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sábado, 31 de outubro de 2015

MORRER E DESENCARNAR

-“A missão do Espiritismo é precisamente esclarecer-nos sobre o futuro, fazendo-nos, por assim dizer, tocá-lo e vê-lo, não pelo raciocínio, mas pelos fatos. Graças às comunicações espíritas, já não se trata de uma presunção ou uma probabilidade, sobre a qual cada um imagina à vontade. (...). É a própria realidade que nos aparece, pois são os próprios seres de além-túmulo que nos vem descrever sua situação, falar-nos do que fazem, permitindo-nos, por assim dizer, assistir a todas as peripécias de sua vida nova, e assim nos mostram a sorte inevitável que nos aguarda, conforme os nossos méritos e deméritos”. O comentário pertence a Allan Kardec e está preservado no número de abril de 1859 da REVISTA ESPÍRITA. Quase um século depois, através do médium Chico Xavier, o Espírito Emmanuel, na extraordinária obra O CONSOLADOR (feb,1949), apresenta outros esclarecimentos que, certamente, ampliam os horizontes daqueles que buscam a Verdade. Ante a data consagrada pelo calendário católico às reverências aos mortos, denominada Dia de Finados, reunimos dois desses esclarecimentos para maiores reflexões. Vamos a eles: 1- É fatal o instante da morte? -Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra. Esclarecendo-vos quanto a essa exceção, devemos considerar que, se o homem é escravo das condições externas da sua vida no orbe, é livre no mundo íntimo, razão por que, trazendo no seu mapa de provas a tentação de desertar da vida expiatória e retificadora, contrai um débito penoso aquele que se arruína, desmantelando as próprias energias. A educação e a iluminação do íntimo constituem o amor ao santuário de Deus em nossa alma. Quem as realiza em si, na profundeza da liberdade interior, pode modificar o determinismo das condições materiais de sua existência, alcançando-a para a luz e para o Bem. Os que eliminam, contudo, as suas energias próprias, atentam contra a luz divina que palpita em si mesmos. Daí o complexo de suas dívidas dolorosas. E existem ainda os suicido lentos e gradativos, provocados pela ambição ou pela inércia, pelo abuso ou pela inconsideração, tão perigoso para a vida da alma, quanto os que se observam, de modo espetacular, entre as lutas do mundo. Essa a razão pela qual tantas vezes se batem os instrutores dos encarnados, pela necessidade permanente de oração e de vigilância, a fim de que os seus amigos não fracassem nas tentações. 2–Proporciona a morte mudanças inesperadas e certas modificações rápidas, como será de desejar? -A morte não prodigaliza estados miraculosos para a nossa consciência. Desencarnar é mudar de plano, como alguém que se transferisse de uma cidade para outra, aí no mundo, sem que o fato lhe altere as enfermidades ou as virtudes com a simples modificação dos aspectos exteriores. Importa observar apenas a ampliação desses aspectos, comparando-se o Plano Terrestre com a esfera de ação dos desencarnados. Imaginai um homem que passa de sua aldeia para uma metrópole moderna. Como se haverá, na hipótese de não se encontrar devidamente preparado em face dos imperativos da sua nova vida? A comparação é pobre, mas serve para esclarecer que a morte não é um salto dentro da Natureza. A alma prosseguirá na sua carreira evolutiva, sem milagres prodigiosos. Os dois planos, visível e invisível, se interpenetram no mundo, e, se a criatura humana é incapaz de perceber o plano da vida imaterial, é que o seu sensório está habilitado somente a certas percepções, sem que lhe seja possível, por enquanto, ultrapassar a janela estreita dos cinco sentidos.








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