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domingo, 8 de julho de 2018

CENTROS DE FORÇA E DEUS E MATÉRIA



O professor José Benevides Cavalcante responde a novas questões apresentadas por leitores. CENTROS DE FORÇA "Os centros de forças ( chakras) secundários ( cardíaco, laríngeo, frontal, umbilical e do baço) são considerados também como vórtices de energia fluídica, recebendo influência direta do meio físico, como pontos de troca de energia ou são todos interligados ao centro de força coronário, recebendo estímulo somente desse polo energético?"  É André Luiz que, na obra "ENTRE A TERRA E O CÉU", psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo XX, edição FEB, põe na boca do instrutor Clarêncio esclarecimentos a respeito dos sete campos de força do perispírito "que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem , para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento, vibra em circuito fechado". Refere-se, ato contínuo, a cada um desses centros, classificando o "coronário" - segundo a filosofia hindu - como "o mais significativo em razão de seu alto potencial de radiações", por receber, "em primeiro lugar, os estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência". Em "EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS", capítulo II, afirma que o centro coronário é "o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas". Tudo leva a crer, pelo exposto, que esse centro de força é a sede da organização fisiológica do perispírito, exercendo papel preponderante no controle e assimilação de recursos superiores de conformidade com as criações mentais do espírito; mas cada um dos demais centros, ainda que comandado por ele e interdependente com todos os demais, é captador e transformador de recursos naturais afetos ao seu próprio campo de atuação no que interessa à economia perispiritual. DEUS E MATÉRIA  A questão 21 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS me parece contraditória: "A matéria existe desde o princípio, como Deus, ou foi criada por ele em determinado momento? Só Deus o sabe. Entretanto, há uma coisa que a vossa razão deve indicar: Deus, modelo de amor e de caridade, jamais esteve inativo. Por mais distante que se consiga imaginar o início da sua ação, poder-seá compreendê-lo um segundo sequer na ociosidade?" Parece-me que a concepção de Deus, como Ser Perfeito, já é o suficiente para se inferir que ele criou a matéria num determinado momento, porque, se a matéria sempre existiu, ela poderia não ter sido criada por Deus, pois seria eterna como ele e inteligente. Esses primeiros capítulos de O LIVRO DOS ESPÍRITOS cuidam dos temas mais complexos e mais difíceis para o entendimento humano: Deus, o espírito e a matéria. Kardec procurou cercar a questão de todos os lados, segundo os conhecimentos da época, mas nem por isso conseguiu deixar tudo tão claro, a ponto de não restar dúvidas a ninguém. Seria impossível ensinar a complexidade da atomística a uma criança de pré-escola; somos como crianças, desvendando os mistérios do Universo. Aliás, os próprios Espíritos alertam Kardec sobre a impossibilidade de o homem, nesta etapa de evolução, adentrar conhecimentos mais profundos sobre a natureza de Deus e a origem do Universo, conforme lemos na resposta à questão 14 . Hoje, mais do que antes, com o desenvolvimento da física quântica, a própria ciência está reconhecendo sua impotência para desvendar os mistérios que envolvem a matéria, por causa da alta complexidade dos fenômenos que ocorrem no mundo intra-atômico. Na época de Kardec, matéria era uma coisa; hoje é outra, segundo as novas concepções: o conhecimento nada mais é do que a interpretação que o homem dá ao que julga ser realidade. A questão de matéria e espírito é tão intricada que André Luiz, em "NO MUNDO MAIOR", discutindo o assunto afirma: "Quase impossível é determinar-lhes a fronteira divisória, porquanto o espírito mais sábio não se animaria a localizar, com afirmações dogmáticas, o ponto onde termina a matéria e começa o espírito" (cap.4, 5ª ed., FEB, p.51). Em razão disso, ainda é impossível caminhar com segurança nesse terreno. Contudo, a continuarmos estabelecendo a antiga dicotomia espírito-matéria, nos termos da metafísica aristotélica, a sua conclusão é verdadeira.

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