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sábado, 12 de agosto de 2023

ESQUECIMENTOS DO PASSADO- RECURSO PROVIDENCIAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Uma das heresias cometidas pelo Espiritismo em sua apresentação à sociedade humana foi afirmar a Pluralidade dos Mundos Habitados, afirmando que as fascinantes imagens capturadas pelo nosso acanhado sentido da visão e aprofundadas pela evolução dos instrumentos óticos desde então que a Terra não é único planeta habitado. Tudo tem sua utilidade na Criação Divina. Ousa afirmar que há uma hierarquização dentro das construções do Cosmos, variando essa classificação conforme o estágio evolutivo da maioria predominante. No caso do Sistema Solar o Planeta Júpiter estaria enquadrado como um Mundo Superior. O advento da Teoria das Cordas e suas evoluções a partir dos anos 70 sugerem que as afirmações dos Espíritos que auxiliaram Allan Kardec a compor as bases da Terceira Revelação podem ter fundamento, como que ressoando vida além dos limites da matéria como definida e estruturada. Esses comentários surgem a propósito da seção QUESTÕES E PROBLEMAS DIVERSOS da edição de fevereiro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA, onde três questões sobre o esquecimento do passado são levantadas e respondidas pelo dirigente espiritual das reuniões da Sociedade Espírita de Paris: 1. Em um Mundo Superior, como Júpiter ou outro, tem o Espírito encarnado a lembrança de suas existências passadas, assim como a do seu estado errante? - Não; desde que o Espírito se reveste do envoltório material, perde a lembrança de suas existências anteriores. 2-Entretanto, sendo rarefeito em Júpiter o envoltório corporal, ali o Espírito não seria mais livre? – Sim, mas ainda suficientemente denso para extinguir, no Espírito, a lembrança do passado. 3- Então os Espíritos que habitam Júpiter e que se comunicaram conosco encontravam-se mergulhados no sono? – Certamente. Naquele mundo, sendo o Espírito muito mais elevado, melhor compreende Deus e o Universo; mas o seu passado se apaga por enquanto, sem o que se obscureceria a sua inteligência. Ele mesmo não se compreenderia; seria o homem da África, o da Europa ou da América? o da Terra, de Marte ou de Vênus? Não se recordando mais, é ele mesmo, o homem de Júpiter, inteligente, superior, compreendendo a Deus; eis tudo. Em observação adicional, o Editor Allan Kardec pondera: – Se o esquecimento do passado é necessário num mundo adiantado como Júpiter, com mais forte razão deve sê-lo em nosso mundo material. É evidente que a lembrança de nossas existências precedentes causaria lamentável confusão em nossas ideias, sem falar de todos os outros inconvenientes já assinalados a respeito. Tudo quanto Deus faz leva o selo de sua sabedoria e de sua bondade; não nos cabe criticar, ainda mesmo quando não compreendamos o objetivo. A questão do esquecimento do passado serve de argumento para muitos dos que tentam justificar as ações possibilitadas pelo livre arbítrio que caracteriza as individualidades em processo de evolução. Os homens que no século 20 aprofundaram alguns estudos em torno da veracidade ou não da reencarnação, concluíram que o intervalo curto entre reencarnações denominado por eles de intermissão seria o responsável pelo aflorar de lembranças de vida passada, sobretudo na infância, bem como a genialidade demonstrada por instrumentistas, conhecedores de física, matemática, aspectos científicos de maneira geral. A lógica confirma a exatidão das revelações espirituais segundo as quais o esquecimento tem fins terapêuticos, visto que seria muito difícil alguém que tivesse conhecimento de que o filho rebelde oculta o rival ou desafeto do passado conseguir conviver com ele sem reincidir em antigos atos extremos. Assim sendo, a reencarnação como instrumento de aperfeiçoamento através da educação do Espírito somente dará certo se durante a permanência no corpo físico, seja por limitações deste, seja por medidas providenciais, esquecermos quem é quem no novo enredo que vamos construindo dia após dia.

Eu tive um sonho, que me deixou impressionada. Sonhei com meu falecido pai me dando um conselho sobre um problema que estou enfrentando. De fato, estou em dúvida sobre a melhor decisão a tomar, mas o sonho me deu uma dica. Gostaria de saber como faço para saber se foi apenas um sonho, porque eu estava muito preocupada com o problema, ou se foi um encontro verdadeiro com meu pai. (Fernanda L. )


A Doutrina Espírita nos diz, Fernanda, que realmente podemos encontrar com nossos entes queridos desencarnados, quando estamos dormindo, e até receber conselhos deles. O sono, sendo um estado de repouso físico, em que todas as funções orgânicas funcionam num ritmo mais lento, favorece o desprendimento parcial do espírito. Logo, o encontro real com entes queridos desencarnados é uma possibilidade que devemos considerar, principalmente num caso específico como o seu. No entanto, a doutrina considera que não devemos crer facilmente em tudo que vemos no sonho como fatos reais, pois um de seus princípios básicos é que devemos examinar tudo e submeter ao critério da razão.


Cabe a você examinar detidamente esse sonho e procurar tirar dele aquilo que ele tem de bom e proveitoso. Não sonhamos por acaso e os nossos entes queridos, depois da morte, podem nos ajudar, embora eles não costumam se manifestar claramente para nós. Por outro lado, até mesmo o sonho, quando ele é apenas fruto de nosso inconsciente, tem sempre uma mensagem muito séria a nos dar. À propósito, sobre isso leia o livro “Sonhos, Mensagem da Alma”, de Adenauer Novaes. Quando à situação ter sido real ou apenas simbólica, é você ( e só você) que poderá dizer, avaliando a sua vida e vendo se nela você pode empregar o conteúdo desse sonho.



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