de concentração de Maidanek, na Polônia, “no meio da pobreza, do isolamento e dos sofrimentos, que viveu mais do que todos os anos anteriores”, fundou com uma amiga judia sobrevivente, um acampamento para amparar outras vítimas. Retornando ao seu país, ingressou na Escola de Medicina da Universidade de Zurique, onde faria doutorado, complementado sua formação com uma residência em Psiquiatria, nos Estados Unidos, ali casando com o Dr. Emmanuel Robert Ross, um professor de Patologia e Neurologia. Paralelamente à agitada vida de profissional, esposa e mãe, a Dra Elizabeth, pelas experiências vivenciadas durante e após a Segunda Guerra, desenvolveu uma empatia com o sofrimento de pacientes agonizantes, incomum entre a maioria dos médicos, segundo ela, “treinados para prolongar a vida, mas sem aprender como agir em situações em que a recuperação é impossível”. De forma mais intensa a partir de meados da década de 60, passou a estudar doentes em estado terminal objetivando desenvolver sua própria compreensão da reação deles para poder ajudá-los na transição para a morte. Diante da evidência do grande tabu mantido pela sociedade em relação ao estudo da dor e da morte, inconscientemente evitado, inclusive na Universidade de Chicago, onde era professora assistente da cadeira de Psiquiatria, procurou os próprios pacientes e, depois de falar com milhares deles e suas famílias, começou a partilhar as informações que reunira com médicos, enfermeira, assistentes sociais entre outros. Das observações e conclusões resultaram dois livros: SOBRE A MORTE E O MORRER (1969) e PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A MORTE E O MORRER (1974). Nos anos que se seguiram, a Dra Elizabeth intensificou suas pesquisas, enriquecidas com inúmeros casos da pacientes que passaram pela Experiência de Quase Morte (EQM), desenvolvendo a convicção não apenas de que a vida continua após a morte como acerca das vidas pregressas, através da reencarnação, a ponto de responder a uma senhora cuja filha havia morrido pouco antes: (a sobrevivência) “não é uma questão de crença ou de opinião. Sei disso sem qualquer dúvida”. Maiores dados compuseram a obra MORTE: O ÚLTIMO ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO (1975). Entre os pontos ressaltados pela Psiquiatra que confirmam as assertivas do Espiritismo, destacam-se: 1- Toda pessoa sabe a hora de sua própria morte. 2- Todos os que morrem são recebidos pro alguém que lhes é caro e que os precedeu.  3- Há sempre guias invisíveis, amorosos, perto de nós, e, assim, não temos nunca porque sentir-nos sozinhos. 4- Na outra Dimensão, há diferentes conceitos de tempo. 5- Na outra vida, ninguém nos julga, nós é que nos julgamos a nós próprios. A Dra Kübler-Ross defendia a tese de que aos estudantes de Medicina se deve ensinar a “ciência” da Medicina na metade do tempo de aula ao passo que a outra metade deve ser consagrada ao ensino da “arte” da Medicina, fazendo com que os médicos se familiarizem com a situação dos doentes terminais, para não fugirem dela, para não a ignorarem e para não a negarem”. De tudo que apurou, viu e viveu, a Psiquiatra sintetiza seus aprendizados no seguinte pensamento: “a morte é o estágio final da evolução nesta vida. Não há morte total. Só o corpo morre. O “EU” ou Espírito, ou seja como for que deseje rotulá-lo, é imortal

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