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sexta-feira, 26 de julho de 2019

DEPENDE DE CADA UM E KARDEC - HOJE E SEMPRE 330

 Explicada com clareza no capítulo 7 do livro O CÉU E O INFERNO ou a JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO, o mecanismo indutor do progresso espiritual desvenda muitos dos ‘mistérios’ que intrigam aqueles que tentam entender a vida e o mundo em que vivemos. O século 20 especialmente através da mediunidade ampliou as revelações legadas pelas obras de Allan Kardec. Chico Xavier, por exemplo, verteu para nossa Dimensão informações como as compiladas na sequência: 1- Cada existência de nossa alma, em determinada expressão da forma, é uma adição de experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se confundem. (ETC, 13) 2-A reencarnação é necessária enquanto a matéria domina o Espírito. Mas, desde que o Espírito encarnado chegou a dominar a matéria e a anular os efeitos de sua reação sobre o moral, a reencarnação não tem mais nenhuma utilidade nem razão de ser. (RE; 2/1864) 3-O remorso é um monstro invisível que alimenta as labaredas da culpa. A consciência nunca dorme. (ETC, 13) 4- Na mente reside o comando. A consciência traça o destino, o corpo reflete a alma. Toda agregação de matéria obedece a impulsos do Espírito. Nossos pensamentos fabricam as formas de que nos utilizamos na vida. (ETC, 29) 5- A consciência é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ela mesma. (NDM, 4) 6- Quanto mais esclarecida a criatura, tanto mais responsável, entregue naturalmente aos arestos da própria consciência, na Terra ou fora dela, toda vez que se envolve nos espinheiros da culpa. (AR, prefacio). Aprofundando esses conteúdos, seguimos com algumas respostas que o Espiritismo dá: 1- As diferenças comportamentais observadas nas criaturas humanas podem ser entendidas a partir de uma analise das informações oferecidas pelo Espiritismo?  O estado do Espírito do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida, passando o Espírito essa primeira fase do seu desenvolvimento numa série de existências que precedem o período a que chamamos Humanidade. (LE; 607) Nesses seres o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida.  É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito.  Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos.  Assim, à fase da infância se segue a da adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza. (LE; 607b) 2- Partindo desse pressuposto, podem ser explicadas as contradições entre o chamado selvagem e o civilizado? Criado simples e ignorante, o Espírito está, em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual como a criança que acaba de nascer.  Se não fez o mal, também não fez o bem. Nem é feliz, nem infeliz. Age sem consciência e sem responsabilidade. Desde que nada tem, nada pode perder, como não pode retrogradar.  Sua responsabilidade não começa senão no momento em que se desenvolve o seu livre-arbítrio.  Seu estado primitivo não é, pois, um estado de inocência inteligente e raciocinada. Conseguintemente, o mal que fizer mais tarde, infringindo as leis de Deus, abusando das faculdades que lhe foram dadas, não é um retorno do bem ao mal, mas a consequência do mau caminho por onde se embrenhou.  3- O chamado livre arbítrio então não é atributo igual em todos? Tendo todos o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça, o livre-arbítrio só se desenvolve pouco a pouco e após numerosas evoluções na vida corpórea.  Não é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que o Espírito tem consciência bastante clara de si mesmo, para ser responsável por seus atos; não é senão após a centésima, talvez após a milésima.  Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. Ainda, quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento de sua inteligência; é assim, por exemplo, que um selvagem que come os seus semelhantes é menos castigado que o homem civilizado, que comete uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, no entanto, já se acham bem longe de seu ponto de partida.  Durante longos períodos, o Espírito encarnado é submetido à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos.  Só então é que começa a séria responsabilidade. (RE, 1/1964) O Espírito fica num estado inconsciente durante numerosas encarnações; a luz da inteligência não se faz senão aos poucos e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e com conhecimento de causa. (RE; 1/1864)


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