faça sua pesquisa

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

COMO UMA GOTA D’ÁGUA NO OCEANO

O novo terremoto que atingiu a Itália no domingo 30 de outubro de 2016, sugere outra apreciação sobre a visão do Espiritismo a respeito das questões geológicas do planeta. Indicando a leitura do tópico FLAGELOS DESTRUIDORES da LEI DA DESTRUIÇÃO n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, propomos também o conhecimento do conteúdo da mensagem incluída por Allan Kardec na edição de outubro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, assinada pelo Espírito Francois Arago (1786/1853). Astrônomo, Matemático, Físico e Político, após sua morte, manifestou-se mediúnicamente por várias vezes em reuniões da Sociedade Espírita de Paris, oferecendo importantes contribuições para a visão dominante então de questões envolvendo nosso Planeta no contexto cósmico. A mensagem recebida em 18 de setembro de 1868, responde a duvida levantada por um correspondente da Colômbia sobre a possível influência dos planetas nas perturbações do Globo terrestre. Escreveu Arago: - Na Natureza não há um fenômeno, por pouco importante que seja, que não seja regulado pelo exercício das leis universais que regem a Criação. Dá-se o mesmo nos grandes cataclismos, e se males de toda sorte castigam a Terra em certas épocas, não só é porque são necessários, em razão de suas conseqüências morais, mas, também, porque a influência dos corpos celestes uns sobre os outros e as reações compostas de todos os agentes naturais devem fatalmente levar a tal resultado. Estando tudo submetido a uma série de leis, eternas como aquele que as criou, pois que não se poderia remontar à sua origem, não há um fenômeno que não esteja submetido a uma lei de periodicidade, ou de série, que provoca o seu retorno em certas épocas, nas mesmas condições, ou seguindo, como intensidade, uma lei de progressão geométrica crescente ou decrescente, mas contínua. Nenhum cataclismo pode nascer espontaneamente, ou, se seus efeitos parecem tal, as causas que o provocam são postas em ação desde um tempo mais ou menos longo. Não, são, pois espontâneos senão em aparência, pois não há um só que não esteja preparado desde muito tempo, e que não obedeça a uma lei constante.  Partilho, pois, inteiramente da opinião expressa pelo Espírito Jenaro Pereira, quanto à periodicidade das irregularidades das estações; mas quanto à sua causa, é mais complexa do que ele supõe. Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., sofrem revoluções que demandam milhares de séculos para a sua perfeita realização, mas que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o nascimento até o apogeu do efeito, depois do que há um decréscimo até o último limite, para recomeçar em seguida a percorrer as mesmas fases. O homem não abarca senão as fases de duração relativamente curta, e cuja periodicidade pode constatar; mas há umas que compreendem longas gerações de seres e, mesmo, sucessões de raças, cujos efeitos, por conseguinte, têm para ele as aparências da novidade e da espontaneidade, ao passo que se o seu olhar pudesse abranger alguns milhares de séculos para trás, ele veria, entre esses mesmos efeitos e suas causas, uma correlação que nem sequer suspeita. Esses períodos, que confundem a imaginação dos humanos por sua relativa duração, não são, contudo, senão instantes na duração eterna.(...) A vida de uma ou de várias gerações, em relação ao conjunto, é como uma gota d’água no oceano. Não vos admireis, pois, de não poder perceber a harmonia das leis gerais que regem o Universo; o que quer que façais, não podeis ver mais que um pequeno canto do quadro, razão por que tantas coisas vos parecem anomalias. Num mesmo sistema planetário, todos os corpos que dele dependem reagem uns sobre os outros; todas as influências físicas aí são solidárias, e não há um só dos efeitos, que designais sob o nome de grandes perturbações, que não seja a consequência da componente das influências de todo esse sistema. Júpiter tem suas revoluções periódicas, como todos os outros planetas, e essas revoluções não deixam de ter influência sobre as modificações das condições físicas terrestres; mas seria erro considerá-las como a causa única ou preponderante dessas modificações. Elas intervêm por uma parte, como as de todos os planetas do sistema, como os próprios movimentos terrestres intervêm para contribuir para modificar as condições dos mundos circunvizinhos. Vou mais longe: digo que os sistemas reagem uns sobre os outros, em razão da aproximação ou do afastamento que resulta de seu movimento de translação através das miríades de sistemas que compõem nossa nebulosa. Vou mais longe ainda: digo que nossa nebulosa, que é como um arquipélago na imensidade, tendo também o seu movimento de translação através de miríades de nebulosas, sofre a influência daquelas de que se aproxima. Assim, as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros, e assim gradualmente, até o átomo. Daí, em cada mundo, as revoluções locais ou gerais, que só parecem perturbações porque a brevidade da vida não permite ver senão os seus efeitos parciais. A matéria orgânica não poderia escapar a essas influências; as perturbações que ela sofre podem, então, alterar o estado físico dos seres vivos e determinar algumas dessas doenças que atacam de maneira geral as plantas, os animais e os homens. Como todos os flagelos, essas doenças são para a inteligência humana um estimulante que a impele, por necessidade, à procura dos meios de as combater, e à descoberta das leis da Natureza. Mas, por sua vez, a matéria orgânica reage sobre o Espírito; este, por seu contato e sua ligação íntima com os elementos materiais, também sofre influências que modificam suas disposições, sem, contudo, lhe tirar o livre-arbítrio, superexcitam ou retardam a sua atividade e, por isto mesmo, contribuem para o seu desenvolvimento. A efervescência, que por vezes se manifesta em toda uma população, entre os homens de uma mesma raça, não é uma coisa fortuita, nem o resultado de um capricho; tem sua causa nas leis da Natureza. Essa efervescência, a princípio inconsciente, que não passa de um vago desejo, uma aspiração indefinida por algo de melhor, uma necessidade de mudança, traduz-se por agitação surda, depois por atos que levam às revoluções morais, as quais, crede-o bem, também têm sua periodicidade, como as revoluções físicas, porque tudo se encadeia. Se a visão espiritual não fosse circunscrita pelo véu material, veríeis essas correntes fluídicas que, semelhantes a milhares de fios condutores, ligam as coisas do mundo espiritual e do mundo material. Quando se vos diz que a Humanidade chegou a um período de transformação, e que a Terra deve elevar-se na hierarquia dos Mundos, não vejais nestas palavras nada de místico, mas, ao contrário, a realização de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana. (Visite o canal  Luiz Armando – canal do YouTube  /  Conheça também  Luiz Armando - Preces)

Nenhum comentário:

Postar um comentário