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segunda-feira, 25 de maio de 2015

ATUALÍSSIMO

Em comentário aparentemente irônico, Chico Xavier disse ter ouvido de representante de outra escola religiosa, que “os espíritas haviam conseguido um prodígio: -Tornarem-se inimigos íntimos”. Uma análise superficial que seja a respeito das atividades de instituições que nasceram e trabalham em nome do Espiritismo, confirmará a assertiva feita ao médium mineiro. Em mais de um século e meio de atividades desenvolvidas, especialmente em terras brasileiras, acentuadas após as aparições de Chico Xavier nos dois programas PINGA FOGO, da extinta TV Tupi, segundo dizem os Espíritos que orientam as atividades de disseminação dos princípios espíritas,  também é grande o número daqueles “que faliram nas missões da mediunidade e da doutrinação”. A constatação não é de hoje, pois, André Luiz, reproduzindo no livro OS MENSAGEIROS, (1944, feb), o parecer de uma das Entidades dedicadas aos esforços da comunicação espiritual em nossa Dimensão, já alertava para a contraditória realidade. Segundo ele, “as transições essenciais da existência na Terra encontram a maioria dos homens absolutamente distraídos das realidades eternas. A mente humana abre-se, cada vez mais, para o contato com as expressões invisíveis, dentro das quais funciona e se movimenta. Isto é uma fatalidade evolutiva. Toda expressão religiosa é sagrada, todo movimento superior de educação espiritual é santo em si mesmo. Sacerdotes e intérpretes dos núcleos organizados da religião e da filosofia, não percebem ainda que o espírito da Revelação é progressivo, como a alma do homem. As concepções religiosas se elevam com a mente da criatura. Muitas Igrejas não compreendem, por enquanto, que não devemos espalhar a crença nos tormentos eternos para os desventurados, e sim a certeza de que há homens infernais criando infernos para si mesmos. Não podemos, porém, perder tempo no exame da teimosia alheia. Temos serviços complexos e dilatados. (...).  A Humanidade terrena aproxima-se, dia a dia, da esfera de vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos os sentidos. Mas, segundo reconhecemos, esmagadora percentagem de habitantes da Terra não se preparou para os atuais acontecimento evolutivos.  E os mais angustiosos conflitos se verificam no sendal humano. A Ciência progride vertiginosamente no planeta e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos do corpo, multiplicam-se aflições da alma. Os jornais do mundo estão cheios de notícias maravilhosas, quanto ao progresso material. Segredos sublimes da Natureza são surpreendidos nos domínios do mar, da terra e do ar; mas a estatística dos crimes humanos é espantosa. Os assassínios da guerra apresentam requintes de perversidade muito além dos que foram conhecidos em épocas anteriores. Os homicídios, os suicídios, as tragédias conjugais, os desastres do sentimento, as greves, os impulsos revolucionários da indisciplina, a sede de experimentação inferior, a inquietação sexual, as moléstias desconhecidas, a loucura, invadem os lares humanos. Não existe em país algum, preparação espiritual bastante para o conforto físico. Entretanto, esse conforto tende a aumentar naturalmente. O homem dominará, cada vez mais, a paisagem exterior que lhe constitui moradia, embora não se conheça a si mesmo. Atendido, porém, o corpo revelará as necessidades da alma e vemos agora a criatura terrestre assoberbada de problemas graves não só pelas deficiências de si própria, senão também pela espontânea aproximação psíquica com a esfera vibratória de milhões de desencarnados, que se agarram à Crosta planetária, sequiosos de renovar a existência que menosprezaram, sem maior consideração aos desígnios do Eterno. Não podemos, no entanto, circunscrever apreciações,  na visão unilateral do problema. Concordamos que a reverência

ao Pai, a fé e a vontade são expressões básicas da realização divina no homem, mas não podemos esquecer que o trabalho é necessidade fundamental de cada espírito. Que outros irmãos nossos perseverem, tão somente, nas especulações teológicas; encaremos, porém, os serviços do Senhor, como se faz indispensável. A Humanidade terrena, atualmente, é como um grande organismo coletivo, cujas células, que são as personalidades humanas se envolvem no desequilíbrio entre si, em processo mundial de reajustamento e redenção. Quantos cooperam conosco, veem a extensão dos cipoais em que se debate a mente humana. Criminosos agarram-se a criminosos, doentes associam-se a doentes. Precisamos oferecer, no mundo, os instrumentos adequados às retificações espirituais, habilitando nossos irmãos encarnados a um maior entendimento do Espírito do Cristo”. No sentido de refletirmos sobre o papel desempenhado por nós mesmos nesse momento crucial na fase de transição para novo Ciclo Evolutivo, deixou-nos um alerta: -“Para consegui-lo, todavia, necessitamos de colaboradores fiéis, que não cogitem de condições, compensações e discussões, mas que se interessem pela sublimidade do sacrifício e de renuncia com o Senhor”.

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