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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Gente Famosa e os Fenômenos Paranormais

Acontecimentos considerados fora da normalidade – por isso, paranormais – marcam a vida de muitas pessoas, por vezes, casual e inesperadamente, outras em momentos críticos de suas vidas, em nossa Dimensão. Um pressentimento, uma intuição, um sonho, súbito mal estar ou o surpreendente comentário de um desconhecido com que cruzamos, levam-nos a refletir ou agradecer pelo alerta com que fomos poupados de acidentes ou até da morte. Questionando as entidades que o auxiliaram na elaboração d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec, na questão 522, obteve o esclarecimento de que estes fatos tanto podem representar o conselho íntimo e oculto de um Espírito que nos quer bem, como a conservação em nosso mundo interior de impressão de acontecimentos marcantes pelos quais temos de passar como provas, despertadas quando se aproxima o momento de se efetivarem. Comentando as revelações que incluem outras perguntas, pondera o Codificador: “- Os Espíritos protetores nos ajudam com seus conselhos pela voz da consciência, que fazem falar em nós. Mas, como a isso nós não ligamos sempre a importância necessária, nos dão de maneira direta, servindo-se das pessoas que nos rodeiam. Que cada um examine as diversas circunstâncias, felizes e infelizes, de sua vida e verá que em muitas ocasiões recebeu conselhos que nem sempre aproveitou e que lhe teriam poupado desgostos se os houvesse escutado”.  Várias celebridades tem registradas em algumas de suas biografias, passagens muito curiosas. No campo da música erudita, George Frieddrich Haendel, o autor do famoso oratório O MESSIAS, antes de executá-lo pela primeira vez, num impulso irresistível, disse: “- Este trabalho é obra de alguém fora de mim mesmo e eu nunca poderei aceitar um único níquel por ele ou advindo dele, pois não me pertence. Quando vier a render, esse produto deverá sempre ser revertido em benefício dos sentenciados e dos enfermos, pois que eu estava doente e me curei, era um prisioneiro e me libertei”. Efetivamente, os que viviam em sua intimidade contam que Haendel, durante 21 dias, ficara sem sair de seu quarto, praticamente sem se alimentar; erguendo-se ocasionalmente, andando de um lado para o outro; cantando esporadicamente, uma linha melódica, batendo o compasso com as mãos, vendo-se em seu olhar um expressão longínqua e estranha. Perdera totalmente a noção do tempo, não distinguindo o dia da noite, como se tivesse tomado de um poder criativo febril e fervoroso, tal seu arrebatamento, segundo apurou o historiador alemão Stefan Zweig. No mundo da política, no livro REMINISCÊNCIAS DE ABRAHAM LINCOLN, consta um relato do grande presidente norte americano, dizendo: “- Há cerca de três dias atrás, recolhi-me tarde. Não podia ter estado na cama por muito tempo, quando caí num cochilo, pois estava cansado. Logo comecei a sonhar. Parecia haver, ao meu redor, uma quietude semelhante à morte. Então, de repente, ouvi soluços abafados, como se muitas e muitas pessoas estivessem chorando. Pensei que deixava minha cama e vagava lentamente, no andar inferior. Lá o silêncio era quebrado pelos mesmos soluços lamentosos, mas os que pranteavam estavam invisíveis. Fui de sala em sala; nenhuma pessoa viva estava à vista, mas os mesmos sons entristecedores, de sofrimento, seguiram-me enquanto eu ia passando”. Detalhando com minúcias suas impressões, acrescenta que, por fim, “chegou à Sala Leste, onde se deparou com um cadafalco, sobre o qual repousava um cadáver embrulhado em vestes mortuárias, rodeado por soldados e uma multidão de pessoas, algumas olhando tristemente para o cadáver, cuja face estava coberta; outros chorando lastimosamente. Perguntando quem estava morto na Casa Branca, obteve como resposta, “- O Presidente, ele foi morto por um assassino!”., partindo da multidão, uma ruidosa explosão de dor que o acordou do sonho, que alguns dias tornar-se-ia realidade. No meio literário, João Guimaraes Rosa, um dos mais lidos escritores brasileiros, falando sobre suas obras, escreveu: “- Talvez seja correto confessar como tem sido que as estórias que apanho diferem entre si no modo de surgir. À BURITI (NOITES DO SERTÃO), por exemplo, quase inteira assisti, em 1948, num sonho duas noites repetidos. CONVERSA DE BOIS (SAGARANA), recebi-a, em amanhecer de sábado, substituindo-se a penosa versão diversa, apenas também sobre viagem de carro-de-bois e que eu considerava como definitiva ao ir dormir na sexta. A TERCEIRA MARGEM DO RIO ( PRIMEIRAS ESTÓRIAS), veio-me na rua, em inspiração; pronta e brusca, tão ‘de fora’, que instintivamente levantei as mãos para pegá-la, como se fosse uma bola vindo ao gol e eu o goleiro. CAMPO GERAL (MANUELZÃO E MIGUILIM) foi caindo já feita no papel, quando eu brincava com a máquina, por preguiça e receio de começar de fato um conto, para o qual só soubesse um menino morador à borda da mata e duas ou três caçadas de tamanduás e tatus; entretanto, logo me moveu e apertou, e, chegada ao fim, espantou-me a simetria e ligação de suas partes”. No mundo das artes, Elizabeth Taylor, quando filmava Cleópatra foi acometida por agudíssima traqueostenose, sendo internada num hospital, onde passou muito mal, a tal ponto que muitos amigos tinham a impressão de que ela chegara ao fim. A famosa atriz contou ter, nessa ocasião, vivido uma experiência estranha: a de que se separou de seu corpo. “-Eu não estava na cama e nem tampouco presa ao meu corpo, disse ela. “-Olhava a mim mesma como se aquela criatura pálida e de cabelos escuros fosse alguém extremamente parecida comigo. Senti que estava em outro lugar, flutuando e observando os acontecimentos. Havia dois ‘EUs’, a pessoa na cama, que estava morrendo e outra pessoa que se sentia um pouco estranha, porém, muito bem! Esta segunda era muito mais eu mesma. Jamais me esquecerei desta experiência”. No campo da ciência, Albert Einstein, segundo biografia de Dimitri Marianov, escritor russo que acabou se casando com sua filha, conta que “ao ser proclamada à vista das provas a exatidão de suas teorias, afirmou não ter necessidade de provas, revelando que, certa noite, desesperado, em face dos mistérios insondáveis, pretendia abandonar seus trabalhos. Com impressionante precisão, diante de seus olhos espirituais, delineou-se a imagem perfeita do Universo, com sua complexa estrutura, no tempo e no espaço; readquirindo a paz, a convicção, a certeza de que andava em caminho certo. Imediatamente escreveu, explicando essa visão, organizando mapas onde desenhou com a máxima exatidão todas as figuras em suas diferentes movimentações, de maneira que qualquer pessoa pudesse tudo compreender”. Como ocorre com qualquer um de nós, por serem gente como a gente, personalidades públicas vivenciam - ou vivenciaram - ao longo de suas existências neste Plano, experiências que confirmam a influência ou interferência do Mundo Espiritual, fatos logica e racionalmente explicados, até agora, somente pelo Espiritismo, justificado por Allan Kardec, no comentário: -“ Assim como a ciência estuda os fenômenos do mundo material, o Espiritismo tem por objeto o estudo dos fenômenos que se passam no mundo dos Espíritos e na inter-relação entre os dois aspectos de uma realidade única”.   

Um comentário:

  1. Muito interessante! Apenas gostaria de saber a fonte sobre as declarações de João Guimarães Rosa. Obrigada!

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